Arquitetura da lembrança: projeto de um cemitério vertical para Ijuí

Abstract

O presente estudo, constitui-se de uma proposta arquitetônica, em nível de anteprojeto, com o objetivo de elaborar um cemitério vertical para o município de Ijuí e para a região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. É inquestionável que os cemitérios assumem um papel muito importante dentro das comunidades, pois, a morte é a maior certeza que os seres humanos possuem. No entanto, o serviço funerário e de sepultamento no Brasil ainda são considerados caóticos, havendo: troca de cadáveres; apropriação de túmulos indevidamente; problemas ambientais, a falta de urbanização e principalmente a falta de espaço para a construção de mais túmulos, jazigos ou até mesmo para covas simples. Visto que, um cemitério ocupa uma gigantesca área territorial e muitas vezes com a expansão das cidades em seu entorno, não há como ampliá-los. Em síntese, essa problemática principal tornou-se ainda mais evidente desde o início de 2020 com a pandemia gerada pelo COVID-19. Tendo em vista a relação direta entre meio ambiente e usuários, o presente projeto pretende oferecer um local compacto, ecológico e acolhedor, que cause o mínimo possível de impacto negativo, pois como já é um ambiente que remete a lembranças e tristezas deve ser um espaço aconchegante, que faça as pessoas se sentirem bem. Com o intuito de progredir com a etapa projetual, a presente pesquisa irá descrever o histórico do tema em âmbito do mundo, país, estado e cidade, ainda adicionando um embasamento teórico, assuntos complementares, quatro análises de modelos, duas voltadas a temática de necrópole e duas voltadas para a parte sensorial e formal da arquitetura. Por conseguinte, a apresentação do terreno escolhido, seu respectivo entorno imediato e demais itens para o escopo do projeto como: o programa de necessidades, pré-dimensionamentos, organograma e fluxograma. PALAVRAS-CHAVE: Cemitério; Sepultamento; Extensão Territorial.