Martins, Mariane Denise2012-08-0220112012-08-022012-08-02https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/c3de92c6-3475-4b25-a13d-3a200e26520455 f.Este trabalho busca refletir sobre o movimento social do campo na atualidade. Especialmente, compreender a estrutura e a conjuntura social dos movimentos da Via Campesina, no Rio Grande do Sul, partindo da crise em que se encontram. A partir desse entendimento, busco estabelecer bases teóricas à reflexão e discussão de uma reorganização teórica e/ou metodológica do movimento social camponês. Esta pesquisa justifica-se pelo fato de que os movimentos sociais do campo tiveram um papel importante no cenário brasileiro nos anos 1980 e 1990, pelas conquistas importantes aos trabalhadores do campo e hoje, com o descenso, precisam compreender a conjuntura e rever sua base teórica para poderem se restabelecer na sociedade. A hipótese que orienta a pesquisa é de que houve mudanças sociais significativas e muito rápidas, nos últimos 20 anos. A sociedade se reestruturou e os movimentos sociais não acompanharam estas mudanças. Existe assim, uma crise nas bases estruturais e metodológicas, que diz respeito, inclusive, às bases teóricas inadequadas usadas nesta conjuntura, que impedem os movimentos de avançarem. Através de uma revisão bibliográfica qualitativa, busco autores que podem subsidiar uma análise da realidade social do Rio Grande do Sul. O resultado da pesquisa é de que, a partir do desenvolvimento do Neoliberalismo e, nos últimos tempos, após a eleição de Lula à presidência, os movimentos que compõem a Via Campesina, vivem um descenso. A perca da Igreja como aliada e o do Estado como principal inimigo, associado a uma realidade de difícil interpretação, a partir de suas leituras ortodoxas, coloca os movimentos em crise e diante do desafio de fazer uma avaliação metodológica e buscar uma leitura atualizada da realidade. Da discussão sobre as bases teóricas, fica clara a importância de um resgate da pluralidade das teorias dos movimentos sociais e a sugestão de Edward Palmer Thompson, como um autor que conseguiu atualizar a teoria marxista e portanto pode contribuir para a superação da interpretação ortodoxa marxista. No final desta pesquisa ficam algumas interrogações como a “natureza” revolucionária dos movimentos sociais e o tipo de relação estabelecida com a Igreja que juntamente com outras questões reforçam a ideia de que este trabalho sociologico é o inicio de uma reflexão que busca ajudar as ações sociais dos sujeitos, neste caso, os movimentos sociais do campo que compoem a Via Campesina no Rio Grande do Sul.pt-BRMovimento socialEstadoIgrejaSociologiaMovimentos sociais do campo: desafios à reflexão teóricaMonografia