Navegando por Autor "Maggio, Deise Pedroso"
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Item Entrecruzamento teórico-metodológico entre registros de representação e teoria da objetivação(2019-07-24) Maggio, Deise PedrosoA presente pesquisa está inserida em um contexto educacional, de pesquisa em ensino e sala de aula, que carece de metodologias de pesquisa científica de produção e de análise de dados adequados a pesquisas que têm por objeto de estudo a sala de aula - a exemplo de aulas de álgebra. Tem-se por problemática: a argumentação no processo de ensino-aprendizagem de álgebra na Educação Superior. Por questão de pesquisa: como explicar a progressão do pensamento algébrico, em meio a um trabalho conjunto em situação de aula? Para tanto, formulou-se o seguinte objetivo geral: estabelecer um referencial teórico-metodológico para pesquisas em ensino e sala de aula. Tendo em mente esse objetivo, esta pesquisa é de natureza qualitativa, teórica e explicativa, de modo que não pretende testar uma hipótese, comprová-la ou refutá-la, mas sim compreender a seguinte hipótese: a aprendizagem de conceitos algébricos em um espaço de sala de aula assenta-se sobre o discurso nos planos individual e coletivo, e este discurso explicita-se por meio da produção de argumentos em um contexto de trabalho conjunto entre professor e estudante e entre estudante e estudante. A produção de dados deu-se por meio de um Estado da Arte e de um entrecruzamento teórico-metodológico entre duas teorias semióticas: uma de natureza semio-cognitiva - teoria dos Registros de Representação Semiótica -, e outra de natureza semio-cultural - Teoria da Objetivação. Os procedimentos de análise seguiram os movimentos recursivos da Análise Textual Discursiva: unitarização, categorização e metatextos. As categorias de análise são reconhecimento e trabalho conjunto, e a unidade de análise é conhecimento algébrico. Pode-se inferir que as transformações de conversão e tratamento não são suficientes para explicar a aprendizagem em álgebra, uma vez que, de um ponto de vista didático-metodológico, o tempo de reação ou de resposta do sujeito não importa, como no teste de reconhecimento de funções afins de Duval (1988a), e sim a tomada de consciência em meio a um trabalho conjunto entre professor e estudante de substituições semióticas concernentes à operação de designação. Processos argumentativos, tais como generalizações, desencadeiam a necessidade dessa prática algébrica pautada em substituições semióticas. Esta pesquisa não pretendeu testar ou comprovar hipóteses, mas explicar um dado fenômeno intrínseco ao espaço de sala de aula, portanto pesquisas futuras podem testar a hipótese deduzida levando em consideração duas categorias de análise: transformações e substituições semióticas, e trabalho conjunto.Item Saberes docentes de uma professora que ensina função e conhece a teoria dos registros de representação semiótica(2013-11-04) Maggio, Deise PedrosoA presente pesquisa teve como problemática o processo de ensino de função e as representações semióticas desse conceito, considerando o caso de uma professora de matemática que conhece os pressupostos teóricos dos Registros de Representação Semiótica de Raymond Duval e atua no Ensino Médio. Nesta perspectiva, se visou, de forma geral, analisar o ensino de função planejado e vivenciado em sala de aula por essa professora e; especificamente, investigar como as representações semióticas do conceito de função são utilizadas na organização dos planejamentos de ensino, bem como são conduzidas em sala de aula. Para tanto, se buscou subsídios na teoria da aprendizagem de Raymond Duval, procurando seus aportes para o ensino de função, e em reafirmações, críticas e contribuições a respeito da mesma; bem como em outros aportes teóricos que extrapolam essa teoria tais como: na teoria pedagógica de Maurice Tardif, no conceito de mediação em Vigotski, em diferentes estratégias de ensino identificadas e analisadas por Guy Brousseau. Os procedimentos metodológicos são de caráter qualitativo com design de estudo de caso intrínseco, ocorrendo em um contexto de trabalho cooperativo que foi permeado por três momentos e envolveu os seguintes instrumentos de coleta de dados: entrevistas semiestruturadas e não estruturadas, sessões reflexivas, diários de campo e câmera de vídeo. Dessa forma, isto é, por meio dos saberes docentes mobilizados e postos pela professora em discursos referentes aos seus planejamentos de ensino e diante de sua prática pedagógica, se constatou que as representações semióticas do conceito de função utilizadas com mais frequência são: gráfica tabular, gráfica cartesiana, algébrica, simbólica e língua natural. E essas representações visam, em tarefas de conversão principalmente, diferentes e essenciais noções do campo conceitual de função tais como: variação, dependência, grandeza, variável, regularidade e padrão em sequências numéricas, domínio (campo de definição), imagem, contradomínio (campo de variação) e intervalo no traçado reto. Ainda, a representação na língua natural, em especial, é empregada na condução das demais representações semióticas, sobretudo, por meio da “devolução de perguntas” redacionalmente mencionadas ou que envolvem termos que fazem menção às noções citadas. Esses fatos podem ser explicados pelo distanciamento entre teoria e prática no processo de formação inicial e, também, contínua dos professores: a professora buscou na especialização Stricto Sensu uma formação didática mais consistente e depois que inicia sua carreira no magistério procura refletir, constantemente, sobre sua prática docente diária e, então, se inquieta com sua formação pedagógica.