Abstract:
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A água disponibilizada para consumo humano deve apresentar excelentes índices
de potabilidade, indispensável para a qualidade da saúde das pessoas. No meio
rural, onde em grande maioria das propriedades não há abastecimento público de
água, o mais comum é utilizar água retirada dos poços subterrâneos. Através de
processos de infiltração as águas podem ser contaminadas pelos resíduos geradas
em função das diversas atividades realizadas na propriedade. No Brasil, a Portaria
do Ministério da Saúde nº 518/2004 estabelece os procedimentos e
responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade, estabelecendo valores máximos
permissíveis (VMP) para as características microbiológicas e físico-químicas da
água potável, aliados à Resolução 357/2005 do CONAMA – Conselho Nacional do
Meio Ambiente. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da água subterrânea
utilizada para consumo humano e uso doméstico em uma pequena propriedade
rural, na cidade de Planalto, RS, em novembro de 2011, relacionando o uso da água
e as atividades agrícolas praticadas. Para este fim, realizou-se a coleta de amostras
de água em três pontos na propriedade, sendo poço raso, reservatório e saída na
torneira. As análises bacteriológicas realizadas foram coliformes totais, coliformes
termotolerantes (Escherichia coli) e mesófilos heterotróficos. Nas análises físicoquímicas,
os parâmetros definidos para avaliação foram pH, turbidez, cor,
condutividade elétrica, dureza e alcalinidade total. Comparando-se aos parâmetros
estabelecidos na legislação federal vigente, os resultados das análises
bacteriológicas para coliformes totais e mesófilos heterotróficos foram os mais
críticos com indicação de presença de bactérias. Nas análises físico-químicas há
índices elevados no parâmetro turbidez nos três pontos de coletas e cor para o
ponto de coleta do poço raso. A água utilizada na propriedade rural foi considerada
um importante fator de risco à saúde e deve-se atentar para o uso de práticas
conservacionistas no tratamento de esgoto doméstico e outras atividades agrícolas
que podem alterar a qualidade da água e ainda continuar monitorando a qualidade
da água. |