Navegando por Autor "Mensch, Deise Iara"
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Item Do mal-estar ao empoderamento: um estudo autoetnográfico na área da Educação física escolar(2021-07-23) Mensch, Deise IaraEste estudo inscreve-se no campo da Educação Física Escolar e do mal-estar docente. Trata-se de uma autoetnografia com pesquisa de campo. Defino como objetivo geral da pesquisa, a partir da constatação de um mal-estar e da impotência docente vivido no ambiente escolar, reconstruir-me enquanto professora, através da reflexão, autoavaliação e estudos abordados no Mestrado Profissional em Rede – PROEF. Problematizando a condição do mal-estar da prática docente, elegi a formação continuada como meio para o meu crescimento profissional e intelectual. Delineei como objetivos específicos, reconstruir uma proposta pedagógica para o componente curricular de Educação Física para o Ensino Fundamental II, da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Goulart (organizado em grupos nas formações continuadas da SMED); bem como, planejar e descrever, sob forma de pesquisa-ação, o processo de uma unidade didática para os alunos do 7o ano do Ensino Fundamental com o tema Lutas – Capoeira; e, por fim, e não menos importante, tensionar o meu mal-estar docente durante toda essa trajetória e os elementos que foram importantes para pôr-se a caminho do bem-estar docente. As análises ocorreram com base em minhas anotações nos cadernos de aulas, nos trabalhos realizados, nos extensos fichamentos de leituras, nas discussões realizadas em aula (tanto no PROEF como na escola). No transcorrer dessa dissertação fui relatando como o empoderamento foi se dando durante todo esse processo de “tratamento”, que englobou a formação continuada – possível através do envolvimento acadêmico no curso de Mestrado Profissional em Educação Física – PROEF – a nova organização curricular da escola e a visão da pesquisadora acerca do sentido da Educação Física Escolar. Nessa direção, foi fundamental que os documentos curriculares se conectassem com a prática docente, propiciando assumir a condição de protagonista do fazer docente, quebrando a barreira entre o “não mais” e o “ainda não” (GONZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2009). Concluo que sem o conhecimento, sem a formação continuada, mudanças em currículos não farão “milagres”, pois talvez o problema não seja apenas o currículo, e sim, se ele faz ou fará sentido para a atuação docente, questão ético-política que permeia este fazer e que demanda a condição de sujeito participante de sua elaboração e concretização.