Navegando por Autor "Peres, Caroline dos Santos"
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Item Empreendedorismo feminino: das dificuldades ao sucesso na gestão das organizações(2015-06-16) Peres, Caroline dos SantosO empreendedorismo tem despertado a atuação de profissionais que buscam o desenvolvimento da economia através de seus empreendimentos e inovações, introduzindo novos produtos e serviços de acordo com as necessidades de consumo. De acordo com Dolabela (1999) o indivíduo portador das condições para empreender saberá aprender o que for necessário, para criar, desenvolver e realizar sua visão. O gênero feminino vem se destacando em diversas áreas com seus empreendimentos e vem aumentando significativamente o número de mulheres que deixam de ser apenas donas de casa e vão em busca da independência profissional através do empreendedorismo. Para Gomes (2005) o primeiro atrativo pela mão de obra feminina ainda é a possibilidade de pagar pelo mesmo trabalho, seguindo pelas habilidades de relacionamento mais desenvolvidas nas mulheres e, também, a flexibilidade feminina é apontada. Ou seja, o que vem facilitando a entrada da mulher no mercado de trabalho é a maior desenvoltura nos assuntos interpessoais, assim como a flexibilidade quanto ao horário do expediente para melhor compatibilizar o trabalho com a família. A multiplicidade de papeis e a tríplice, família, trabalho e pessoa contribui para a satisfação pessoal das mulheres, enriquecendo assim sua vida profissional. O presente estudo teve como objetivo geral identificar as principais dificuldades e as razões para praticar o empreendedorismo de pequenas e medias empresas do município de Santa Rosa para o gênero feminino. A escolha desse estudo justifica-se pelo fato do empreendedorismo feminino estar crescendo cada vez mais, gerando certa curiosidade quanto às razões e as dificuldades encontradas para empreender, bem como os principais fatores que contribuem para o crescimento e o perfil empreendedor das mulheres de sucesso. Para a elaboração do presente estudo foi utilizada a pesquisa exploratória e descritiva. Para Gil (2002) a pesquisa exploratória tem como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições, envolvendo, na maioria dos casos, levantamentos bibliográficos, entrevista com pessoas relacionadas ao tema pesquisado e análises de exemplos para facilitar a compreensão do assunto. Considera-se que descritiva, pois descreve as diversas percepções das empresárias entrevistadas acerca do empreendedorismo feminino. Quanto à pesquisa descritiva, Vergara (2000) explica que este tipo de estudo expõe características de determinada população ou fenômeno, estabelecendo correlações entre variáveis e a definição de sua natureza. Quanto aos meios ou procedimentos técnicos a investigação foi bibliográfica, documental e de campo. De acordo com Vergara (2000), bibliográfico é o estudo desenvolvido em materiais que são acessíveis ao público em geral como, por exemplo, livros, revistas, jornais e redes eletrônicas; fornecendo material a todos os tipos de pesquisas, mas mesmo assim, podendo esgotar-se. Quanto a pesquisa documental, Gil (2002) explica que é nada mais do que materiais que não receberam ainda um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os referidos objetivos da pesquisa. Para Vergara (2000) a pesquisa de campo pode incluir entrevistas, aplicações de questionários, testes e observação participante ou não, realizada no local onde ocorrerá o estudo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, que foram realizadas através de um roteiro de perguntas semiestruturadas com respostas abertas juntamente com empresárias do município de Santa Rosa, sendo que não foi utilizada toda a população feminina empreendedora, apenas uma amostra de cinco empresárias escolhidas pelo método de acessibilidade, que de acordo com Vergara (2000) é uma forma de escolha caracterizada pela facilidade de acesso entre elas. Após a realização das entrevistas, os dados foram transcritos e todas as informações coletadas no decorrer do estudo foram utilizadas para fazer a análise do conteúdo das respostas para atender aos objetivos do estudo, para realizar a análise, os dados foram divididos de acordo com o tema relacionado, em seguida receberam uma análise qualitativa seguidas de fundamentações teóricas que comprovam a informação divulgada. Dentre as cinco entrevistadas, os resultados mostram que a maioria possui faixa etária de 26 a 35 anos, sendo 60%, contra 20% de 46 a 55 anos e também 20% acima de 56 anos. Quanto ao estado civil 60% delas são casadas e 40% solteiras, mostrando um equilíbrio na questão de estado civil das empresárias entrevistadas. Em relação ao grau de escolaridade o maior percentual encontra-se no ensino médio completo, com 60% das entrevistadas, sendo que 40% delas possuem o ensino superior completo. Referente ao tempo de existência das empresas estudadas, percebe-se que 80% delas estão entre 2 a 5 anos, e apenas 20% com mais de 16 anos no mercado. Com relação ao número de funcionários, nota-se que as respostas foram bastante difersificadas, sendo que 40% possuem de 2 a 5 funcionários, 20% apenas 1 funcionário, 20% de 6 a 10 funcionários e também 20% acima de 16 funcionários. Quando questionadas sobre quais as razões para empreender, de que forma perceberam que poderiam ser empreendedoras e como decidiram o ramo que iriam empreender, identificou-se que as principais razões para tornarem-se empreendedoras, foram as oportunidades, insatisfação com o trabalho realizado, a necessidade de superar dificuldades, vontade de ter um negócio próprio (autorealização) e o amor pelo que faz. Quanto à percepção do momento certo para serem empreendedoras identificou-se a experiência, o amor e a oportunidade. Já quanto ao ramo de negócio, as entrevistadas decidiram ser empreendedoras, naquele ramo que já tinham experiências ou que tinham admiração. De acordo com isso, segundo Dornelas (2008) os empreendedores estão sempre em busca de novas ideias e oportunidades, ficando atentos a tudo que ocorre a sua volta. Com relação ao termo “empreendedorismo”, constatou-se que pode ser explicado de diversas maneiras, mas de acordo com as empresárias, empreendedorismo quer dizer “fazer negócios”, de acordo com relatos de uma das entrevistadas: “empreendedorismo para mim significa ter visão do mercado, perceber, saber avaliar e analisar o que realmente é importante para o cliente, ter força de vontade e muita dedicação, [...] ter amor pelo que faz e muita garra para fazer de sua empresa um negócio de sucesso”. Identificou-se também que as entrevistadas tem conhecimento do valor que tem a mulher hoje para o mercado empreendedor, apontando que estão tendo mais liberdade e igualdade perante os homens. Segundo Hisrich e Peters (2004) o empreendedorismo é criar algo novo dedicando tempo e esforços necessários, assumindo riscos correspondentes e recebendo as consequentes recompensas. Observou-se que de acordo com as dificuldades e desafios enfrentados no empreendedorismo o que mais preocupa as empresárias é a burocracia existente para abrir uma empresa, por ser um processo longo e cansativo e que muitas vezes é o responsável pela desistência de muitos empreendedores em dar continuidade ao seu negócio, também foram citadas as altas cargas tributárias que existem. Constatou-se também que os problemas que podem afetar um empreendimento, não são exclusivamente femininos, pois as mulheres já ocuparam seu espaço sendo livres para exercer a função que desejarem. Problemas como carga tributária e alto custo, não envolvem apenas empreendimentos criados por mulheres, mas sim qualquer tipo de negócio. Para Antonello e Boff (2005) competência empreendedora é como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que viabilizam a um indivíduo imprimir sua visão, estratégias e ações na criação de valor para a sociedade. Os resultados da pesquisa apontam 10 fatores que as entrevistadas acreditam ser competências para ser um empreendedor de sucesso: Coragem, seriedade, persistência, habilidade com pessoas, ser multitarefas, ter dedicação, responsabilidade, planejamento, gostar do que faz e ter foco. Quando a liderança é perceptível o conhecimento das entrevistadas, pois cada uma delas respondeu com palavras diferentes, porém com mesmos significados, alegando que o líder deve trabalhar em equipe, delegar e participar, ir à busca de objetivos e respeitar seus colaboradores. Identificou-se também que inúmeros são os fatores que podem ser levados em conta em uma tomada de decisão, para as empresárias entrevistadas. Fatos como o custo do benefício, ter segurança no que faz, ser persistente e definir metas e objetivos, são fundamentais para a tomada de decisão. Observou-se também que a fidelização do cliente, o foco e o comprometimento no trabalho, amar o trabalho que faz, ter dedicação, inovar e persistir, são fundamentais para obter o sucesso no empreendedorismo, é um conjunto de elementos que se interligam um ao outro para ir em busca do sucesso. A realização deste estudo possibilitou um conhecimento mais amplo sobre temas relacionados ao empreendedorismo, onde foi possível identificar o conhecimento das empresárias sobre o referido tema. Os resultados obtidos foram através de uma amostra de cinco empresárias do município de Santa Rosa que responderam a uma entrevista, questões sobre o perfil socioeconômico e também empreendedor. Constataram-se através do estudo os elementos que fazem parte das razões e motivações que as empresárias entrevistadas tiveram para empreender, bem como suas definições para o tema “empreendedorismo”, as dificuldades e desafios enfrentados e os fatores que acreditam fazer parte do empreendedor de sucesso. O estudo limitou-se em entrevistas realizadas com cinco empresárias do município de Santa Rosa, não podendo ter seus resultados generalizados às demais empresárias do município. Entende-se que os objetivos do presente estudo foram cumpridos, pois pode-se fazer uma interligação entre os objetivos estipulados, a fundamentação teórica utilizada e os resultados obtidos através das entrevistas realizadas, sendo de extrema importância para o conhecimento da acadêmica, que pode aprofundar seus conhecimentos na área do empreendedorismo.Item Inteligência de mercado: o estudo da competitividade no empreendedorismo feminino(2018-12-06) Peres, Caroline dos SantosO presente estudo teve como questão “Quais as ações desenvolvidas pelas empreendedoras com vistas à busca de informações no mercado atual?”, e para atender a questão do estudo utilizou-se como objetivo identificar as principais ações adotadas pelas empreendedoras de Santa Rosa, com vistas ao estudo de mercado onde as organizações estão inseridas e competem estrategicamente no cenário do mercado atual, levando em consideração seus recursos internos (inovação) e externos (oportunidades) através da inteligência de mercado e as capacidades dinâmicas. Para a elaboração do estudo foi utilizada a pesquisa exploratória e descritiva e quanto aos procedimentos técnicos foi bibliográfica, documental e estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista com quatro empreendedoras do município, através de um questionário estruturado, as entrevistas foram gravadas, transcritas e após analisadas qualitativamente. Observou-se através do estudo que as empreendedoras identificam dentro de suas organizações como pontos fortes o atendimento e qualidade dos seus produtos e serviços, quanto aos pontos fracos a falta de planejamento organizacional interno. Referente as oportunidades foi destacado o bom relacionamento com os clientes, inovação e aceitação de produto, já como ameaças as empreendedoras destacaram a alta concorrência, muitas vezes sendo pela facilidade de aquisição de mercadorias exportadas. Com relação a “Inteligência de Mercado”, foram analisados os quatro fatores referentes a tema: Mercado, concorrentes, fornecedores e clientes. Por fim, com relação as capacidades dinâmicas, foi estudado a forma com que as empreendedoras executam as capacidades: absortiva, adaptativa e de inovação. Conclui-se com o presente estudo que as empreendedoras buscam informações externas no mercado para que assim possam competir estrategicamente no ramo em que atuam, através dos itens de inteligência de mercado e capacidades dinâmicas.