Becker, Evaldo;Becker, Michele Amorim2020-09-1520202020-09-152020978-65-87554-00-6https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/3e264ec4-16ff-4f34-a671-c30a5cda5a9b60 p.Quando refletimos, percebemos que existem muitas pessoas que falam de rios e riachos. Sem pretender ser exaustivo, pensemos apenas no geógrafo que comenta sobre os cursos de água no território, no historiador que conta a vida das pessoas que os utilizaram ao longo do tempo para desenvolver ou ocupar esse mesmo território. Quanto ao antropólogo, ele quer examinar a estruturação das comunidades humanas que se beneficiaram com essas águas majestosas. O biólogo olha para os organismos que habitam essas águas vivas ... e às vezes morrendo. Lá onde o engenheiro vê uma oportunidade e mede a energia hidráulica, o economista analisa a rota comercial e o poder econômico dessas principais artérias náuticas. O poeta fará seu elogio e o cancioneiro ecoará a alma que habita esses grandes personagens que são os rios e riachos. Grandes personagens que ignoramos totalmente no cotidiano, porque estão diariamente impregnados em nossa vida. Todas essas pessoas falam, mas quase ninguém fala umas com as outras. Estamos diante de túneis de vozes que raramente se comunicam. Sem essa troca, todos os discursos escapam de coisas essenciais sobre nossos rios e riachos. Como, por exemplo, falar sobre o futuro sem respeitar a história, como entender a vida biológica sem tratar da questão humana, como fazer barragens nessas águas nutritivas, ignorando as pessoas que moram lá e vivem delas? Nada é estático, tudo vem de algum lugar.pt-BRCiências exatas e da terraRio São FranciscoPovo Indígena XokóComunidade Quilombola ResinaMeio AmbienteO homem e o rioLivro