Toso, Cláudia Eliane Ilgenfritz2019-07-2420182019-07-242019-07-24https://bibliodigital.unijui.edu.br/items/e89e57ec-f278-450d-8b27-d263a19695e4107 f.Ao preservamos a memória de um povo temos a possibilidade de contribuir com a construção de identidades e de sentimentos de pertencimento. A escola, enquanto instituição, é espaço e tempo que tem como função transmitir a tradição e, ao fazer isso, apresenta conhecimentos construídos historicamente, evitando que tenhamos de viver um eterno retorno ao ponto inicial. O trabalho realizado na escola, com crianças pequenas, tem sido objeto de investigação dos pesquisadores, principalmente os da infância, mas a temática sobre a criança e a construção do sentimento de pertencimento tem sido pouco explorada. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a abordagem sobre a cidade faz parte do campo das ciências sociais ou dos estudos sociais. Considerando essas questões, esta tese foi construída. Tenho como objetivo investigar sobre como a construção do sentimento de pertencimento é pensado pela escola e pelos professores e, consequentemente, como o conhecimento sobre a cidade contribui com essa construção. Proponho como problematizações da pesquisa: Que relação podemos estabelecer entre a apropriação pelas crianças do conhecimento sobre a cidade e a construção do sentimento de pertencimento? Qual a relação entre o reconhecimento do direito à cidade pela criança e sua condição de sujeito? Ou, ainda, a forma como a escola possibilita o acesso ao conhecimento sobre a cidade contribui para essa construção? O campo teórico e metodológico da pesquisa se orienta na perspectiva da teoria crítica e da hermenêutica. Adoto, como princípio, a articulação entre o campo teórico e o empírico. Sustentam a escrita, além da pesquisa e análise bibliográfica, cartas escritas por alunos do 3o ano de uma escola comunitária de Santo Ângelo-RS e de uma escola pública de Ribeirão Preto-SP, e entrevistas com professores brasileiros e italianos que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Desse modo, defendo a tese de que o conhecimento escolar é possibilidade para construir o sentimento de pertencimento, uma vez que a escola é o espaço e tempo em que as crianças têm acesso a esses conhecimentos dos quais precisa se apropriar. Para se sentir pertencente é imprescindível que se conheça o lugar onde se vive em suas diferentes dimensões: sociais, culturais e territoriais, pois quem não possui conhecimentos está sujeito a aceitar o que lhe é imposto, portanto não estabelece um vínculo com o lugar a que pertence, ainda que tenha nascido ou viva nele. A construção do sentimento de pertencimento tem relação com o conhecimento, mas conhecer não é suficiente, embora seja imprescindível, pois há a necessidade de estabelecer um vínculo com o lugar onde se vive. Assim, o sujeito pode se posicionar diante do mundo onde vive e participar de forma ativa como cidadão.pt-BRCiências humanas.Educação.Crianças.CidadeSentimento de pertencimento.Anos iniciais.Conhecer para pertencer: a relação criança, escola e cidadeTese