Souza, José Dalmo Silva de2022-03-222021-09-222022-03-2222-03-22https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/41abf615-bad0-4fd9-8c1a-1289d1ca621b242 f.A tese aborda a visão dos habitantes do Arco Sul da fronteira Argentina-Brasil quanto às relações sociais no processo de integração econômica transfronteiriça. O Homem é compreendido como um ser em mudança, influenciado por relações humanas e pelo mundo e a realidade se apresenta como efêmera e pensada a partir do referencial do sujeito respondente. Essa epistemologia compreensiva busca descrever significados e interpretar sentimentos. Através da Fenomenologia se buscou a significação dos fenômenos compreendidos como totalidades por um sujeito e considerada segundo sua consistência lógica e coerência semântica. Ao mesmo tempo a Hermenêutica propiciou a análise das respostas e consolidação em categorias para subsidiar sua interpretação. Através de investigação bibliográfica, documental e pesquisa de campo por questionários e entrevistas semiestruturadas coletou-se o material. A área da pesquisa foi definida pelo critério de infraestrutura física para a integração. Compõe-se de um segmento do Arco Sul de fronteira na faixa de fronteira brasileira e o seu simétrico no lado argentino subdividido em três localidades. Estas são caracterizadas de forma geral por suas infraestruturas para a integração. A análise das entrevistas revela a sistematização dos dados e informações coletadas. Desse esforço surge a consecução do objetivo do trabalho: a imagem - o noema -, o olhar dos habitantes no arco sul de fronteira Argentina-Brasil quanto às relações sociais no processo de integração econômica transfronteiriça. Conclui-se que a área da pesquisa se apresenta como um entre lugar embora na maior parte das vezes seja referenciada como um não-lugar. Não é integrada aos interiores dos respectivos estados nacionais e tampouco com a vizinhança estrangeira d’além rio. Não possui uma identidade como região de fronteira. Sobrevive nos laços familiares que unem as pessoas de ambos os lados das margens do Uruguai e dos ‘dois lados da rua’ na fronteira seca; nas compras das free shop, pesca esportiva, estadias na rede de hotéis e visitas a restaurantes; nas pequenas compras do outro lado, no outro país. Sobrevive também às margens do grande comércio internacional com seus fluxos que passam pela região gerando serviços de suporte e até mesmo mantendo suas próprias empresas transnacionais locais. Nesse entrelugar as relações sociais são escassas e, no entanto, estáveis. Por serem relações naturais são invisíveis. As relações sociais imbricam-se com as relações econômicas para formar um intrincado contexto em que distinguir é possível, embora não o seja separar. Os resultados da investigação apontam para a importante lacuna que existe entre a percepção dos habitantes da fronteira de sua própria condição local e a visão externa mormente de governos com suas políticas públicas e visões de interesses nacionais bem como do grande comércio transnacional e seus interesses globais.pt-BRCiências sociais aplicadas.Desenvolvimento Regional.Fenomenologia.Integração econômica.Relações sociais.Faixa de fronteira.Relações sociais na integração econômica transfronteiriça: olhar dos habitantes no arco sul de fronteira - Argentina e BrasilTese