Santos, Rosita da Silva2021-07-272019-12-122021-07-272021-07-27https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/9ea9cc4d-d61b-482c-9aba-824f0715ed52176 f.Na tese intitulada Linguagem, memória e argumentação: a construção de sentidos no ensino e na aprendizagem da produção textual na/para a docência, busco investigar por que o aluno egresso do ensino médio não consegue avançar na elaboração de um texto com argumentos de lugares-próprios, utilizando-se de argumentos de lugares-comuns na elaboração dos mesmos (Cf. PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 2005; FIORIN, 2015; FARACO e TEZZA, 2013). Para responder a esta questão, faço um estudo das redações do vestibular 2018/ Verão e Vestibular Mais 2018 da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, produzidas por candidatos às licenciaturas, buscando, a partir dos conceitos de argumentação por lugar-próprio e lugar-comum, investigar e demonstrar como os estudantes relacionam/abordam seus conhecimentos sobre a temática solicitada nesses vestibulares, especialmente seus conhecimentos memorizados sobre o assunto. Além disso, busco demonstrar que a epistemologia que fundamenta a perspectiva curricular de Freire está centrada numa visão fenomenológica do ato de conhecer como “consciência de alguma coisa” (das coisas, das atividades e de si mesmo), e, por isso, procuro, através do método currere, proposto por William Pinar (2004), aplicado aos professores, tentar entender como os docentes se constituíram como sujeitos que aprendem e ensinam produção textual na escola. Essa busca pode ser importante para entender a relação dos professores com o seu próprio texto e com o processo de autoria de seus alunos. Para isso, apoio-me na teoria sociointeracionista de Vygotsky (2001; 2010; 2016), que parte da ideia de homem enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e social e enquanto participante de um processo histórico-cultural. Vygotsky defende a ideia de contínua interação entre as condições sociais e as bases biológicas do comportamento humano, partindo de estruturas orgânicas elementares, determinadas basicamente pela maturidade, através das quais se formam novas e mais complexas funções mentais, as quais dependem basicamente das experiências sociais a que os indivíduos se acham expostos. A função cultural da escola, neste contexto, ganha força, visto que ela é geradora das tensões e conflitos usuais, num processo de aculturação, mesmo em condições não tão facilitadoras, tais como a falta de infraestrutura e de professores melhor qualificados, por exemplo. Os resultados confirmam o que diz Leontiev (1978) sobre o fato de que a relação estabelecida entre o sujeito que escreve e seu objetivo é o que determina o resultado final, ou seja, o quanto o estudante está comprometido com a qualidade de seu texto vai depender de qual(is) é (são) o(s) seu(s) motivo(s) para escrever. Além disso, o estudo possibilita destacar elementos significativos a partir da trajetória profissional dos professores, mesmo considerando as idiossincrasias inerentes às suas histórias e trajetórias de vida e de profissão. Através desta conversa com os professores, é possível afirmar que o que mais influencia no desenvolvimento profissional do professor é a prática em sala de aula, pois é no dia a dia da profissão que o docente, de fato, produz sua profissionalidade. A forma de trabalho dele reflete os seus valores, os seus sentimentos, a sua cultura. Assim, a tarefa de mediar o escrever, embora se mostre bem mais árduo, possibilita que as dificuldades dos alunos sejam gradativamente observadas, tanto no geral quanto em casos particulares. Só assim teremos exercício efetivo de produção textual e uma prática de escrita efetivamente cidadã.pt-BRCiências Humanas.Educação nas ciências.Linguagem.memória.argumentação.produção textual.Linguagem, memória e argumentação: a construção de sentidos no ensino e na aprendizagem da produção textual na/para a docênciaTese