Portolann, Diego Felipe2020-08-202020-03-092020-08-202020-08-20https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/61bf27aa-a79b-4a6e-a5e3-428c9af3a03a15 f.O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica da leitura freudiana do Caso Schreber, e da primeira clínica estrutural lacaniana acerca das psicoses, compreendida a partir da noção de foraclusão do Nome-do-Pai, na análise do caso referido. Buscou-se descrever, a partir da teoria psicanálitica, o fenômeno do empuxo-à-mulher, definido por Lacan em 1973, constituindo-se como um processo abrupto de feminização que invade o sujeito psicótico sob a forma de um gozo desregulado. Nota-se que, devido a foraclusão do significante primordial/fálico, o sujeito psicótico está elidido da partilha sexual, isto é, não podendo posicionar-se do lado masculino nem do lado feminino da sexuação. Assim, busca-se enlaçar os elementos referidos situando que o efeito do empuxo-à-mulher é reconhecido como uma solução precária mas que, associado ao trabalho do delírio, garantiu a estabilização de Schreber. Por fim, conclui-se que o efeito não contempla uma solução aos casos de psicoses paranóicas, assim como também não é tão frequente, mas está situado claramente no nível da sexuação ao sujeito psicótico. Como consequência, resta ao psicótico o desafio, que é o mesmo para todo o ser falante, de situar seu sexo e sua existência no Outro.pt-BRCiências humanasPsicologia clínicaSchreberForaclusãoPartilha dos sexosEmpuxo-à-mulherO empuxo-à-mulher: uma solução à problemática dos sexos nas psicoses paranóicas?Artigo