Pereira, Daniela Dall´Olivo2024-10-182024-07-082024-10-182024-10-18https://bibliodigital.unijui.edu.br/handle/123456789/770893 f.A crescente aplicação de agrotóxicos para atender às necessidades socioeconômicas de diversos países acaba, no entanto, resultando na contaminação de organismos e ecossistemas devido ao uso indiscriminado dessas substâncias. No mercado brasileiro, os herbicidas ocupam a primeira posição nas vendas de agrotóxicos, destacando-se o glifosato como o mais utilizado e comercializado globalmente, sendo empregado no controle de ervas daninhas. Apesar de existirem diversas pesquisas que revelam possíveis efeitos adversos da exposição humana e ambiental aos herbicidas à base de glifosato, não há um consenso claro sobre tais consequências. A ANVISA, por exemplo, classifica o composto como pouco tóxico, considerando estudos de toxicidade aguda e crônica realizados até o momento. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo explorar os principais métodos analíticos disponíveis para a determinação de GLYPH e AMPA, seu principal metabólito, visando contribuir para o desenvolvimento de estratégias eficazes de monitoramento e controle desses agrotóxicos em ecossistemas aquáticos. O desenvolvimento do estudo deu-se por meio da identificação das principais metodologias para preparo de amostras e das técnicas analíticas mais empregadas na detecção e quantificação desses compostos. A partir das pesquisas executadas, observou-se que a maioria dos métodos utiliza a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas em série para a determinação de GLYPH e AMPA. Ainda, a análise é precedida de extração em fase sólida, que permite a pré-concentração de analitos presentes em níveis baixíssimos, e de derivatização com FMOC-Cl, para introduzir grupos funcionais com melhores propriedades cromatográficas às substâncias de interesse. Ainda, foi conduzida uma avaliação comparativa entre três métodos analíticos para a caracterização de GLYPH e AMPA em diferentes classes de água, validados quanto à seletividade, linearidade, limites de detecção e quantificação, precisão e exatidão, sendo cada um deles otimizado para objetivos analíticos específicos. Os métodos desenvolvidos para água potável e superficial demonstraram ser adequadamente sensíveis para verificar amostras dentro dos valores máximos permitidos pela legislação brasileira, que estipula um limite máximo de 65 μg L-1 de GLYPH em águas doces classes 1 e 2, 280 μg L-1 em águas doces classe 3 e 500 μg L-1 de GLYPH e AMPA em águas destinadas ao consumo humano.pt-BRAgrotóxicosCromatografiaDerivatizaçãoHPLCSPEMétodos analíticos para determinação de glifosato e ácido aminometilfosfônico em amostras de água: uma revisão abrangenteTCC