Cargnelutti, Ângela Casagrande2020-08-202020-03-302020-08-202020-08-20https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/55270f29-e251-4125-ab7d-31d63cd31d2620 f.Com o aumento da prevalência de doenças crônicas, sobretudo as cardiovasculares, alguns casos há a necessidade de terapia permanente com anticoagulantes orais, dentre eles a varfarina e para uso de tal medicamento necessita-se de avaliação laboratorial. Objetivo: Foi realizada uma coorte prospectiva para acompanhar usuários do sistema público de saúde de Ijuí/RS para avaliar os seguintes parâmetros laboratoriais: colesterol total, glicemia, transaminase oxalacética, transaminase pirúvica, gama glutamil transferase, ureia, creatinina, tempo de protrombina, tempo de sangria e hemograma completo. A população foi de 48 pacientes na maioria idosos e com obesidade. Houve alterações nos parâmetros laboratoriais com maior frequência nas hemácias, hemoglobina, glicemia, ureia, creatinina, transaminase oxalacética, gama glutamil transferase e tempo de protrombina. Essas alterações laboratoriais podem ser decorrentes da terapia com a varfarina, pois existem possibilidades dos pacientes desenvolver anemia, bem como alterações hepáticas e renais ,porém no estudo não foi avaliado o status hepático e renal basal de cada paciente. Em relação à glicemia, a varfarina está relacionada a episódios de hipoglicemia. As alterações obtidas no tempo de protrombina e coeficiente internacional normatizado (INR) são consequência da terapia de anticoagulação, já que a varfarina prolonga o tempo para a formação do coágulo. No entanto, em nosso estudo podem ter ocorrido fatores os quais contribuíram para as alterações encontradas, pois devido aos nossos pacientes em sua maioria serem idosos é comum nessa faixa etária a presença de outras comorbidades. Com base nas evidências existentes, a avaliação do perfil laboratorial dos pacientes usuários de varfarina, assim como o seu acompanhamento deve ser incorporada à prática clínica. Além disso, recomenda-se a avaliação dos pacientes a fim de verificar se a dose da varfarina está dentro da faixa terapêutica, demonstrando a importância do acompanhamento clínico ambulatorial além da implantação uma equipe multidisciplinar que possa orientar os pacientes anticoagulados. Observou-se também a necessidade de mais pesquisas científicas, uma vez que os estudos realizados até o momento avaliaram a interferência da varfarina na função renal, para tanto se recomenda a análise de sua interferência para os demais parâmetros laboratoriais, pois como demonstrado, outros exames estão suscetíveis a sofrer interferências pela anticoagulação contínua com a varfarina.pt-BRCiências da saúdeVarfarinaExames laboratoriaisAnticoagulantes oraisCoeficiente Internacional NormatizadoPerfil laboratorial de pacientes anticoagulados do sistema público de saúdeArtigo