Dorneles, Paulo César Corrêa2011-11-3020102011-11-302011-11-30https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/c7226dcd-06fc-49a9-8598-130ec43a30cb110 f.No Rio Grande do Sul a instituição responsável pela internação de adolescentes infratores é a Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASE). Este trabalho analisa o processo educativo desenvolvido em uma das unidades da FASE, o Centro de Atendimento Socioeducativo de Santo Ângelo (CASE – Santo Ângelo). Para isso foi realizado um estudo fenomenológico da instituição, apresentando toda a dinâmica institucional, as ações educativas e as características dos educandos, internos no local. Sendo utilizado, no estudo, um trabalho de campo, onde a observação participante e a aplicação de questionários são as estratégias de investigação. Foram aplicados questionários, na escola do CASE, para se conhecer o funcionamento da mesma e, aos internos da instituição, a fim de obter informações sobre a sua realidade social Também aparece no trabalho, um histórico do processo de internação de jovens no Brasil, a explicação da medida socioeducativa de internação, atual forma de punição, preconizada pelo ECA aos jovens que cometem delitos graves, e uma reflexão sobre a adolescência e a delinqüência na contemporaneidade. A pesquisa identifica a instituição como sendo total, disciplinar e panóptica onde, a “normalização” é a regra do processo educativo e a escolarização é a principal atividade pedagógica. Não existe a participação dos educandos nas discussões para o estabelecimento de regras e normas. Os internos, da instituição, oriundos de classes populares, trazem problemas relacionados ao consumo de drogas, à família e à escola e aceitam a institucionalização que é compensada pelo suprimento de suas necessidades materiais. Contextualizando o processo educativo desenvolvido no CASE – Santo Ângelo, com as teorias, concluímos que uma instituição como esta não desenvolve uma relação dialógica no seu processo educativo. A palavra do outro que exerce maior influência no desenvolvimento e na aprendizagem da maioria dos internos é a fala do colega, com quem divide maior parte do seu tempo e com quem traz uma maior identificação sócio-econômica-cultural. Mas, existem espaços institucionais onde pode se dar uma interação mediada pelo diálogo, para que os sujeitos com maior experiência cultural (educadores) possam tornar-se os promotores do desenvolvimento e da aprendizagem nesse processo.pt-BRCASEAdolescentes infratoresProcesso educativoO processo pedagógico do centro de atendimento socioeducativo de Santo Ângelo - caseDissertação