Administração
URI Permanente para esta coleçãohttps://bibliodigital.unijui.edu.br/handle/123456789/417
Navegar
Submissões Recentes
Item Empreendedorismo feminino: um estudo a partir do ambiente de inovação da Unijuí e da Criatec(2024-10-17) Mendes, Luciele GonçalvesPelo grande desenvolvimento do empreendedorismo e da gestão de mulheres a frente dos negócios, que deixam de ser apenas donas do lar e passam a ser empreendedoras buscando o aperfeiçoamento da carreira e do sucesso. O presente Trabalho de Conclusão de Curso contempla o assunto empreendedorismo feminino, um estudo a partir do ambiente de inovação da UNIJUÍ (CRIATEC) no qual o estudo será com empreendedoras incubadas e pré-incubadas e uma breve pesquisa externa com mulheres empreendedoras e não empreendedoras. A escolha desse estudo, deve-se pelo fato do aumento de mulheres no empreendedorismo e muitas ideias inovadoras e empresas de sucesso, que nos fazem sentir orgulho de ser mulher e buscar saber mais sobre esse processo, as razões e as dificuldades encontradas para empreender, bem como os principais fatores que definem como determinantes ao empreender. Comtemplando assim os conceitos de empreendedorismo feminino, fatores impulsionadores e restritivos ao empreender feminino, competências determinantes para empreendedoras femininas e proposições de fortalecimento ao empreendedorismo feminino.Item Qualidade de vida no trabalho: percepção de colaboradores do comércio e da indústria de Ajuricaba(2024-10-16) Reimann, Eugênia FrancisconiO presente trabalho, Qualidade de Vida no Trabalho: percepção de colaboradores do comércio e indústria de Ajuricaba, teve como objetivo analisar a percepção de colaboradores sobre a qualidade de vida no trabalho nos segmentos do Comércio e Indústria do Município de Ajuricaba/RS e para isso, utilizou-se a ferramenta já consolidada de Walton: modelo de oito fatores. E como objetivos específicos, identificar as ações desenvolvidas pelas empresas do comércio e da indústria para a QVT dos colaboradores; verificar a percepção dos colaboradores sobre a QVT; analisar de forma comparativa a percepção dos colaboradores, com a perspectiva de segmento, comércio e indústria; e propor ações que possam contribuir para a QVT dos colaboradores. Sendo assim, o método adotado foi de pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa e quantitativa, do tipo exploratória e descritiva, e na forma de pesquisa bibliográfica, de campo e de levantamento. A coleta de dados se deu, inicialmente, pela pesquisa bibliográfica, na qual se buscou explorar o material encontrado em relação ao tema do estudo. Esses materiais, proporcionaram embasamento teórico sobre o assunto e o instrumento de coleta de dados já consolidado – ferramenta do modelo de oito fatores de QVT de Richard Walton. No processo de pesquisa de campo, visitou-se a ACI, que forneceu dados sobre as empresas associadas e posteriormente, realizou-se visitas às organizações e entrevistas com os gestores, a fim de aprofundar as questões propostas na pesquisa bibliográfica, identificar as ações realizadas pelas organizações para a promoção de QVT e buscar compreender o comportamento e as opiniões dos responsáveis pela gestão de pessoas. E, por fim, aplicou-se os questionários com os colaboradores presencialmente e por meio de questões de múltipla escolha e escalas de mensuração ou medição (de muito satisfeito a muito insatisfeito) – ferramenta de Richard Walton. Conclui-se, portanto, que de forma geral, a qualidade de vida no trabalho dos colaboradores do comércio e da indústria de Ajuricaba é satisfatória, possuindo alguns pontos que podem ser melhorados. Pode-se constatar que as organizações pesquisadas não desenvolvem ações objetivando a QVT dos colaboradores. Porém, na percepção dos colaboradores participantes da pesquisa, vários critérios do modelo de Walton são considerados satisfatórios. Diante disso, analisou-se os resultados de forma comparativa - comércio e indústria, e se sugeriu ações que podem ser implementadas por meio de um programa de QVT nas organizações, conforme a realidade de cada uma. Conclui-se que os objetivos do trabalho foram alcançados, de forma que se consegue verificar a percepção de colaboradores dos dois segmentos. As pessoas são os principais recursos de uma organização e devem ser visualizadas como parceiros e com toda a sua complexidade e subjetividade. Portanto, para que a qualidade de vida no trabalho seja alcançada é preciso conhecer o colaborador e compreender suas necessidades e expectativas. Evidencia-se ainda, a importância de criar um ambiente de participação para que o programa de qualidade de vida no trabalho a ser implantado seja coerente com os objetivos da organização e dos colaboradores.Item Sucessão familiar : um estudo do processo de sucessão familiar na agricultura do município de Cândido Godói(2024-04-23) Deves, Vitor MathiasIntrodução Os constantes deslocamentos da população entre a área rural e urbana é conhecido como êxodo rural e urbano, onde cada indivíduo busca na sua percepção o melhor caminho para seguir na sua vida e sua profissão. Com o êxodo rural, a densidade populacional na área rural ficou afetada e cada vez mais extinta. O jovem busca o estudo fora da área rural e também perde seu vínculo com a propriedade, e por vezes não retornando e deixa de seguir a atividade realizada por seus pais. O incentivo dado pelos pais, tem grande influência sobre o sucessor e também a forma como o preparam para a sucessão. Segundo Souza e Heylmann (2016, p.01) Uma das maiores preocupações hoje presentes no agronegócio recai sobre o planejamento sucessório, que, quando bem estruturado, traz diversos benefícios para a família. Ressalta-se que a elaboração de um planejamento sucessório é de extrema importância, pois em que pese o momento da sucessão oferecer riscos e desafios, o planejamento antecipado faz com que ocorra a transmissão do patrimônio de forma consciente, segura e tranquila. A importância de ter esse planejamento é essencial para a continuidade e sobrevivência das propriedades rurais, por isso a necessidade de se buscar medidas preventivas para que nas propriedades haja êxito nesta etapa, passada para a nova geração com sucesso. Aos sucessores se exige a cada dia mais qualificação, projetos que mantenham suas perspectivas de crescimento, para se obter uma viabilidade da atividade exercida, sua sustentabilidade. Além de que as políticas públicas sejam reestruturadas para a ajudar os milhares de jovens que buscam atuar na atividade agrícola. A partir disso, o estudo teve como recorte o Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, município de Cândido Godói, onde a uma grande concentração de pessoas vivendo dos setores voltados a agricultura. O objetivo geral foi identificar as perspectivas e desafios da sucessão familiar nas empresas familiares e propriedades rurais do município de Cândido Godói – RS; os específicos: a) Analisar os desafios enfrentados para o processo sucessório; Identificar as expectativas dos produtores rurais, em relação ao segmento, e desafios a serem enfrentados pelos seus sucessores; c) Buscar as vantagens e desvantagens do empreendedor rural; d) Identificar a motivação que é exercida dentro da família para continuação dos filhos no meio rural; e) Propor sugestões para a permanência do jovem no campo, no município de Cândido Godói – RS; Metodologia A partir dos critérios propostos por ZAMBERLAN et al. (2016) apresentam uma classificação baseada nas principais características que as pesquisas presentam em relação: à natureza, aos níveis ou objetivos, segundo os procedimentos técnicos, meios e estratégias de pesquisa. Quanto a sua natureza ela é considerada como pesquisa aplicada. Para GIL (2010, p. 26) ” a pesquisa aplicada, abrange, estudos elaborados com finalidade de resolver problemas identificados no âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem”. Referente a sua abordagem ela é de forma quantitativa e qualitativa. Em seus objetivos a pesquisa foi considerada de forma descritiva e exploratória. Quanto a seus procedimentos teóricos usados para auxiliar foram classificados como pesquisa bibliográfica, documental, de campo, participante e estudo de caso. Bibliográfica pois ela “abrange todo o referencial teórico já tornado público em relação ao tema de estudo, como publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, ” TEIXEIRA et al.; (2009, p. 118). Visando um maior aprofundamento ao estudo, se optou pela pesquisa de campo e estudo de caso no município de Cândido Godói/RS. Os sujeitos da pesquisa foram agricultores residentes no município que atuavam no setor de grãos, leiteiro e suínos, onde se visava já uma sucessão e com os sucessores dessas 9 (nove) propriedades rurais, onde se realizou entrevistas aos fundadores e um grupo de foco com os sucessores. Com os dados se usou a análise de conteúdo e dispostos também através de tabelas e gráficos. Resultados e Discussão Nas entrevistas em profundidade realizadas com os fundadores, sempre os participantes foram do gênero masculino e em alguns casos a esposa estava presente. Isso mostra que o cargo superior e o maior conhecimento sempre se mantiveram no papel do homem na condução e decisões da propriedade. Porém, nas entrevistas que estavam a família toda, as respostas eram conjugadas em família. Foram entrevistadas nove famílias, residentes nas localidades de Linha Paranaguá e Linha Natal, em Cândido Godói-RS. Em relação a idade dos fundadores 11% possuíam de 31 a 40 anos, 78% dos entrevistados tinha de 41 a 59 anos e 11% com mais de 60 anos. Já em relação a idade dos sucessores 32% tinham de 12 a 18 anos, 53% de 18 a 25 anos e 15% com 26 a 35 anos. Referente ao grau de escolaridade, percebeu-se um grande incentivo dos pais para os filhos buscarem a formação superior. Quanto aos fundadores, a escolaridade foi variada, 1 com o ensino fundamental incompleto, 5 com o ensino fundamental completo e 3 com ensino médio completo. Já os sucessores, todos tem o ensino fundamental completo onde são 10 sucessores, 7 deles já tem o ensino médio já completo, desses 5 com o ensino superior incompleto e 2 com o ensino superior completo. Referente ao local onde residem os sucessores, 70% ainda reside junto com os pais na mesma propriedade, 10% mora em outra cidade para estudar e outros 20% já tem família constituída, onde trabalham em parceria com seus pais, mas com casa própria. Quanto ao número de filhos que possui cada família entrevistada, 33% só tinha um filho, 22% com 2 filhos e 45% com 3 filhos. Na pesquisa se buscou saber se os fundadores começariam novamente na agricultura se tivessem a mesma escolha, 11% respondeu que buscaria outro ramo de atuação, 67% respondeu que sim e 22% responderam que sim mas buscariam uma maior qualificação na área agrícola. Em relação ao incentivo dos pais, 11% não incentiva seus filhos a continuar na agricultura e outros 89% incentivam seus filhos, mostrando a riqueza que há na agricultura, sua importância, e incentivando o mesmo a seguir o seu exemplo. No estudo, pode-se observar as vantagens no meio rural, onde se é dono do próprio negócio, a importância de produzir alimentos, safras boas, além de você fazer o seu próprio horário. Há sim as desvantagens, onde cita-se as intemperes, o mercado de vendas de grãos e compra de insumos, entre outros, mas deve prevalecer principalmente o fator do sujeito gostar do trabalho. Conclusão Através do estudo, constatou-se que a cada ano está havendo um maior êxodo de jovens do meio rural para o meio urbano. A partir das entrevistas ficou claro que os fundadores veem como essencial a sucessão por parte dos jovens, pela importância de produzir alimentos. Em 2015 o Brasil produziu 207 milhões de toneladas de grãos para uma população de 206 milhões de habitantes. Ou seja, pouco mais de uma tonelada de grãos por habitante. Só a produção de grãos do Brasil é suficiente para alimentar quatro vezes sua população, ou mais de 850 milhões de pessoas. Além de grãos, o Brasil produz por ano cerca de 35 milhões de toneladas de tubérculos e raízes (mandioca, batata, inhame, batata doce, cará, etc.). Comida básica para mais de 100 milhões de pessoas (MIRANDA. 2016). Nota-se que há um planejamento por parte dos pais em relação a sucessão onde eles já previamente, vão trabalhando a mesma, em alguns casos pela propriedade ser de pequeno porte, deixam a escolha para a sucessão a mais filhos, mas sempre buscando que ao menos um siga a profissão e usufrua da estrutura já pronta. Propõe-se aos fundadores que sempre motivem aos sucessores de várias formas, e busquem ao máximo despertar dentro deles a paixão pelo cultivo da terra, no estudo cita –se algumas ações internas nas propriedades em relação a sucessão e outras externas. As internas são: dialogar com os sucessores; passar sempre experiências ou aprendizados que ajudem a evitar erros; manter sempre bem explicado como organizar a viabilidade econômica e financeira de cada safra; dar responsabilidades ao sucessor e autonomia financeira para aprender como investir e como há retorno. De forma externa tem –se a necessidade de uma reestruturação das políticas públicas referentes a agricultura familiar, como mais facilidade e agilidade para criação de agroindústrias, incentivo a novas atividades além das tradicionais, oportunizar mais capacitações, dia de campo e cursos para incentivar a manutenção do setor; ter um preço de venda justo pelo produto de cada atividade e no preço dos insumos que são ofertados. Assim pôr fim, enfatiza-se a importância de cada família a sempre incentivar seus filhos a buscarem seus sonhos ou alcançar os objetivos que fundador não alcançou. Que a sucessão no meio rural não seja mais um problema, mas sim a solução para muitos jovens. Palavras-chave: Sucessão familiar no meio rural. Êxodo rural. Cândido Godói.Item Análise de viabilidade econômica e financeira de investimentos: tecnologia aplicada na produção leiteira(2021-08-24) Galli, Natália VogtItem Pandemia do COVID-19: o impacto no comportamento do consumidor e as mudanças no varejo de Ijuí(2021-03-30) Almeida, Alessandro Jacques deA crise econômica gerada pela pandemia do Coronavírus no ano de 2020 transformou o cenário econômico mundial. No Brasil a crise gerada pela pandemia afetou o varejo, bem como agravou o desemprego existente, trouxe perda de renda, fechamento de empresas, isolamento social, entre outras mudanças sociais, o presente estudo teve como objetivo identificar quais são os impactos da pandemia do Covid-19 no varejo de Ijuí na opinião dos consumidores e dos gestores de lojas, através dos seguintes objetivos específicos, determinar como se percebe e quais são os fatores que contribuem para a mudança no comportamento do consumidor no varejo de Ijuí, avaliar os impactos da pandemia de Covid-19 no comportamento pessoal dos consumidores, e identificar ações práticas que foram adotadas para fazer frente à pandemia, bem como as iniciativas adotadas. A metodologia deste estudo conta com uma pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa e quantitativa, quanto aos objetivos pesquisa exploratória e descritiva, os procedimentos técnicos usados são entrevista em profundidade, pesquisa documental, pesquisa descritiva survey, pesquisa exploratória, grupo de foco. Como técnica de coleta de dados utilizou-se entrevistas em profundidade com duas gestoras do varejo de Ijuí, dois grupos com consumidores com sete integrantes em cada grupo, bem como questionário com questões de múltipla escolhas com 285 consumidores enviado link via e-mail e WhatsApp com o auxílio da ferramenta Google, foi aplicado do mesmo modo um questionário com 26 gestores do varejo de Ijuí. Nos resultados obtidos observou-se que o comportamento de compra do consumidores recebe estímulos tanto internos quanto externos do seu grupo de convívio e tais influência impactam diretamente na sua decisão de consumo, os consumidores estão buscando mais informações a respeito dos produtos durante a pandemia, seja por pesquisa de preços, ou por meio de mídias sociais e outros meios online, evidencia-se que o preço é a variável principal na decisão de compra dos consumidores durante a pandemia, bem como ao hábitos de consumo adquiridos por influência da crise sanitária e econômica serão mantidos pelos consumidores pós pandemia. Bem como o impacto no varejo de Ijuí, mudanças nas estruturas organizacionais para atender os consumidores, também a percepção dos gestores em relação a crise econômica ainda gerar impactos ao varejo até o ano de 2021.Item Somos tão jovens! Análise do comportamento financeiro dos jovens e adolescentes no município de Ijuí/RS(2021-01-26) Silva, Karla Letícia Morais daO presente trabalho tem como objetivo principal analisar o comportamento financeiro de jovens e adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, matriculados em escolas de redes públicas e privadas no município de Ijuí/RS, analisar as suas percepções sobre o dinheiro, entendimento sobre o tema educação financeira na escola e na família, hábitos que influenciam a tomada de decisão para poupar ou gastar, noções de riscos, planejamento, gestão de finanças e crenças sobre a temática, analisar nas suas percepções o impacto que suas famílias tiveram com a pandemia, e a forma que se readequaram. Para alcançar o resultado, foram entrevistados 227 estudantes, obtidos através de questionário via google foms, a análise e interpretação dos dados deu-se por meio de análise gráfica das respostas. Através da pesquisa, percebe-se que os jovens e adolescentes entendem a temática, tendo pouca vivência de forma prática e muita curiosidade, têm a noção de alguns pontos específicos sobre o estudo, a maioria não obtém ativos, sendo os pais os responsáveis pela manutenção de suas necessidades. Concluiu-se com a pesquisa que os respondentes, são poupadores, acreditam saber como investir, quando questionados pela instituição bancária e as respetivas funções, a grande maioria dos respondentes disse conhecer os bancos comerciais. Apesar da crença estar alta no investimento das finanças, a grande maioria dos respondentes tem conhecimento de bancos comerciais. Além disso, destaca-se que os estudantes são participativos de uma maneira geral, que gostariam de aprender mais sobre o tema de estudo.Item A importância das influenciadoras digitais no processo de decisão de compra de artigos de vestuário: o caso das mulheres ijuienses pertencentes à geração Z(2020-12-29) Henke, Poliana LorenzoniAtravés da disseminação do uso da internet e das redes sociais, grande parte da sociedade passou a investir significativamente parte do seu tempo manuseando os dispositivos digitais, como, por exemplo, smartphones e notebooks, para, a partir disso, interagir no meio digital. Assim, percebe-se uma grande mudança nos hábitos, que são responsáveis pela alteração no modo de vida da sociedade. Essas mudanças são referentes às alterações em várias atividades realizadas entre pessoas, incluindo papéis de trabalho, como o surgimento das influenciadoras digitais. As influenciadoras digitais são pessoas que detém o poder de influenciar em um determinado grupo de pessoas. A partir disso, entende-se que tanto as influenciadoras digitais, quanto as pessoas que as acompanham, pertencem à geração “Z”, pois de acordo com Ceretta e Froemming (2011, apud MENEZES; MORAIS; RASSI, 2016) a geração “Z”, compreende os nascidos após 1990, e possuem uma habilidade natural no que se refere ao trato com as tecnologias e aparelhos digitais (RECH; VIÊRA; ANSCHAU, 2017). Segundo Gabriel (2010), através do contexto da transformação estimulada pelo digital, percebemos que a sociedade, o mercado e o consumidor mudaram. Analisando essas mudanças e o aumento constante da tecnologia e das inovações que são apresentadas no mercado, percebe-se que as estratégias de marketing aliadas à internet são uma tendência em ascensão, visto que as divulgações por meio das mídias digitais ocupam um lugar de grande destaque. Diante disso, percebe-se que as empresas devem reinventar-se e inserir-se nesse mundo digital, e para isso, devem trabalhar o marketing digital e as parcerias com as influenciadoras digitais. O objetivo geral do trabalho é avaliar e analisar a importância das influenciadoras digitais no processo de decisão de compra de artigos de vestuário do público feminino em Ijuí/RS, pertencentes a geração “Z”. Os objetivos específicos são baseados em descrever o processo decisório de compra; identificar quais são as mídias sociais mais acessadas pelas consumidoras; analisar o nível de importância que as influenciadoras digitais exercem sobre as consumidoras de artigos de vestuário; e propor um conjunto de ações para as empresas locais com o objetivo de usufruírem dessa importante ferramenta mercadológica. Metodologia: As pesquisas são um conjunto de ações orientadas para descobrir a solução de um problema (ZAMBERLAN et al., 2014). Quanto à natureza a pesquisa é aplicada. Segundo Gil (1999, apud ZAMBERLAN et al., 2014, p. 94) “as pesquisas aplicadas referem-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área do saber, e à apresentação de soluções alternativas.” Quanto à abordagem, este estudo classifica-se como quantitativo. Para Zamberlan et al. (2014) as pesquisas quantitativas consideram tudo que pode ser quantificável, o que tem por objetivo traduzir em números as opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Quanto aos objetivos, a pesquisa classifica-se como exploratória e descritiva. Exploratória, porque tem por objetivo avaliar e analisar a importância das influenciadoras digitais no processo de decisão de compra de artigos de vestuário do público feminino em Ijuí/RS, pertencentes a geração “Z”. A pesquisa quanto aos objetivos também é descritiva, porque procura conhecer comportamentos e informações do problema em pauta. Segundo Zamberlan et al. (2014) as pesquisas descritivas visam identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade de estudo, características de um grupo, comunidade, população ou contexto social. Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa classifica-se como de levantamento, método Survey, porque “as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer” (GIL, 2008, p. 55). O público-alvo escolhido foram mulheres, compradoras de artigos de vestuário pertencentes à geração “Z”, e que residem no município de Ijuí. A pesquisa foi aplicada através de um questionário, produzido a partir da ferramenta Google Forms, com 50 mulheres. Para a análise e interpretação dos dados foi utilizada a técnica de distribuição de frequência, pois a distribuição de frequência reporta o número de respostas que cada resposta recebeu (AAKER; KUMAR; DAY, 2001 apud ZAMBERLAN et al., 2014). Resultados: No objetivo específico referente a descrição do processo decisório de compra, observou-se que a frequência para compra de artigos de vestuário ocorre para 88% das entrevistadas quando há necessidade básica, e em épocas de saldo, conforme 50% das entrevistadas. A compra ocorre pelos motivos de necessidade básica e de quando há algum evento, o que representa 72% das respostas respectivamente. A busca de informações ocorre, para 76%, com as fontes pessoais (amigos e familiares). Os aspectos avaliados para realizar a compra são o preço (98%) e a qualidade (94%), sendo que 52% das entrevistadas preferem realizar a compra de artigos de vestuário nas lojas físicas. Em relação aos atributos do ambiente de uma loja de vestuário, 82% das respondentes consideram a qualidade dos produtos como um fator primordial no momento da compra. O atendimento dos vendedores, que representa 76% das respostas, a higiene, bem como as promoções, que correspondem a 62% das respostas, respectivamente, também são fatores fundamentais na decisão de compra, enfatizando que cada vez mais os consumidores são atraídos pelo preço baixo, pelas condições de atendimento e pelo ambiente. Sobre as motivações e hábitos das consumidoras no momento da compra, observou-se que 74% preza pelos produtos que compra, e que 66%, respectivamente, compram produtos de melhor qualidade e que possuem altas exigências sobre os produtos de vestuário. Também, 58% das consumidoras tendem a realizar a melhor escolha e comprar produtos com preços mais acessíveis. 38% gastam até R$1.000,00, enquanto 34% gastam em torno de R$1.000,01 a R$ 2.000,00 e 12% de R$2.000,01 a R$3.000,00 em compras de artigos de vestuário anualmente. O descarte das peças ocorre através de doações (98%) ou vendas (44%). No objetivo de identificação das mídias sociais mais acessadas pelas consumidoras, verifica-se que a rede social mais utilizada, ou seja, a mais importante de acordo com as entrevistadas, é o WhatsApp, com 52%; a segunda rede social mais utilizada é o Instagram, com 44%. Para obter informações sobre artigos de vestuário, as buscas ocorrem através do Instagram, com 90%, e através das lojas virtuais, que correspondem a 62%. Mais da metade, 64% das entrevistadas, afirmaram que já deixaram de comprar algum produto depois de ter lido/escutado algo nas mídias sociais. Em contrapartida, a grande maioria, 90%, respondeu que já comprou algum produto após ter lido/escutado alguma indicação nas mídias sociais, evidenciando, assim, a importância das mídias sociais e da divulgação para as empresas. A rede social que mais exerce influência sobre as entrevistadas é o Instagram. No objetivo que corresponde a verificação da importância que as influenciadoras digitais exercem sobre as consumidoras de artigos de vestuário, observou-se que 48% das entrevistadas seguem influenciadoras digitais que trabalham com temas de moda e 68% com temas sobre beleza. Em relação aos motivos para seguir uma influenciadora, 62% apontam que têm interesse pelos assuntos abordados, 54% pelas dicas de beleza e 50% pelas dicas de produtos e serviços que são trabalhados pelas respectivas figuras públicas. Também, 36% indicaram que já deixaram de “seguir” alguma influenciadora digital por possuírem opiniões divergentes, 36% pela falta de autenticidade e 32% pelo envolvimento em polêmicas. Além disso, 42% afirmam que “seguem” as influenciadoras digitais através de uma única rede social, e 56% dizem interagir através de curtidas em publicações. A rede social mais utilizada para acompanhá-las é o Instagram, com 44% das respostas. O grau de conhecimento de uma influenciadora digital, segundo as entrevistadas, se dá pela especialização no assunto, conforme 90% das respostas, e antes de adquirir algum produto que foi anunciado pelas influenciadoras, 68% das entrevistadas avaliam o preço, 60% procura por comentários na internet e 58% avaliam a qualidade do produto. Ainda, 74% afirmam que não sentem a mesma vontade de compra quando o mesmo produto anunciado pelas influenciadoras digitais é anunciado em emissoras de rádio ou TV, relatam preferir as influenciadoras digitais, pois são pessoas que utilizam os produtos e podem repassar aos seus seguidores sua opinião. A grande maioria, 82%, afirmam que conseguem identificar parcerias de influenciadoras e empresas. A partir dos dados supracitados, é possível propor um conjunto de ações para as empresas locais, de acordo com o quarto objetivo específico, visto que as entrevistadas relatam que as empresas precisam investir em bom atendimento, promoções, qualidade dos produtos, preços justos, ambiente agradável e a utilização das redes sociais como elementos essenciais para captar e fidelizar clientes. Ainda, relatam alguns benefícios que as empresas podem possuir ao utilizar as mídias digitais, como a atualização diária dos produtos nas redes sociais, publicando-os com os respectivos preços, a divulgação de promoções, interação com o público e a parceria com as influenciadoras digitais. Também, em relação a parceria de empresas com as influenciadoras, afirmam, em sua grande maioria, que pode gerar resultados positivos, desde que a empresa e a influenciadora trabalhem com transparência e respeito ao público. Conclusão: Considerando que a questão do estudo baseia-se em avaliar e analisar a importância das influenciadoras digitais no processo de decisão de compra de artigos de vestuário do público feminino em Ijuí/RS, pertencentes a geração “Z”, apesar das entrevistadas “seguirem” influenciadoras digitais e estarem sempre conectadas às redes sociais, o que é uma das características pertencentes à geração “Z”, e que se sentem influenciadas por tais questões presentes no âmbito digital, conclui-se que não há uma grande influência desses fatores no processo decisório de compra de artigos de vestuário. A partir disso, evidencia-se que as maiores influências exercidas sobre as entrevistadas no processo decisório de compra são o preço, promoção e o bom atendimento.Item Viabilidade econômica e financeira: estudo da ampliação de granja de suínos em uma propriedade rural do município de Novo Machado - RS(2020-12-29) Neumann, AndressaDesde pequeno o ser humano é movido pelas decisões que toma em qualquer momento e sobre diversas questões. Quando as decisões estão voltadas aos recursos financeiros de um empreendimento, muitas vezes não se tem contato com métodos para avaliar o comportamento de um investimento após alguns anos, de modo a analisar se o mesmo será viável no aspecto econômico e financeiro. De acordo com Lacombe e Heilborn (2008, p. 439), “[...] decidir é escolher entre duas ou mais alternativas” e isso aplica-se na amostra do estudo para que a unidade familiar da propriedade rural tenha conhecimento dos fatores que podem influenciar a tomada de decisão para o investimento de ampliar a granja de suínos no município de Novo Machado - RS. Para empreender, segundo Pesce (2012, p. 15) “[...], a sua idade não importa. O que importa é ser extremamente apaixonado por solucionar problemas e melhorar as vidas das pessoas, e estar disposto a trabalhar arduamente para fazer as coisas acontecerem”. Diante disso, o empreendimento rural está vinculado diretamente com o perfil do proprietário, pois é um fator-chave no desenvolvimento e adaptação do negócio ao longo do período, de acordo com as Características Comportamentais Empreendedoras - CCEs. O foco do estudo foi analisar e apresentar de que forma o estudo da viabilidade econômica e financeira pode contribuir na tomada de decisão na ampliação da capacidade de terminação de suínos em uma propriedade rural do município de Novo Machado - RS. Isso remete-se a decisões de investimentos que abrangem a elaboração, avaliação e seleção de opções de aplicações de recursos realizadas geralmente a médio e longo prazos para gerar resultados através do retorno sobre o capital aplicado em determinado projeto, conforme destacam Assaf Neto e Lima (2014). Bem como retrata a relevância das informações por meio de cálculos que auxiliam na visualização da reação do negócio no período estudado. Folador (2019) presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul - ACSURS afirma que “a principal dica é que o produtor faça um minucioso levantamento 6 com profissional especializado, sobre o mercado, custos e receitas, antes de investir na suinocultura”. Isso comprova a importância do estudo de viabilidade para os investimentos voltadas à atividade suinícola. Além do mais, segundo Kassai et al. (2000), a maneira simples e mais próxima da realidade de se avaliar o risco compreendido é verificando a sensibilidade de cada alternativa nas três estimativas, a provável, pessimista e otimista. Sendo assim, o trabalho teve como objetivo geral analisar a viabilidade econômica e financeira de ampliação da capacidade de terminação de suínos em uma propriedade rural da cidade de Novo Machado - RS. Também, se buscou identificar o perfil empreendedor do suinocultor e os investimentos necessários, levantar os custos, despesas e receitas da granja, realizar os cálculos de viabilidade econômica e financeira e ao final analisar as informações obtidas para verificar as alternativas e a importância do referido estudo para o processo decisório da família. Metodologia Quanto à natureza o estudo classifica-se como pesquisa aplicada porque com a base teórica e caracterização do perfil empreendedor do suinocultor e a identificação de investimentos necessários, assim como dos custos, despesas e receitas foi possível aplicar os cálculos para a avaliação das alternativas de viabilidade para auxílio na tomada de decisão dos proprietários por ser um interesse do casal. Pois, ela gera conhecimentos para solucionar determinado problema do interesse local, e por meio da questão de estudo e sua temática se busca através da fundamentação teórica conhecer mais sobre o assunto para exposição de soluções, ou seja, isso remete como trabalhar com um problema (ZAMBERLAN et al., 2014). Quanto aos objetivos é uma pesquisa descritiva, devido a caracterização do perfil empreendedor do suinocultor, identificação dos investimentos necessários, levantamento dos custos, despesas e receitas do empreendimento, e os indicadores de viabilidade econômica e financeira que foram observados, registrados, analisados e detalhados. Quanto à forma e abordagem a investigação é qualitativa pois, Collis (2005) afirma que é um método mais subjetivo e envolve analisar e refletir sobre as percepções para obter um entendimento das atividades sociais e humanas, ou seja, é voltada para a qualidade e características não-numéricas. Nesse sentido, no estudo não teve a utilização de métodos estatísticos, uma vez que foi um estudo subjetivo que se procurou verificar de que forma o estudo da viabilidade econômica e financeira pode contribuir na tomada de decisão na ampliação da capacidade de terminação de suínos na propriedade rural. Nos procedimentos técnicos a pesquisa classifica-se como bibliográfica pois, é toda aquela já tornada pública em que autores renomados falam do assunto com certa bagagem de conhecimento (MARCONI e LAKATOS, 2003), logo, se buscou acervos bibliográficos físicos e eletrônicos de autores consagrados que escreveram sobre suinocultura, empreendedorismo, análise de viabilidade econômica e financeira e demais assuntos que fazem parte do estudo. Além do mais, foi pesquisa documental porque segundo Santos (2005, p. 174), “[...] é trabalhada com base em documentos que não receberam tratamento de análise e síntese”, diante disso, foram utilizados documentos, como contrato de parceria entre a empresa integradora e o suinocultor, o acesso ao relatório de informações da produção integrada – RIPI de vários períodos conhecido como documento do fechamento do lote entregue, onde nele está exposto a receita advinda do desempenho do lote. Além do mais, foi um estudo de caso porque se buscou verificar como o estudo de viabilidade econômica e financeira pode auxiliar na tomada de decisão na ampliação da capacidade de terminação de suínos da propriedade rural. 7 O universo da amostra foi representado pela propriedade rural dos pais da autora, que está localizada no município de Novo Machado situado na região noroeste do estado do RS, pois nela foi desenvolvido o estudo de viabilidade de ampliação do empreendimento suinícola, com base nas características da granja já existente. E também segundo Vergara (2004) a amostra foi por acessibilidade, pois o objetivo era selecionar elementos pelo fácil acesso a eles. O participante foi o pai da autora que é proprietário da unidade familiar rural, o mesmo participou da entrevista informal para coleta de informações que foram necessárias para a caracterização do perfil empreendedor e nas demais etapas do estudo relacionadas com informações que envolveram o valor das despesas, o valor do investimento pretendido e as condições de financiamento e pagamento e demais informações para sanar as dúvidas que surgiam durante o estudo. Estudo Aplicado No primeiro momento foi realizado a transcrição da entrevista com o suinocultor, a mesma continha 11 perguntas sobre o ramo suinícola, início da atividade, a busca de informações, dificuldades e surpresas durante esse processo, a visão atual do empreendimento sobre a ampliação e pontos a serem melhorados. Esses pontos serviram para traçar o perfil empreendedor e com o estudo pode-se verificar que o suinocultor possui características comportamentais empreendedoras porque buscou por uma oportunidade de expansão no meio rural, teve iniciativa e persistência de pôr em prática o que almejava, correndo riscos pelo investimento considerável e pelo porte da granja. Ademais, buscou informações, priorizou a qualidade e o desempenho por meio do comprometimento, mostrou autoconfiança em seguir nesse ramo, a rede de contatos foi importante nesse processo e principalmente a persistência que demonstrou para seguir e ter eficiência na entrega de cada lote. Na segunda etapa com uso do programa Excel foram estruturadas planilhas para organizar os dados e gerar os resultados. Nesse sentido, foram estabelecidos os investimentos necessários à ampliação da atividade suinícola, os quais foram divididos em fixos e pré-operacionais. Desta forma, apurou-se que o investimento total para ampliação do empreendimento é de R$ 412.404,35, conforme demonstrado no Quadro 1. Quadro 1 - Investimentos necessários Descrição Valor Total R$ Valor em % Investimentos fixos R$ 401.970,00 97,47% Investimentos pré-operacionais R$ 10.434,35 2,53% Total R$ 412.404,35 100,00% Fonte: Dados da pesquisa (set, 2019) Após apuração do investimento total, foram definidos os percentuais que compõem e irão compor o capital total investido, sendo que na estrutura atual 89% é capital próprio e o restante de terceiros. No entanto, a partir da ampliação os valores praticamente se igualam, ou seja, 50,00% serão de capital próprio e 50,00% capital de terceiros, o qual será através de financiamento, a ser pago em 10 anos com uma taxa de juros de 4,60% a.a., sem carência e nele está incluso um investimento realizado na estrutura atual e parte dele falta ser pago, isto é, R$ 51.158,01 a taxa de juros de 2% a.a. As estruturas de capitais estão representadas nos gráficos 1 e 2 logo abaixo. 8 Gráfico 1 – Estrutura atual de capital Gráfico 2 – Estrutura a partir da ampliação Fonte: Elaborados pela autora com base nos dados da pesquisa (nov., 2019) Na sequência foi estipulada a longo prazo a projeção de receitas, para a qual foram consideradas as informações da estrutura atual. Nesse sentido, atualmente o lote é composto por 1.400 suínos, são feitas três entregas no ano, a produção é integrada com a indústria/frigorífico Alibem e cada suíno que chega na granja possui em média 20 quilos e ao final na entrega chega a média de 120 kg. As projeções de receitas podem ser vistas no quadro 2 a seguir. Quadro 2 – Projeção da receita nos três cenários Período Lotes Cab. Valor líq./cab. Pessimista 10% Provável Otimista 15% 1 3 7200 R$ 30,00 R$ 194.400,00 R$ 216.000,00 R$ 248.400,00 2 3 7200 R$ 30,75 R$ 199.260,00 R$ 221.400,00 R$ 254.610,00 3 3 7200 R$ 31,52 R$ 204.249,60 R$ 226.944,00 R$ 260.985,60 4 3 7200 R$ 32,31 R$ 209.368,80 R$ 232.632,00 R$ 267.526,80 5 3 7200 R$ 33,18 R$ 215.006,40 R$ 238.896,00 R$ 274.730,40 6 3 7200 R$ 34,01 R$ 220.384,80 R$ 244.872,00 R$ 281.602,80 7 3 7200 R$ 34,86 R$ 225.892,80 R$ 250.992,00 R$ 288.640,80 8 3 7200 R$ 35,73 R$ 231.530,40 R$ 257.256,00 R$ 295.844,40 9 3 7200 R$ 36,62 R$ 237.297,60 R$ 263.664,00 R$ 303.213,60 10 3 7200 R$ 37,54 R$ 243.259,20 R$ 270.288,00 R$ 310.831,20 Total 30 72000 R$ 2.180.649,60 R$ 2.422.944,00 R$ 2.786.385,60 Fonte: Elaborados pela autora com base nos dados da pesquisa (nov., 2019) Nesse quadro o número de cabeças contempla a capacidade atual e a perspectiva da ampliação com acréscimo de 1000 animais. Que representa um crescimento de 41,67% na capacidade e impacto positivo nas receitas. O valor médio líquido por cabeça inicia-se em R$ 30,00 com base na conjuntura apresentada pela granja no ano de 2019 e nos demais períodos utilizou-se o valor do cenário pessimista com crescimento de 10% e otimista de 15% a partir da estimativa provável, adicionadas e divididas por dois para obter o preço médio. É necessário destacar que a empresa integradora Alibem já realiza o tramite do desconto da alíquota do Funrural sobre o total da receita bruta do lote, antes do suinocultor receber pelo lote entregue. Após a projeção das receitas foram apuradas as despesas operacionais e financeiras da estrutura atual e estimativa após a ampliação, as mesmas incluem mão de obra familiar de dois integrantes da família, energia elétrica, manutenção das estruturas/equipamentos, depreciação, telefone/internet, seguro predial, taxa de manutenção bancária, manutenção das Capital Próprio 89% Capital de Terceiros 11% ANTES Capital Próprio 50% Capital de Terceiros 50% DEPOIS 9 estruturas/instalações e despesas financeiras que são os juros dos financiamentos. Além disso, devido ao contrato de parceria suinícola firmado entre o suinocultor e a Alibem comercial de alimentos Ltda, nele consta que todas as despesas com transporte dos suínos de recebimento e entrega, ração, medicamentos e de qualquer insumo são por conta da empresa. Enquanto que ao produtor é dada a responsabilidade do cuidado necessário na criação e terminação dos leitões, bem como as despesas da manutenção, conservação dos pavilhões, das instalações e equipamentos para estado sanitário e de funcionamento adequado às exigências técnicas. A partir dessas informações foram utilizados os métodos para a análise econômica, o primeiro foi a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE que compara todas as receitas e as despesas de cada exercício. Para as despesas em geral foi projetado um reajuste anual de 7% na estimativa provável, 9% na pessimista e 5% na otimista. Porém, após tem-se o quadro 3 que apresenta a projeção provável em 5 anos, enquanto que os resultados dos demais cenários foram considerados nos demais indicadores. Quadro 3 - DRE no cenário provável 1 a 5 anos Descrição e Período 1 2 3 4 5 1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA 216.000,00 221.400,00 226.944,00 232.632,00 238.896,00 3 lotes 216.000,00 221.400,00 226.944,00 232.632,00 238.896,00 2. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA - - - - - 3. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 216.000,00 221.400,00 226.944,00 232.632,00 238.896,00 4. Lucro Operacional Bruto 216.000,00 221.400,00 226.944,00 232.632,00 238.896,00 5. DESPESAS -126.867,06 -122.047,16 -124.390,29 -126.935,03 -129.697,24 Depreciação -49.200,30 -49.200,30 -49.200,30 -49.200,30 -49.200,30 Energia Elétrica -3.600,00 -3.852,00 -4.121,64 -4.410,15 -4.718,87 Internet/Telefone -600,00 -642,00 - 686,94 -735,03 -786,48 Despesas de salários -36.000,00 -38.520,00 -41.216,40 -44.101,55 -47.188,66 Seguro Predial -9.000,00 -9.630,00 -10.304,10 -11.025,39 -11.797,16 Taxa de manutenção Bancária -600,00 -642,00 -686,94 -735,03 -786,48 Manutenção da Instalação -2.400,00 -2.568,00 -2.747,76 -2.940,10 -3.145,91 Despesas Financeiras -25.466,76 - 16.992,86 -15.426,21 -13.787,49 -12.073,38 6. Resultado líquido do exercício 89.132,94 99.352,84 102.553,71 105.696,97 109.198,76 Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da pesquisa (nov., 2019) Através do quadro 3 é possível constatar que o lucro líquido inicial representa 41% da receita operacional bruta e gradativamente aumenta ficando próximo à 46% no 5° ano resultando em R$ 109.198,76. No quadro percebe-se nitidamente a mudança do período 1 ao 2, pois está relacionada à decisão do suinocultor em pagar mensalmente no ano 1 as despesas financeiras do financiamento realizado na estrutura atual. Utilizando-se dos mesmos parâmetros da DRE, foi projetado o fluxo de caixa, conforme demonstrado no quadro 4 abaixo. 10 Quadro 4 - Projeção de fluxo de caixa no cenário provável de 1 a 5 anos PERÍODO 0 1 2 3 4 5 Ingressos 216.000,00 221.400,00 226.944,00 232.632,00 238.896,00 Valores Recebidos 216.000,00 221.400,00 226.944,00 232.632,00 238.896,00 Investimento inicial -463.562,36 Despesas Operacionais e Financeiras -126.867,06 -122.047,16 -124.390,29 -126.935,03 -129.697,24 CAIXA DO PERÍODO 89.132,94 99.352,84 102.553,71 105.696,97 109.198,76 SALDO INICIAL -463.562,36 -374.429,42 -275.076,58 -172.522,87 -66.825,90 SALDO FINAL DE CAIXA -374.429,42 -275.076,58 -172.522,87 - 66.825,90 42.372,86 Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados do estudo (nov., 2019) A previsão provável apresenta um fluxo negativo nos quatro primeiros anos devido ao investimento inicial e seu tempo para ser integralizado, mas depois a partir do quinto ano apresentam-se saldos de caixa positivos e significativos devido ao porte de ampliação pretendida. A partir dos demonstrativos apresentados, são apurados os indicadores econômico-financeiros da ampliação da granja e parte do investimento realizado na estrutura atual, conforme consta no quadro 5 na sequência. Quadro 5 – Indicadores econômicos – financeiros nos três cenários Descrição Provável Pessimista Otimista Índice de Rentabilidade – IR média 23,60% 17,08% 29,36% Índice de Lucratividade – IL média 41,10% 36,29% 48,86% Taxa Interna de Retorno - TIR 18,44% 10,50% 25,19% Taxa Mínima de Atratividade - TMA 8,38% 8,38% 8,38% Valor Presente Líquido - VPL 5° ano 7° ano 4° ano Payback Simples - PBS 4 anos, 2 meses e 28 dias 5 anos, 7 meses e 7 dias 3 anos, 6 meses e 11 dias Payback Descontado - PBD 4 anos, 7 meses e 6 dias 6 anos e 22 dias 3 anos, 10 meses e 27 dias Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados do estudo (nov., 2019) No quadro 5, nota-se que através desses indicadores é possível analisar a viabilidade da ampliação da granja e o retorno dessa decisão e parte do investimento realizado. Observando os indicadores econômico-financeiros apresentados nesse projeto, a família obterá índices médios de rentabilidade e lucratividade no cenário provável, pessimista e otimista de 23,60%, 17,08%, 29,36% e 41,10%, 36,29%, 48,86%, respectivamente. Isso configura bons resultados a longo, uma vez que há o retorno do investimento. Analisando o período de retorno payback simples o investimento seria pago em média à quatro anos e no período descontado levaria um pouco mais de tempo porque considera os fluxos de caixa a valor presente e se aproxima da realidade. O VPL positivo no 5º ano na estimativa provável, 7° na projeção pessimista e 4° na visão otimista, indica que a TMA de 8,38% é atingida e superada, isto é, o retorno é maior do que o esperado pela TMA. A TIR durante os 10 anos será de 18,44% na estimativa provável, 10,50% no cenário pessimista e 25,19% na projeção otimista, esses percentuais comprovam o que os demais indicadores já apontam, ou seja, o projeto é viável econômico e financeiramente a longo prazo. 11 Conclusão O estudo desenvolvido surgiu pela curiosidade da autora em avaliar a viabilidade econômica e financeira da ampliação da granja de suínos na propriedade rural da família que faz parte. Nesse sentido, busca também dar destaque ao empreendedorismo voltado ao meio rural e aos pequenos agricultores, onde um dos objetivos específicos é caracterizar o perfil empreendedor do suinocultor. É preciso dar ênfase aos cálculos e avaliar os resultados para ter conhecimento do comportamento do empreendimento no futuro e quais os seus impactos econômicos e financeiros sobre o negócio. O suinocultor terá subsídios para a tomada de decisão após verificar que o negócio é rentável e viável a longo prazo. Portanto, esse estudo confirma que é importante a análise de viabilidade do negócio e o mesmo pode ser estendido em cada propriedade rural que tenha intenção de atuar na atividade da suinocultura ou ampliar, de modo a oportunizar informações para auxílio na tomada de decisão.Item A relação entre o planejamento financeiro pessoal dos gestores e a gestão financeira das micro e pequenas empresas(2020-12-29) Tesche, AndressaTrês em cada dez brasileiros que perdem o emprego desistem de voltar para o mercado formal de trabalho, com os recursos obtidos na rescisão investem no seu próprio negócio. A questão que permeia é que muitos desses negócios acabam fechando em curto espaço de tempo. (G1, 2015). No Brasil boa parcela da sociedade, tem dificuldades na gestão do orçamento financeiro pessoal e também na gestão financeira das pequenas empresas, considerando que as pessoas bem como as empresas sofram influências do ambiente externo, têm-se que aspectos relacionados a economia representam grande impacto tanto no âmbito pessoal como empresarial. O que ocorre em inúmeras situações é que por falta de planejamento financeiro e orçamento pessoal, ocorra certa confusão entre as finanças da empresa com as finanças pessoais, sendo importante destacar que para se obter crescimento não se pode misturar uma com a outra. Possuir um planejamento financeiro é fator essencial de permanência no mercado e quando se fala em planejamento, a priori é controlar e organizar tanto as finanças da empresa quanto as finanças pessoais, isso porque ambas podem estar relacionadas entre si, e uma influenciar na outra. Sabe-se que para uma boa administração todos os aspectos relacionados a gestão de recursos são de grande importância, entretanto nenhuma das áreas é tão complexa e ao mesmo tempo fundamental quanto a área financeira, em vista disso, a gestão dos recursos financeiros acaba por exigir maior atenção em relação as demais. Bitencourt (2004, p. 13), menciona que “o dinheiro e a mola propulsora que faz a empresa e o indivíduo andar”. Nesse contexto o estudo teve como objetivo identificar a existência de relação entre o planejamento financeiro pessoal e a gestão financeira das micro e pequenas empresas da cidade de Horizontina. METODOLOGIA Quanto a natureza, este estudo tratou-se de uma pesquisa aplicada, pois objetiva gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidas a solução de problemas específicos, de acordo com Vergara (2004, p. 47), a pesquisa aplicada é “fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não”. 6 Quanto aos objetivos a pesquisa se classifica como descritiva, “esta tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito do conteúdo” (OLIVEIRA, 2004, p.128). Assim na parte descritiva realizou-se um survey, onde, foi aplicado um questionário adaptado de Marques (2016) e Maturama et al (2015), tendo como amostra 105 gestores de micro e pequenas empresa da cidade de Horizontina, e destes, apenas 64 retornaram a pesquisa. Quanto a abordagem, este estudo se classifica como quantitativo, conforme Malhotra (2001, p.155) a “pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise estatística”. O tratamento quantitativo foi realizado com os dados coletados a partir da aplicação dos questionários, onde foram utilizadas técnicas de cruzamentos de dados afim de identificar semelhanças ou discrepâncias entre as respostas. Quanto aos meios se trata de uma pesquisa bibliográfica, de campo e pesquisa de levantamento. Bibliográfica, porque se trata de um estudo sistematizado, desenvolvido com base em material publicado por autores consagrados que escreveram sobre o tema. Para Vergara (2004, p.48) a “pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. Trata-se de uma pesquisa de campo, a qual é “assim denominada porque a coleta de dados é efetuada “em campo”, onde ocorrem espontaneamente os fenômenos, uma vez que não há interferência do pesquisador sobre eles” (ANDRADE, 2003, p.127). RESULTADOS Em relação aos dados obtidos através da aplicação dos questionários, no que se refere ao perfil dos gestores participantes, 51,56% são do gênero masculino e 48,44% do gênero feminino, a média de idade foi de 44 anos, 54,69% são casados, e com relação a escolaridade 56,25% possui superior completo, quanto ao ramo de atuação das empresas 35,94% de respondentes corresponde ao setor do comércio, seguido de 32,81% do setor de prestação de serviços, 17,19% do comércio e serviços e 14,06% representam o setor da Indústria. A média de idade das empresas é de 16 anos e os gestores possuem um média de 11 anos cuidando do setor financeiro da empresa. Afim de conhecer e compreender de forma mais específica o comportamento dos gestores com relação as suas finanças pessoais, fez-se uma análise das respostas obtidas nas questões voltadas para o âmbito pessoal, onde identificaram-se as práticas mais utilizadas para gerir os recursos próprios. De tal modo, quando se trata da realização de planejamento financeiro que inclua uma previsão de gastos, receitas e investimentos, 53,13% dos respondentes declaram que fazem planejamento, além de anotar os gastos e guardar os valores que sobram. Quando se faz referência ao planejamento do uso do dinheiro, tem-se um destaque apenas para o planejamento do uso do dinheiro a longo prazo, o que apesar de não ser o mais correto, é um bom começo, visto que aos poucos vai se criando uma maior consciência da importância do mesmo, no dia a dia das pessoas. No que se refere ao controle do uso do dinheiro, 48,44% dos gestores participantes anotam e controlam seus gastos pessoais mensais. Ainda levando em consideração, o controle das finanças empresariais e pessoais, 46,88% dos gestores participantes fazem a separação dos gastos, possuindo assim um controle para cada, 28,12% têm consciência do que gastam e ganham na parte pessoal e empresarial embora não realizem controle formal. Tendo em consideração o hábito de poupar, os resultados foram muito semelhantes entre si, visto que, apenas 50% dos respondentes tem o hábito de poupar mensalmente uma quantia, os demais, fica claro que possuem certa dificuldade para tal. Além disso, 73,44% dos participantes 7 classificam sua situação financeira atual como organizada, ainda 60,94% está satisfeito com o controle das finanças pessoais que adotou. De modo geral, cabe destacar que, todos gestores pesquisados, tem adotado pelo menos uma das práticas consideradas ideias no gerenciamento das finanças pessoais. Com a finalidade de verificar as práticas adotadas pelos gestores nas finanças empresariais, caracterizando assim o comportamento destes, foram analisados os dados obtidos nas questões voltadas para a gestão financeira das empresas. Em vista disso, identificou-se que, para 60,94% dos respondentes o principal motivo para a abertura da empresa, foi a oportunidade de negócio. Sendo que 43,75% dos respondentes realizou o planejamento de forma parcial, antes da abertura da empresa, ou seja, de maneira básica sem realizar nenhum tipo de estudo aprofundado sobre o segmento de atuação. Atualmente, entretanto, apesar de a maioria possuir um planejamento, o mesmo não é utilizado para a tomada de decisões em boa parte dos casos, isso por que fazem uso do mesmo, apenas para o armazenamento de informações. Além disso, em 90,63% das empresas participantes do estudo, o responsável pelo financeiro é o próprio proprietário, o que é considerado uma prática muito comum em empresas de pequeno porte. Sendo que, 51,56% possui um pró-labore definido para os sócios, estes recebem então, mensalmente um salário fixo determinado, o que torna a empresa mais profissional e da maior credibilidade aos resultados obtidos por ela. Em 62,5% das empresas cujos gestores participaram da pesquisa, o controle das entradas e saídas de dinheiro ocorrem de maneira formalizada e detalhada, sendo este um aspecto bastante positivo da pesquisa. Verificou-se ainda que, mesmo por vezes não fazendo uso de todos os recursos oferecidos, 87,50% faz uso de ferramentas para a gestão financeira, sendo elas softwares ou planilhas, o que contribui para que, 67,19% dos pesquisados possuam a informação das disponibilidades de maneira exata sempre que necessário. Ainda, 65,63% dos gestores, encontram-se satisfeitos com a atual situação financeira da empresa, mesmo acreditando que poderia ser melhor. Destaca-se neste tópico, a predominância de resultados positivos no decorrer da análise dos dados. Na busca por identificar uma relação entre os resultados obtidos entre as finanças empresariais e as finanças pessoais, fez-se o cruzamento de alguns dos dados, onde foram escolhidas questões estratégicas de ambos os tópicos fazendo assim um comparativo entre estas. De tal modo, verificou-se semelhanças dos hábitos adotados nas finanças pessoais com os hábitos das finanças empresariais, visto que, em sua maioria que adota uma postura em casa, tende a manter a mesma postura na empresa. Assim, dos 53,13% dos respondentes que realizam planejamento financeiro em suas finanças pessoais, 21,88% também mencionaram que, antes da abertura da empresa realizaram um planejamento parcial, além disso, 29,69% também possui planejamento financeiro na empresa atualmente, levando o mesmo como base para a tomada de decisões. Em se tratando do controle financeiro, dos 48,44% que realizam anotações dos gastos pessoais mensais, 29,69% fazem o mesmo com o dinheiro da empresa, possuindo um controle formalizado e detalhado das entradas e saídas de dinheiro. Ainda considerando o controle, 73,44% consideraram que sua atual situação financeira está organizada, sendo que destes, um total de 37,50% utiliza uma ferramenta de gestão na empresa, mesmo que não faça uso de todos os recursos. Diante disso, tem-se que, considerando a separação dos gastos pessoais dos empresariais, dos 46,88% que possuem um controle para cada, que é o mais adequado, 37,50% tem a informação das disponibilidades da empresa, exatas quando necessário. 8 Por fim, dos 73,44% que consideram sua atual situação financeira organizada 51,56% também, encontram-se satisfeitos com a atual situação financeira da empresa mesmo considerando que a mesma poderia estar melhor. CONCLUSÃO Para fins conclusivos, tem-se que a relação do planejamento financeiro pessoal dos gestores e a gestão das micro e pequenas empresas, se dá em virtude de que os hábitos adotados no cotidiano refletem nas práticas adotadas na gestão da organização, assim os gestores costumam realizar um planejamento financeiro pessoal, em relação ao uso do dinheiro tal planejamento geralmente ocorre para longo prazo bem como tendem a controlar o mesmo de alguma forma, mesmo que informalmente. As características relacionadas as finanças empresariais se assemelham muito as de finanças pessoais, isso em razão de que, antes do início da abertura da empresa os gestores em sua maioria realizaram um planejamento financeiro, mesmo que de maneira parcial, sendo que atualmente possuem um planejamento financeiro que por vezes é utilizado apenas para armazenamento de informações. Além disso, realizam um controle das entradas e saídas de dinheiro, utilizando ferramentas e softwares para tal, e mesmo que, não utilizando todos os recursos oferecidos por tais ferramentas, possuem a informação das disponibilidades exata quando necessário. Outro ponto é que, encontram-se satisfeitos com a atual situação financeira da empresa.Item Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS(2019-12-16) Mendonça, Barbara GündelIntrodução Na evolução do pensamento administrativo as organizações passaram por processos de reestruturação, buscando formas de gestão mais flexíveis. As Instituições de Ensino Superior também são entendidas como organizações onde pessoas se interligam para atingir objetivos e metas. A transformação social pela qual passaram as empresas de maneira geral, também atingiu o setor do ensino. Dentre essas mudanças estão o desafio pessoal e a busca por responder às expectativas projetadas sobre eles. Além do desempenho docente de excelência, busca-se a integração da matéria de ensino, que “integre-a ao contexto curricular e histórico-social, utilize formas de ensinar variadas, domine a linguagem corporal/gestual e busque a participação do aluno” (CARLOTTO, p. 189, 2002). E quando isso não acontece, ou não acontece conforme o planejado, há o sentimento de insatisfação, falta de motivação, problemas de nível afetivo como relacionamento sociais com colegas e/ou chefia, e isso inclui os demais colaboradores da instituição, não propriamente docentes, mas demais profissionais que podem agravar o quadro acima e partilhar de insatisfações da mesma ordem, ou não entendem o descontentamento e a insatisfação pelo seu próprio trabalho. Nesse contexto, o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), discutido por diversos autores e correntes de pensamento é cada vez mais presente dentro da gestão de recursos humanos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e mensurar a QVT dos funcionários de uma instituição de ensino superior do noroeste do RS, em dois departamentos alocados no campus sede, aqui denominados DeY e DeX, no período compreendido entre janeiro e julho de 2019.Metodologia Quanto à natureza, a presente pesquisa enquadra-se na classificação de Pesquisa Aplicada. Dentro da abordagem de investigação, apresenta uma abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos, a pesquisa enquadra-se como exploratória e descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos a que se referem ao estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, a documental, a pesquisa de campo, a survey e o estudo de caso. A pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico citado anteriormente, com pesquisa em livros digitais e físicos, artigos, teses, publicações avulsas e revistas digitais. Na pesquisa de campo, buscou-se o aprofundamento das questões propostas, sendo desenvolvida no local dos fenômenos, no caso, a organização em questão, utilizando-se a observação direta. A pesquisa documental, de modo geral, envolve documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002). Outro procedimento empregado foi o método de Levantamento, também conhecido como Survey ou Enquete, utilizado para coleta de dados primários. (ZAMBERLAN, 2008). O universo da amostra define-se como professores e técnicos administrativos e/ou de apoio alocados a dois departamentos da Universidade investigada. Neste universo encontra-se o número de 155 professores e 29 técnicos administrativos e/ou de apoio, totalizando 184 pessoas. Os sujeitos da pesquisa são, de fato, as pessoas que forneceram os dados necessários para a pesquisa. Dessa forma, dos 184 indivíduos questionados, 68 funcionários responderam o questionário. A forma de mensuração utilizada na análise dos dados coletados com os questionários utilizou a Escala de Likert. Esta escala exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância como cada questão proposta. Neste estudo utilizou-se a escala com cinco níveis de satisfação: 5) Muito satisfeito; 4) Satisfeito; 3) Indiferente (nem satisfeito nem insatisfeito); 2) Insatisfeito; e 1) Muito insatisfeito. E também foram utilizadas as questões norteadoras da pesquisa junto aos gestores para investigação quanto ao que existe referente à programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Resultados A presente pesquisa apresentou dados consideráveis quanto à satisfação no universo colaborador. Após análise das questões sócio/econômicas os respondentes foram questionados 6 acerca da QVT em diferentes âmbitos. Dentro da questão referente às condições físicas do ambiente de trabalho, os resultados demostraram, em sua maioria, a satisfação dos respondentes. Quanto à saúde e benefícios, percebe-se que muitos funcionários desconhecem ou não utilizam os programas existentes, desta forma a resposta “Não se Aplica” teve grande representatividade. No item motivação e moral, de maneira geral, apresentou-se respostas significativamente satisfatórias com relação, ou seja, as pessoas estão satisfeitas em realizar um trabalho agradável e desafiante, também lhes agrada o grau de interesse que suas tarefas despertam. Então, as pessoas estão trabalhando de maneira alegre e feliz, porém, não vislumbram oportunidades de crescimento, igualdade de tratamento e feedback sobre o trabalho realizado, isso foi manifestado como insatisfação. Com relação à Compensações, em média, 60% dos respondentes estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as compensações. As retribuições organizacionais, por intermédio de salário e promoções, é um dos elementos que moldam o estado mental positivo do BET – Bem Estar no Trabalho e influenciam diretamente na QVT. De maneira geral, os respondentes mostram-se satisfeitos e muito satisfeitos com os itens colaboradores frente à oportunidade de desenvolvimento de sua criatividade; com os programas de participação oferecidos pela instituição; com a liberdade de manifestação de ideias, dentro do item participação, tendo 60% ou mais de aprovação nestes. Quanto à comunicação, relativo a “conhecer as metas organizacionais” este apresenta maior satisfação 80%. O item relacionado ao “fluxo de informações” apresenta 70% de satisfação entre os respondentes. Em relação à “transparência nas comunicações”, ao contrário dos demais, esse item apresentou um número expressivo de indiferentes e insatisfeitos, totalizando 49%. A questão referente à Imagem da Organização, apresentou níveis significativo de satisfação. Demostrando a tradição da instituição e sua “relevância para com a comunidade externa” 88% de satisfação; “atenção dados ao seu público externo” – alunos, 75% ; e “valores da instituição alinhado aos valores éticos da sociedade”, 88%. De maneira geral, os respondentes estão satisfeitos com a relação estabelecida com seus superiores, todos os itens questionados apresentaram 60% ou mais de satisfação. O item sobre apoio sócio emocional recebido apresentou, porém, um nível considerável de descontentes: 32% (entre indiferentes, insatisfeitos e muito insatisfeitos). As questões referentes à organização no trabalho buscaram analisar como os colaboradores se sentem com relação à inovação em métodos e processos, funcionamento das 7 equipes de trabalho, variedade das tarefas realizadas, ritmo de trabalho. Estes itens apresentaram descontentamento significativo por parte dos respondentes. A última questão, relacionada a condutas e sentimentos inadequados no ambiente de trabalho e com possibilidades de resposta Sim e Não, trouxeram à discussão a questão do assédio (moral e sexual), sendo que 16% dos respondentes admitiram sofrer algum tipo de assédio por colegas, e 13% por superiores. Com relação aos itens sobre comentários, misóginos, homofóbicos ou outro tipo de preconceito relativo à religião ou cor da pele, vindo de colegas ou superiores, 24% informaram que já ouviram esse tipo de comentário por colegas e 15% ouviram de superiores. Conclusões A satisfação (ou não) com os itens apresentados é um dos elementos primordiais da satisfação no trabalho, assim como a relação com colegas, chefias, atividades realizadas e demais questionamentos. O que se extrai destes resultados é que se o colaborador se sente satisfeito com o ambiente, incluindo as pessoas que os cercam, se está contente com as retribuições oferecidas pela organização, assim como oportunidades de crescimento, benefícios de saúde, consequentemente será um funcionário produtivo, com emoções positivas e com comprometimento afetivo com seu trabalho. Da mesma forma, quando há descontentamento, há problemas como depressão, ansiedade e estresse. Condições de trabalho que afetam a saúde física e psicológica dos funcionários trazem prejuízos à empresa, tanto financeiros como situações que denigrem sua imagem perante a comunidade.Item A inclusão de pessoas com deficiência: um estudo a partir dos processos de gestão de pessoas em uma indústria de Panambi/RS(2019-07-01) Breunig, Catiane Barbosa WidthauperCom o passar dos tempos, veio a modernização, a consciência das pessoas, o incentivo do governo e leis trabalhistas, e se voltou um novo olhar para pessoas com deficiências, passando a serem vistas com novos olhos, permitindo a elas começarem a ter oportunidades na sociedade, empresas, comercio e vida social. A inclusão de pessoas com deficiência física e intelectual no mercado de trabalho vem através de uma nova visão sobre essas pessoas e com a ajuda da Constituição Federal de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, que colocou o Estado como responsável pela garantia de igualdade e justiça às pessoas é deficiência. A lei de cotas se teve através da Convenção nº 159/83, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que foi ratificado pelo Brasil por meio do Decreto Legislativo nº 51, de 28 de agosto de 1989. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo geral identificar como são inseridas as pessoas com deficiência em uma indústria metalúrgica de grande porte localizada no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul a partir dos processos de gestão de pessoas. Sendo que, atualmente a empresa tem 92 PcD’s contratados. Para atingir o objetivo proposto foi aplicado três questionários: um para o gestor de RH, outro diretamente para os PcD’s da organização e, um questionário para os supervisores diretamente ligados aos PcD’s de cada área.Item Plano de negócios para implantação de uma empresa de confecção de uniformes na cidade de Panambi / RS(2019-03-06) Zamberlan, Diovani MateusIntrodução: É fato que o uso de uniformes corporativos nas empresas, além de ser um benefício, propicia conforto e comodidade aos funcionários, também têm função estratégica em relação à divulgação da marca e de como as pessoas de fora da empresa a veem, portanto, empreender neste ramo pode ser um negócio lucrativo e satisfatório. Empreendedorismo é uma forma de manter as novidades e melhorias no mercado, transformando o que já existe ou criando algo novo visando propiciar maior comodidade e satisfação para o público em geral. Dornelas (2015) define que a integração entre pessoas e processos pode tornar-se um negócio de sucesso quando bem trabalhada e administrada. O indivíduo que promove o empreendedorismo é um empreendedor. Chiavenato (2012) define como empreendedor a pessoa que enxerga as melhores oportunidades de forma rápida, antes dos demais. O processo de empreender envolve a identificação de uma oportunidade, a organização de ideias e a implementação do que foi pensado. Afirmam Hisrich e Peters (2004), que fazem parte do processo empreendedor identificar a oportunidade, estruturar o plano de negócio, determinar recursos necessários e administrar a empresa criada. O plano de negócio é uma ferramenta importante que auxilia o empreendedor a tomas as decisões da melhor maneira possível. Dornelas (2015) destaca a importância do plano de negócio para diminuir os riscos do fracasso, considerando o mesmo uma ferramenta imprescindível para o empreendedor que deseja ter sucesso nos negócios. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de elaborar um plano de negócio para a implantação de uma empresa de confecção de uniformes na cidade de Panambi – RS, verificando se o mesmo é viável ou não, e, com esta ideia, apresenta teorias em relação à importância dos uniformes nas organizações, empreendedorismo e plano de negócio com suas etapas, corroborando com o conhecimento do autor e dando sustentação ao estudo. O presente resumo expandido está estruturado em três partes, sendo a metodologia da pesquisa a primeira parte, os resultados a segunda, e, as conclusões a terceira parte, por fim serão dispostas as referências bibliográficas. Metodologia: Os métodos utilizados para a pesquisa, buscando alcançar o objetivo do presente estudo, quanto à natureza classificam-se como uma pesquisa aplicada, pois de acordo com Gil (1999), a pesquisa aplicada busca criar conhecimentos para aplicá-los na prática, a fim de solucionar algum problema presente na realidade do ambiente estudado. Quanto à abordagem, Gil (1999), afirma que a forma de abordar uma pesquisa pode ser definida como uma pesquisa quantitativa ou uma pesquisa qualitativa, sendo que a primeira trata de quantificar os dados e/ou informações em números palpáveis de estudo, enquanto a segunda trata de análises e da percepção do pesquisador, sendo que os dados para a pesquisa são obtidos diretamente do ambiente em análise, portanto, o presente estudo pode ser classificado como qualitativo, uma vez que, após adquiridos os dados e as informações, os mesmos foram analisados e interpretados, visando obter conclusões para que se possa compará-las com a realidade, e, quantitativo, uma vez que foram quantificados os dados e informações adquiridas para auxiliar na obtenção das conclusões. Quanto aos objetivos, Gil (1999) destaca que os mesmos podem ser classificados em níveis exploratório, descritivo e explicativo, sendo assim, a pesquisa classifica-se como exploratória, pois houve uma investigação acerca do assunto para compreensão da realidade, e como descritiva, pois houve a descrição dos fatos da realidade em estudo, bem como as características dos indivíduos presentes no meio para a análise geral. Em relação aos procedimentos técnicos, Zamberlan et. Al (2014), afirmam podem ser usados vários procedimentos técnicos em um estudo, normalmente combina-se diversos procedimentos para a coleta eficiente dos dados. O presente estudo utiliza a pesquisa bibliográfica, sendo que o mesmo aborda um referencial teórico como base fortalecendo o conhecimento, também utiliza o levantamento, uma vez que foram aplicados questionários objetivando a identificação de certos comportamentos de um grupo de pessoas ou empresas, e também utiliza a pesquisa de campo, sendo que aprofunda a questão de desenvolver um plano de negócios para implantação de uma empresa no próprio local do estudo, ou seja, no ambiente em que foram pesquisados os dados do mesmo. Para Zamberlan et. Al (2014), os sujeitos ou participantes da pesquisa, são os indivíduos ou organizações das quais as informações foram coletadas, sendo assim, os sujeitos do estudo em questão são as empresas de pequeno, médio e grande porte de diversos segmentos situadas na cidade de Panambi-RS que estão associadas junto à ACI (Associação Comercial e Industrial) de Panambi, além das escolas existentes no município. De acordo com Zamberlan et. Al (2014), quando é feito uma pesquisa, existe algo conhecido como margem de erro, para manter uma margem de erro de 10%, a quantidade de questionários aplicados foi de 76 questionários. A escolha da população amostral foi realizada através de técnicas de amostragem não probalísticas, por conveniência, ou seja, o questionário desenvolvido foi disponibilizado para diversas organizações que caracterizam-se como sujeitos da pesquisa, e as que se dispuseram à responde-lo fazem parte do universo amostral. De acordo com Zamberlan et. Al (2014), as entrevias, os questionários ou formulários podem ser técnicas usadas para a coleta de dados de forma qualitativa ou quantitativa. Para a coleta de dados foram utilizados questionários, sendo que este foi enviado aos participantes da pesquisa por meio eletrônico (email), porém, como o índice de retorno dos mesmos foi baixo, adotou-se a técnica de entrevistas pessoais com o intuito de instigar o entrevistado a responder o questionário, o mesmo contou com um total de 34 questões fechadas. A aplicação dos questionários e as entrevistas ocorreram no período de 04/09/2017 à 22/09/2017, logo após os dados foram tabulados para uma melhor análise e identificação dos resultados da pesquisa. Resultados: Embora o momento econômico em que o país está passando traga insegurança ao pensar em investir em um novo negócio, a tendência quanto ao segmento de confecções é de crescimento, segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), no ano de 2008 1.700 empresas giravam em torno de R$3,5 bilhões/ano no Brasil no segmento de uniformes profissionais. Na última década, houve um crescimento de mais de 50% em valor e 80% em produção no segmento. Existem hoje na cidade de Panambi 4 concorrentes diretos devidamente registrados e legalizados, além de alguns concorrentes indiretos, que são as pessoas que trabalham de forma informal, confeccionando poucas unidades de uniformes e realizando serviços de consertos . Os concorrentes diretos atendem 100% das empresas entrevistadas, empregam um preço médio por uniforme de aproximadamente R$35,00, como visto com os próprios clientes entrevistados. Observa-se como pontos fracos dos concorrentes o preço, que na maioria das vezes é tabelado e não negociável e principalmente o prazo de entrega, o qual varia entre 30 e 45 dias, também, os concorrentes pouco visitam os clientes, uma vez que são os próprios clientes que os procuram. Como pontos fortes pode-se destacar o fato de já atuarem no mercado a um bom tempo, conhecendo a forma de trabalho e a dinâmica dos clientes como também já conhecem os modelos de uniformes que os mesmos utilizam, outro ponto forte é em relação ao tempo de atuação dos concorrentes no mercado, sendo que alguns clientes optam por comprar de empresas com mais tempo atuando por transmitirem maior confiança do que empresas entrantes. Quanto à satisfação dos clientes com os fornecedores de uniformes atuais, verificou-se que 41,5% dos respondentes disseram se sentir indiferentes, nem satisfeitos com os fornecedores e nem insatisfeitos, 32,5% disseram estar satisfeitos, 21,5% afirmaram estar pouco insatisfeitos enquanto apenas 3% afirmaram estar muito satisfeitos e 1,5% insatisfeitos. Com base nesses resultados, pode-se observar que 64,5% dos respondentes disseram sentirem-se indiferentes, pouco insatisfeitos ou insatisfeitos. Em relação aos fornecedores, a empresa terá 4 fornecedores principais de matéria-prima, os mesmos localizam-se nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, os mesmos foram escolhidos por serem tradicionais quanto à qualidade dos produtos que vendem e pelos preços que operam, sendo menores do que fornecedores mais próximos trabalham, também, estes fornecedores possibilitam formas de pagamento de diversas formas, parceladas com cartão, cheques ou boleto. Pelo fato de estarem localizados em outros estados, quando for necessário adquirir matéria-prima, é preciso estudar a urgência do material e o prazo de entrega de cada fornecedor para realizar a melhor escolha de compra. Outro fornecedor que a empresa terá, será o fornecedor de assistência técnica, o mesmo localiza-se no município de Cruz Alta e está autorizado pela marca das máquinas de confecção a prestar esse tipo de serviço. Ainda, a empresa terá também fornecedores de móveis e materiais e equipamentos para escritório, como também fornecedores de energia elétrica e água. A empresa em estudo terá como foco atender os clientes que estão insatisfeitos e pouco insatisfeitos com os fornecedores de uniformes atuais, além de atender também 20% dos clientes que se mostram indiferentes, nem satisfeitos e nem insatisfeitos com os atuais fornecedores, resultando em 110 clientes que se têm o objetivo de atender de imediato, totalizando uma demanda mensal de 1.039 uniformes. A estratégia para entrar no mercado e atender este público, é fornecer uniformes corporativos pré-definidos ou exclusivos produzidos com máquinas com alta tecnologia por pessoas capacitadas com matéria-prima de qualidade, operando com o menor preço de venda possível. Ao efetivar uma venda, quando o produto final estiver pronto para a entrega, a mesma poderá acontecer com o cliente retirando na própria empresa ou, se preferir, os mesmos podem ser entregues ao cliente, uma vez que a empresa contará com um veículo para realizar as entregas. Para tornar a empresa conhecida, serão divulgados os anúncios e lançamentos diretamente no site da empresa e nas redes sociais, também haverá anúncios sendo divulgados diariamente na rádio local, além e participar das feiras municipais que ocorrem esporadicamente e, serão realizadas visita pessoalmente aos clientes em potencial, visando divulgar a empresa e os produtos. Outra forma que se utilizará para atrair clientes será a adoção de descontos especiais em determinadas datas, como também a distribuição de cupons para concorrer a prêmios que serão sorteados e distribuídos na própria empresa, fazendo com que os clientes venham até a mesma para conhecê-la. Para o perfeito funcionamento planejado, a empresa contará com uma equipe de 3 funcionários, sendo duas costureiras e um auxiliar de serviços gerais, sendo que esta equipe será liderada pelo diretor, que é o proprietário da empresa. Será necessário também alugar um imóvel para adequá-lo de forma que dê as condições de trabalho e instalação com área total de 192,94m². Para a área da produção, será necessário 4,0m² para o estoque de tecidos, 2,11m² para o estoque de aviamentos, 18,00m² para a atividade de risco, enfesto, corte e preparação, 44,00m² para a parte de costura, 18,67m² para a sala de serigrafia e bordados, 20,00m² para a área de limpeza, passadoria e embalagem e, 4,46m² para o estoque de materiais prontos. Através do plano de negócios, verificou-se que serão necessários investimentos préoperacionais de R$1.622,00, investimento fixo de R$62.255,00 e investimento em capital de giro de R$46.447,84, totalizando um investimento inicial total de R$110.324,84. Para suprir esta necessidade, a empresa contará com uma parte do valor doada na forma de máquinas e equipamentos oriundas de uma empresa que fechou, e, serão colocados a venda um veículo de passeio, uma motocicleta e um terreno, resultando na participação de 100% com capital próprio sobre o investimento inicial. Os custos fixos mensais serão de R$12.572,57 e o custo de mão-de-obra direta será de R$5.262,63. Para fabricar a quantidade de produtos prevista, o custo variável será de R$13.533,20, bem como a receita total mensal será de R$29.980,00. Ao projetar o demonstrativo de resultados, chegou-se a um valor líquido de R$2.084,42 mensal e R$25.013,07 anual, sendo que em cinco anos estima-se chegar a um resultado líquido de R$311.941,39. Estas projeções demonstram que a lucratividade da empresa será de 6,95% e a rentabilidade será de 1,89%, portanto todo o investimento será recuperado em 52,9 meses, como também, a Taxa Interna de Retorno ficou em 73,20%, sendo bem atrativa. Conclusão: O desenvolvimento do estudo trouxe a oportunidade de trabalhar na prática toda a teoria estudada durante o processo de formação acadêmica em vários componentes curriculares, através do levantamento de informações, do estudo e análise de mercado, e, com as percepções obtidas, estruturar o plano de negócio projetando os ganhos e gastos para a empresa que se pretende instalar, agregando maior carga de conhecimento para encarar o mercado de trabalho e de negócios. Ao desenvolver o plano, percebeu-se que há mercado para atuar, uma vez que no município de Panambi-RS existem várias empresas que possuem um número considerável de funcionários, demandando uma grande quantidade de uniformes constantemente, além de existir diversas empresas que estão em crescimento, e, com o passar do tempo, tendem a aumentar o número de funcionários e a necessidade de uniformes. Também existem diversas empresas que não estão satisfeitas com o atendimento prestado atualmente pelos concorrentes. Com isto, ao calcular as projeções, pôde-se verificar que dentro do cenário estudado, é viável investir no empreendimento.Item A evasão de estudantes no ensino superior: um estudo a partir do curso de administração da UNIJUÍ(2019-03-06) Wildner, Graciela JacobovskiIntrodução Atualmente neste ambiente altamente competitivo, gerado pela quantidade de oportunidades, ofertas, preços, opções, e não menos importante, as mudanças ocorridas no comportamento dos indivíduos destas novas gerações, a retração nos índices de matrículas e aumento da evasão, causa impacto no meio universitário, deixando também instituições renomadas, receosas quanto ao futuro deste tipo de serviço. A evasão, termo utilizado para referenciar o rompimento do vínculo acadêmico, que pode ser constituído apenas por uma troca de curso, ou tratar-se da opção por outra instituição, ou ainda, e esta é a forma mais preocupante, ser uma retirada definitiva do ensino superior, é fator a ser estudado e compreendido a fins de evitar tal acontecimento. Para Teles (1995), é considerado evasão, toda forma de saída do Curso, exceto através da graduação. As formas de evasão consideradas são: a mudança de curso, abandono, transferência, desistência, falecimento, decurso do tempo máximo, reprovações, vagas canceladas por irregularidade de documentação e em concurso vestibular. A educação é uma forte aliada do crescimento individual e coletivo, sendo uma importante ferramenta de contribuição para o desenvolvimento de um país. Conforme Pimenta (2002, p. 97) a educação é um processo de humanização, “é processo pelo qual se possibilita que seres humanos se insiram na sociedade humana, historicamente construída e em construção”. Esta pesquisa tem como finalidade identificar os cenários de matrículas e evasão, abrangendo país, estado e instituição (Unijuí), bem como compreender as causas que motivam a evasão do curso de Administração, visando buscar proposições para manter os atuais alunos, sobretudo atrair novos e reinserir os que já saíram no meio universitário. Metodologia A coleta de dados ocorreu através de pesquisa exploratória documental, objetivando levantar dados de ingressos, matrículas e evasão, traçando possíveis semelhanças entre país, estado e instituição. Também, por meio de questionário semiestruturado, com questões abertas em entrevista à coordenação do curso. Demais dados foram obtidos através da pesquisa aplicada, onde elaborou-se um questionário com questões abertas e fechadas, definidos por escala Likert de concordância, gerando informações relacionadas ao perfil do aluno evadido, os motivos que o levaram a escolher o curso e a instituição, bem como as razões para o trancamento ou desvinculação do curso. Para Gil (2010) a pesquisa aplicada, visa a gerar conhecimentos para aplicação prática, voltados à solução de problemas específicos da realidade. Envolve verdades e interesses locais. A fonte das questões de pesquisa é centrada em problemas e preocupações das pessoas e o propósito e oferecer soluções potenciais para os problemas humanos. De acordo com Minayo (2011, p.22) a entrevista semiestruturada é uma ferramenta que “combina perguntas fechadas e abertas, em que o entrevistado tem a 4 possibilidade de discorrer sobre o tema em questão sem se prender à indagação formulada”. O questionário foi enviado por e-mail e aplicativo de conversação para 446 alunos evadidos, todos (as) ex-alunos (as) do curso de Administração, distribuídos entre todos os campi da instituição. Para análise dos dados foi utilizado o procedimento de distribuição de frequência. Resultados Sobre a comparação entre país, estado e universidade (Unijuí), baseado no número de ingressos, matrículas e evasão, constata-se que o número de alunos que ingressam é de modo geral crescente, com algumas variações, contudo, é similar a todos a redução expressiva no ano de 2016. Para as matrículas o cenário foi crescente até o ano de 2015, tendo redução no ano de 2016, mas esta perda foi mais intensa para a Unijuí. A redução no número de concluintes também se assemelha, porém, na Unijuí a redução ocorre de maneira mais linear, mantendo-se com números muito próximos ano, após ano. O quadro de matrículas e evasão especificamente do curso de administração demonstra que o número de alunos que efetivam suas matrículas vem decaindo, considerando o período de 2012 a 2017, o curso possuía 911 alunos e encerra o período com 471, o que demonstra uma perda de 440 alunos no curso, ou seja, redução de 48,30% no montante de acadêmicos. O número de trancamentos vem decaindo a cada ano, porém, a quantidade de ingressantes no curso também, e este é um fator negativo, pois em 2013 eram 303 ingressantes e em 2017 somente 164. Dos 364 trancamentos realizados no período de 2014 a 2017, foram encontrados 70 trancamentos sem justificativa para tal decisão, o que representa 19% do total de trancamentos deste período. Seguidos deste, apareceram os motivos financeiros, com 17%, seguidos de problemas de trabalho, com 14%, outros cursos na Unijuí e outras IES particulares com 11% cada um. Com menos representatividade aparece à justificativa de trancamento por opção de outra IES Federal, mostrando-se em 6% dos trancamentos, sucedidos de mudança de cidade e problemas acadêmicos, ambos em 5% dos trancamentos. Demais motivos possuem menos representatividade. Na pesquisa aplicada, obteve-se 66 retornos de ex-alunos, sendo que a maioria dos participantes é do sexo masculino, ou seja, 68%. Em maior proporção a idade gira entre 23, 24 e 25 anos, sendo a maioria solteiros, e ainda residem com os pais, porém, eles próprios subsidiavam o pagamento de suas mensalidades. A renda familiar média é de 3 a 4,5 salários mínimos. Estes cursaram em média 1 a 4 semestres do curso, e 52% manifestaram interesse em retornar aos estudos. Obteve-se maior expressividade como fatores que contribuíram na escolha do curso, a ascensão profissional, com 71,2%; a possibilidade de trabalhar na área ou em áreas semelhantes, com 72,7%; a possibilidade de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, com 65,2%; facilidade de inserção no mercado de trabalho, com 60,6%; e atende aos meus interesses e aptidões com 62,1%. Para a escolha da Universidade, o fator que mais contribuiu, foi a boa reputação da Unijuí, com 57,6%. Os fatores que menos contribuíram foram: valor das 5 mensalidades; proximidade do meu trabalho; obtive aprovação somente nesta universidade; e possibilidade de ter bolsa ou financiamento. Sobre os motivos da evasão, o fator que mais teve relevância foi o valor das mensalidades, o qual pode ter contribuído com o trancamento de 62,1% dos entrevistados, pois consideram que são muito elevadas. Dos motivos que não contribuíram com a evasão, é possível destacar: sistema de avaliação inadequado; professores não cumprem horários de início de término das aulas; dificuldades de deslocamento; salas de aula e demais ambientes universitários inadequados; mudança de cidade e estado; dificuldade em conseguir bolsa; problemas de saúde própria, ou de familiares; dificuldade de conseguir financiamento; e reprovações constantes. As percepções apontadas pela coordenadora em entrevista são de que esta geração de alunos é mais jovem e motivada, eles interagem nas aulas sendo participativos, mas também são mais dispersos e conectados ao mundo virtual, o que torna mais difícil manter a concentração nas aulas. Os jovens da geração Y são imediatistas, e este pode ser uma das causas facilitadoras da evasão. Outra causa pode ser o elevado valor das mensalidades, mas para tal empecilho estão sendo construídas propostas de redução de valores. Outras ações também estão sendo tomadas, como por exemplo, o monitoramento aos alunos com faltas excessivas, alterações no projeto pedagógico do curso, tentativa de aulas mais dinâmicas e interativas. Confirma Lipkin e Perrymore (2010), tal referência entre o ensino e as adaptações tecnológicas, constatando que a geração Y nasceu em uma era de grandes avanços tecnológicos, e este fato influencia a forma de comunicação, a velocidade, o tipo de linguagem e as limitações de tempo e de espaço. Este desenvolvimento acelerado da tecnologia, resultou na transformação da comunicação, pois no passado os pais, a escola e os amigos ensinavam a escrita correta, mas atualmente a comunicação começa com os pais, mas se desenvolve e se transforma com base na tecnologia. Em posse de todas estas informações, constituídas com base nos dados da pesquisa, foi possível fazer algumas proposições como: A oferta de um curso que tenha proposta de aulas mais dinâmicas e interativas, visando saciar o desejo de movimento, acessos, criações e motivação, que o público atual exige. Trazendo a tecnologia como aliada, vinculada ao aprendizado, aplicando a teoria à prática e ao crescimento profissional, deixando os jovens preparados para o mercado de trabalho. Considerando que tal mercado também não é mais o mesmo onde as gerações anteriores se inseriam; Constante monitoramento dos alunos ao que tange o ensino, controlando possível desmotivação, buscando não deixar o aluno perder o interesse pelo curso ou pela universidade, dando assistência e suprindo possíveis desgastes na relação aluno-curso-instituição; Redução no valor das mensalidades, pois com preços mais acessíveis é possível que exista mais interesse em ingressar, bem como menos chances dos atuais alunos sair e migrar para outras instituições. Pois em matéria de boa reputação a instituição é bem vista, então o preço poderia ser mais um diferencial perante as demais; e Banco de dados sempre atualizados, com informações mais completas e concisas sobre as causas da evasão, visando à captura e reinserção dos evadidos novamente ao meio universitário. O acompanhamento das causas pode ser uma 6 forma de encontrar meios de trazê-los de volta, pois muitas vezes o motivo da evasão é causa passageira e pode estar suprida ou superada após algum tempo. Conclusão De acordo com os objetivos que eram verificar e analisar as causas da evasão no ensino superior privado, foram buscadas informações para a realização da pesquisa de dados, através de acessos ao censo da educação superior e fontes internas da própria instituição, para tal pesquisa, os retornos foram satisfatórios e contundentes, entretanto confirmou-se que existe uma queda significativa nos números vinculados ao ensino superior. Envolvendo ainda os objetivos, mas voltando-se especificamente ao curso de graduação em administração presencial da UNIJUÍ, utilizou-se de dados internos, para confirmar o recuo na massa de alunos deste curso. O questionário que propendia traçar o perfil dos alunos evadidos, bem como as causas da evasão, os motivos para a escolha do curso e da instituição, foi enviado através de e-mails e redes de conversação, a todos os alunos que trancaram ou se desvincularam do curso de administração presencial, dentro do período de 2014 a 2017. Mas este não foi totalmente satisfatório, pois o baixo número de respostas pode não ter contribuído tanto quanto se esperava. As informações obtidas através da entrevista com coordenadora do curso confirmaram diversos resultados apontados no retorno da pesquisa aplicada aos alunos e eram condizentes com muitas informações retiradas de referências bibliográficas sobre o assunto. Considerando todos os retornos, os quais foram sendo constituídos em cada fonte de dados e informações, foi possível concluir que não existe um motivo específico que faz um acadêmico vir, ou permanecer em uma instituição, pois cada indivíduo traz consigo uma bagagem, seja na vida pessoal, ou profissional, e nestas bagagens, inúmeras situações podem surgir e motivar suas escolhas. Desta forma, foi possível alcançar o retorno desejado para este trabalho de conclusão de curso, no entanto, ele não veio em forma de uma única resposta bem específica, mas sim, se constituiu de diversas possibilidades sobre as causas que podem motivar o rompimento do vínculo acadêmico, algumas mais evidentes e outras não tão claras, mas certamente tais resultados podem contribuir com melhorias para minimizar a evasão, atrair os evadidos e buscar novos alunos.Item Engajamento e entrincheiramento no trabalho: um estudo a partir de trabalhadores de empresas do ramo de comércio, indústria e serviços no município de Ijuí/RS(2018-09-17) Wagner, Juliane RibeiroMuitas pessoas gastam boa parte de suas horas diárias no trabalho, que além de fornecer-lhes o sustento, contribui para a criação de uma identidade social, além do sentido de utilidade enquanto agente de um processo que é parte integrante. (ROELEN, KOOPMANS, NOTENBORNER E GROOTHOFF, 2008). Segundo Schaufeli, Dijkstra e Vazquez (2013) um indivíduo engajado sente prazer nas atividades que desenvolve, seu trabalho é realizado de tal modo em que ela e a organização são beneficiadas em algum nível. Para identificação de engajamento no trabalho, são analisados três aspectos, chamadas propriamente de dimensões, sendo eles: vigor, dedicação e absorção. A primeira dimensão, o vigor, relaciona-se á pessoas fortalecidas, vibrantes, e energizadas no trabalho, sentem autoconfiança nas atividades que realizam. Conexão com o trabalho, entusiasmo na realização das tarefas abrangem a segunda dimensão dedicação, atribui-se um significado positivo ao trabalho e as pessoas sentem-se orgulhosas do que fazem. E a última dimensão, chamada absorção, retrata pessoas completamente imersas em suas tarefas, são focadas, consideram seu trabalho desafiador, e são tão absorvidas por suas atividades que se esquecem do tempo enquanto estão trabalhando. O conceito de entrincheiramento no trabalho abrange três dimensões: ajustamentos à posição inicial, arranjos burocráticos impessoais e limitação de alternativas. A dimensão, ajustamentos á posição inicial, refere-se aos investimentos do indivíduo e da organização nas condições necessárias para o bom desempenho de determinada atividade, e adaptação do comportamento do trabalhador à posição em que se encontra. Estabilidade e ganhos financeiros que seriam perdidos caso deixasse aquela organização são abordados na dimensão arranjos burocráticos impessoais, o profissional teme a perda dos benefícios construídos na empresa. E, a terceira dimensão, limitação de alternativas, se refere a não percepção do indivíduo frente às oportunidades e espaço no mercado, ele tende a permanecer na empresa devido a ausência de alternativas ( RODRIGUES e BASTOS, 2009). Nesse contexto, este estudo tem como objetivo identificar se há relação entre as dimensões de engajamento no trabalho e entrincheiramento organizacional nos trabalhadores de empresas do ramo de comércio, serviços e indústrias do município de Ijuí/RS. E também identificar o perfil sócio demográfico da amostra, verificar possível incidência das dimensões de engajamento no trabalho – vigor, dedicação e absorção - em cada ramo da amostra pesquisada, verificar possível incidência das dimensões do entrincheiramento organizacional – ajustamentos à posição social, arranjos burocráticos impessoais, limitação de alternativas – em cada ramo da amostra pesquisada, identificar possíveis associações entre o perfil sócio demográfico e os fenômenos estudados e propor ações e práticas de gestão que propiciem o engajamento no trabalho e que possam prevenir ou minimizar o entrincheiramento nos funcionários.Item Viabilidade entre a cultura da soja e a produção leiteira em uma propriedade rural: uma análise das atividades no atual contexto econômico(2018-06-20) Ullmann, Fernando LuisA Agricultura é considerada como uma das principais atividades econômicas quando se trata a questão do desenvolvimento, um cenário que apresenta significativos avanços tecnológicos, tanto na questão de genética das sementes, de equipamentos, de controles enfim. Tudo hoje no sentido de se buscar sempre uma maior produtividade. É um segmento tão importante a ponto de ter uma classificação especial para medir seu desenvolvimento em cada país. A atividade agrícola no Brasil é destacada como uma das principais atividades quando se trata da questão de desenvolvimento e sem dúvida todos os investimentos e avanços tecnológicos empregados foram decisivos para a condição incontestável que o país tem hoje perante as demais nações. Este desenvolvimento ao longo dos tempos sem dúvida foi muito importante, trazendo uma série de benefícios e condições para muitos, e ao mesmo tempo trouxe também alguns aspectos não tão favoráveis. É ai que entra o assunto a ser abordado neste trabalho que trata da questão da Agricultura Familiar. A tecnologia não chegou a todos, e fez este termo parecer ser algo que se identifique com passado, atrasado, ultrapassado. E o movimento perdeu espaço por muitos e muitos anos, gerando por conseqüência outro grave problema chamado Êxodo Rural.Item Marketing de relacionamento: estudo em uma empresa do ramo agrícola(2018-06-20) Carpenedo, Junior CésarO presente estudo teve como questionamento: o atual nível de relacionamento proporciona condições favoráveis que estão levando os clientes a comprar insumos e depositar sua produção na empresa Camera Agroalimentos e em qual proporções? Com isso, foi feita uma entrevista aos gestores da empresa e aos dez principais clientes atuais da empresa. Após realizada a entrevista pessoalmente, alguns dados foram tabulados em forma de gráficos e as demais questões foram descritas no decorrer do trabalho com as suas respostas. Com base nos dados levantados com as entrevistas, foi possível verificar que os atuais clientes sentem-se satisfeitos com o atendimento prestado pela empresa, os mesmos depositam a sua produção por sentirem confiança na organização. No que diz respeito a 7 busca de soluções de problemas por parte da assistência técnica, os clientes dizem sentir-se satisfeitos. Através das entrevistas foi possível verificar que a empresa Camera é competitiva com a concorrência no que diz respeito ao preço dos produtos ofertados, pois os clientes entrevistados buscam comprar na empresa em função do preço. Percebeu-se ainda que os entrevistados concordam que o preço cobrado pelo produto é condizente com a qualidade oferecida pelo mesmo. A maioria dos clientes são informados sobre as novidades e promoções da empresa, o que gera satisfação por parte dos mesmos, que na maioria das vezes acabam indo até a empresa para fechar negócios. Os clientes estão satisfeitos com os produtos oferecidos, os quais estão atendendo as suas necessidades, solucionando os problemas nas lavouras o que possibilita a entrega de bons resultados. Na entrevista com o gestores, percebeu-se que a empresa preocupa-se com o marketing de relacionamento e considera o mesmo uma ferramenta fundamental para o bom andamento dos negócios da empresa. Durante as entrevistas, foi possível identificar ainda que os clientes sentem-se um pouco insatisfeitos no que diz respeito a assistência técnica, os mesmos sugerem que o técnico busque mais conhecimento e qualificação para melhor atendê-los. Com isso, depois da análise dos dados, foram feitas algumas proposições à empresa, agora cabe aos gestores avaliar as mesmas e decidir sobre a implantação das ideias apresentadas.Item Da vovózinha ao lobo de Wall Street: análise do perfil dos investidores do noroeste do estado do Rio Grande do Sul(2018-06-20) Vogel, Lucas Silmar BourscheidtCom o estudo percebeu-se que os investidores da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, encaixam-se em sua grande maioria no perfil arrojado, seguido por uma parcela um pouco menor de investidores do perfil moderado, sucessivamente aparecem e os investidores agressivos e por último estão representados os investidores com perfil conservador. Os 8 investimentos preferidos por esses investidores são a poupança, o CDB, os investimentos em imóveis e as ações. Ainda, conforme a pesquisa compreendeu-se que os investidores da região são motivados principalmente pelas análises e estudos técnicos e por análises fundamentalistas, normalmente apresentadas a eles por seus corretores, nos quais confiam e buscam apoio na hora de tomarem decisões importantes. No entanto, os investidores não se abalam se precisarem decidir sozinhos, pelo contrário, a partir do momento que passam a entender o mercado de capitais. Das corretoras abordadas no estudo, segundo os investidores, a maioria deles está totalmente ou parcialmente satisfeitos com os serviços que lhes são prestados. Assim sendo, toda e qualquer decisão cabe somente ao investidor, e, tão somente ele, pode julgar quais fatores realmente são necessários para uma tomada de decisão coerente e eficiente, a fim de lhe proporcionar satisfações futura.Item Diagnóstico das competências dos gestores empreendedores da geração Y: Um Estudo nos municípios de Santa Rosa, Santo Ângelo e Ijuí(2018-06-20) Hoffmann, Anaceli ReginaCom o início da crise econômica no país, muitas pessoas ficaram desempregadas e para sobreviver se viram obrigadas a achar uma solução para este problema. Com isso, a maioria decidiu iniciar a carreira empreendedora, mesmo sem muita qualificação. Diante desse fato, percebe-se que o meio empresarial carece de empreendedores munidos de aptidões que estimulam o desenvolvimento de um perfil diferenciado, determinado a mudar o cenário em que se vive e atender aos desejos do consumidor. Desse modo, percebe-se que, apenas aqueles que estão mais preparados e qualificados conseguem se sobressair em empresas, ou até mesmo inaugurar seus próprios empreendimentos. “No perfil desse novo profissional ressalta-se a agilidade em identificar as necessidades de mercado e supri-las com prontidão e precisão, atendendo à demanda em um menor espaço de tempo possível” (LANER e JUNIOR., 2008, p. 87). A vontade de empreender é sempre um grande desafio, pois os acontecimentos que norteiam as organizações são imprevisíveis. Dornelas (2008, p. 6) explica que: Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, criando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade. A maior parte destes empreendedores, são pessoas jovens, que sonham com sua realização profissional e lutam por um futuro melhor. Cansados de obedecer ordens de seus chefes, tentam encontrar através de seus próprios negócios oportunidades de crescimento, bem como uma maior valorização perante a sociedade, além de demonstrar suas habilidades e capacidades de estar à frente de um empreendimento, revelando uma característica marcante desta geração. Diante disso, o presente estudo buscou satisfazer a curiosidade da acadêmica que pertence a esta geração, para que a mesma possa futuramente apropriar-se dos resultados obtidos em sua vida profissional e empreendedora. Com vistas a isso, a mesma procurou diagnosticar e analisar quais as competências que estão em evidência nos jovens empreendedores da região, tomando como base que a maior parte deles vem obtendo resultados de sucesso em seus empreendimentos. Embora eles não possuam uma longa carreira empreendedora, sua coragem e determinação são essenciais para atingir o sucesso. Contudo, é necessário também muito esforço, trabalho e dedicação. Para isso, os objetivos deste estudo foram: verificar as competências necessárias para o atingimento de seus objetivos, na percepção de um grupo de gestores empreendedores dos municípios de Santa Rosa, Santo Ângelo e Ijuí, pertencentes a geração Y; pretendeu-se também analisar os dados empíricos interpretando-os, com vistas a identificar as competências mais utilizadas para atingir o sucesso em organizações lideradas por jovens da geração Y; e, por fim elaborar diagnóstico das competências identificadas como necessárias para atingir com êxito os 6 objetivos, considerando a realidade no atual cenário organizacional e social, com o intuito de absorver as informações e conhecimentos para futuramente aplicar na prática. Metodologia Quanto à forma de abordagem, a pesquisa classifica-se como qualitativa e quantitativa. No entendimento de Cooper e Schindler (2011), a pesquisa qualitativa é um conjunto de técnicas que servem para interpretar certos fenômenos, procurando descrever, decodificar, traduzir e, de outra forma, aprender o significado, e não a frequência que eles ocorrem, de forma mais ou menos natural no mundo social. Já a pesquisa quantitativa procura realizar uma mensuração precisa de algo, buscando assim medir o comportamento, conhecimento, opinião ou atitude de algum indivíduo (COOPER E SCHINDLER, 2011). Referente aos objetivos ou fins, a pesquisa se classifica como exploratória e descritiva. De acordo com Vergara (1997, p. 45) a pesquisa exploratória “é realizada em área na qual a pouco conhecimento acumulado e sistematizado”. Já a pesquisa descritiva pode ser classificada como simples ou complexa, podendo ser realizada em diversos ambientes (COOPER E SCHINDLER, 2011). Quanto aos meios ou procedimentos técnicos, a investigação classifica-se como bibliográfica, de levantamento ou survey, e estudo de caso. Bibliográfica, pois trata-se de uma técnica de coleta de dados que deve abranger fontes e bibliografia sobre o assunto a ser estudado (RUIZ, 2013). Para Cervo e Bervian (1996, p. 48) a pesquisa bibliográfica “procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos”. A pesquisa se classifica também como de levantamento, este tipo de pesquisa, também conhecida como survey, na concepção de Gil (2002) coleta dados primários via sondagem de opinião sobre o problema, e pode ocorrer através de entrevistas em formulários estruturados com perguntas, geralmente fechadas. Além disso, será também um estudo de caso, tendo em vista que este tipo de estudo “é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo” (VERGARA, 1997, p. 47). Diante disso, as entrevistas foram realizadas com 12 gestores empreendedores da geração Y, sendo que uma das entrevistadas possui seu empreendimento em Santo Ângelo, um dos entrevistados tem sua organização localizada em Ijuí, e os demais estão situados na cidade de Santa Rosa. Estes gestores possuem suas organizações em diversos ramos de atuação, que estão distribuídos em alimentício (Pizzaria Gioia e Pizzaria Don Formaggio), entretenimento/eventos (Pirata’s Pub e 2P Eventos), marketing e comunicação (WE Cultura Criativa, Colabore Comunicação e Marketing e GH Branding), arquitetura e design (Evlo: Arquitetura e Design), vestuário (Dani Holzbach), ensino (Hey Peppers – English is cool e Daniel Knebel Baggio ME) e saúde e estética (K2 Treinamento Personalizado). Esta amostra justifica-se pela variedade de empreendimentos que são geridos por jovens da geração Y, e que estão obtendo bons resultados, embora alguns sejam muito recentes, estão superando suas expectativas em relação aos seus negócios e se preparando para o crescimento e desenvolvimento que está surgindo. Primeiramente, após ser definida a maioria das pessoas que seriam entrevistadas, houve um primeiro contato com as mesmas através da professora orientadora Mestre Claudia Werle Rockenbach, no qual foi explicado sobre a pesquisa, convidando-os a participar da mesma. Além disso, a própria pesquisadora, contatou com três dos entrevistados, tendo em vista que já conhecia dois deles, e um foi sugerido em uma das primeiras pesquisas aplicadas por um dos jovens entrevistados. 7 Estas pesquisas foram realizadas durante o mês de agosto e início de setembro, que após um primeiro (ou mais) contato(s) por telefone com cada gestor, foi definida uma data e local adequados para o empreendedor e a acadêmica, para a realização das entrevistas, Com vistas a isso, buscou-se identificar as competências expostas pelos entrevistados. Também, foi realizada uma análise afim de verificar a percepção dos mesmos referente as características e competências apresentadas pela geração Y. A partir disto procurou-se elaborar um comentário explicativo destes, sempre buscando estabelecer e evidenciar a relação com os estudos teóricos já realizados sobre o tema. E por fim, foi elaborado um diagnóstico das competências relativas a esta geração. Resultados Primeiramente, foram descritos os perfis biográficos e profissionais dos entrevistados e em seguida as competências elencadas como as mais importantes para a geração em estudo e também as que mais os entrevistados sentem necessidade de aprimorar. Percebe-se que dos doze gestores empreendedores entrevistados, apenas 4 são do sexo feminino, o que demonstra que ainda há uma minoria de mulheres jovens que estão empreendendo na região. Isso ocorre devido a região entrevistada estar situada no interior do estado, fazendo com que muitas pessoas sejam ligadas a padrões e estilos de vida antigos, onde a sociedade julgava que existiam cargos somente para serem ocupados por pessoas do sexo masculino, e outros, somente pelo sexo feminino. Quanto ao estado civil, verifica-se que oito destes jovens (incluindo o sócio da Evlo: Arquitetura e Design) são solteiros, demonstrando que hoje, as pessoas estão casando mais tarde do que as gerações anteriores. Os cinco entrevistados restantes são casados ou possuem união estável, o que hoje é muito comum principalmente entre os mais jovens, na tentativa de fazer uma “experiência” antes de casar. Nesta pesquisa foi identificado que quanto ao grau de escolaridade dos entrevistados, apenas dois não possuem ensino superior completo, sendo que destes um é formado no curso técnico em publicidade, e um possui o curso superior trancado. Também, são dois dos entrevistados que ainda estão cursando o ensino superior, e os outros nove (incluindo o sócio da Evlo: Arquitetura e Design) possuem o ensino superior completo. Destes nove entrevistados, cinco possuem cursos de pós graduação, e ainda destes cinco, três possuem mestrado. Em relação ao perfil profissional destes gestores, são apresentados os fatores que levaram os jovens entrevistados a realizar suas respectivas escolhas, bem como questões relacionadas à sua vida profissional e pessoal. Alguns dos principais fatores que levaram os gestores empreendedores da geração Y a seguir este caminho foram: paixão pela profissão (53,84%), já possuíam algum empreendimento e resolveram mudar (23,07%), já cresceram em famílias empreendedoras (15,38%), e, renda extra (7,69%) tendo em vista que nestes percentuais está incluído o sócio da empresa Evlo: Arquitetura e Design. Em relação a atualização profissional, vários autores apontam a geração Y, como a geração da tecnologia, que nasceu inserida ao meio tecnológico, diante disso, percebe-se que da totalidade dos entrevistados apenas 23,07% não mencionaram a internet como uma maneira para se atualizar, tendo em vista que um diz ser a atualização, outro somente se atualiza através do Sebrae, e a outra ainda somente através de viagens. Outro destaque também é que os empreendedores do ramo da arquitetura utilizam séries e a netflix para se atualizarem, onde conseguem ficar por dentro das novidades somente observando os espaços. Contudo, a internet, viagens e cursos são as formas mais presentes quando o assunto é atualização. Já no que se refere aos horários de trabalho, pode-se perceber que apenas 15,38% dos entrevistados trabalham menos que 8 horas diárias na empresa. Isso ocorre devido ao fato de possuírem também outras atividades remuneradas. Também são apenas 15,38%, que trabalham somente as 8 horas diárias na empresa, sendo que estes, também trabalham aos finais de semana 8 nas suas respectivas organizações e destes, 7,69%, que corresponde a um entrevistado, trabalha em casa após o horário. Além disso, é possível observar que, 69,23%, ou seja, a grande maioria, trabalha após o horário, ultrapassando às 8 horas diárias que um colaborador normalmente trabalha em uma organização. Contudo, Martini, e Rockenbach e Rodrigues, relataram que levam pouco serviço para casa, preferindo os mesmos ficar na própria organização realizando suas atividades, tendo em vista que no local de trabalho há menores possibilidades de distração. Todos os entrevistados dão continuidade ao seu trabalho em casa, realizando principalmente tarefas administrativas, de gestão e planejamento. No que diz respeito as competências, percebe-se que cada entrevistado descreve as competências determinantes para os gestores em geral, no meio organizacional de um modo individual e variado, enfatizando que 23,07% relata que trabalhar com pessoas ou gestão de pessoas se enquadra nessas competências. Contudo, 15,38% dos gestores entrevistados relatam que a criatividade e a inovação são determinantes também para aqueles empreendedores que escolheram por essa profissão. Além disso, ao analisar as competências sociais descritas pelos gestores que participaram deste estudo, observa-se que apenas 7,69% dos entrevistados não descreveu nenhuma competência social dos gestores. Na percepção da acadêmica, isso se deve ao fato de o mesmo ter tomado como base a sua própria organização para responder a essa questão. Dos 92,30% dos entrevistados, nota-se que as competências sociais dividem-se basicamente em relacionamento (30,76), postura (7,69%), inserção e envolvimento na sociedade (30,76%), proatividade (7,69%) e transparência (15,38%), ou seja, as duas competências sociais dos gestores de um modo geral, de maior relevância seriam o relacionamento e a inserção/envolvimento das organizações na sociedade, através de eventos, campanhas, dentre outras programações diversas que costumam ocorrer nesse meio. Referente as competências que cada entrevistado atribuiu a si mesmo como sendo seu diferencial, bem como as que mais utiliza em seu dia-a-dia. percebe-se que 46,15% dos entrevistados, não elencou nenhuma das competências dos gestores de um modo geral, como sendo suas próprias características, ou seja, eles as consideram determinantes, mesmo sem as possuir de fato. Dentre as competências bem desenvolvidas pelos entrevistados, pode-se destacar: comunicação (38,46%), competências técnicas (30,76%), criatividade (23,07%), e iniciativa e trabalhar com pessoas, ambas com 15,38%. Por outro lado, a competência da organização foi citada cinco vezes, como sendo a que mais necessitam aprimorar, ou seja, 38,46% dos jovens empreendedores, necessitam buscar se organizar de uma maneira mais adequada por diversos motivos, quais sejam: prazos, mais tempo para cuidados pessoais, horários dentro e fora das organizações, entre outros. Conclusões Em primeiro lugar, constatou-se que referente as competências necessárias para que os mesmos atinjam seus objetivos as que os entrevistados mais relataram no presente estudo, foram trabalhar com pessoas, criatividade e inovação, tendo em vista que diante do contexto em que se encontra a economia do país, estas características se comprovam por si só. Basta ter uma visão ampla de tudo o que está acontecendo para perceber que sem estas competências não há como sobreviver no mercado, e é por isso que muitas organizações conseguem se manter por pouquíssimos anos neste meio. Para atingir o sucesso, essas organizações lidaradas por jovens da geração Y, o presente estudo percebeu que as competências técnicas e a comunicação foram apresentadas três vezes, seguidas da criatividade e da iniciativa que apareceram duas vezes entre as mais utilizadas. Além disso, foi possível realizar o diagnóstico das competências mais utilizadas, considerando o contexto atual, ficou evidenciado como a economia de determinada região ou país pode 9 influenciar as competências, habilidades e atitudes de diferentes tipos de negócios, ou seja, independente da área de atução, todos são atingidos de alguma maneira. Ao analisar os desafios e oportunidades encontrados no mercado por empreendedores dessa geração, a crise atual, bem como o fim dela, apareceram entre as mais mencionadas tanto como desafios futuros, como atuais, além da convivência entre gerações. Como oportunidades, praticamente todos os entrevistados relataram que existem várias, em diversos ramos, basta ter vontade e iniciativa de empreender e querer trabalhar para atingir com sucesso seus objetivos, pois como verificado, é possível identificar que a maioria dos entrevistados além de gostar do que faz, trabalha muito. Referente a análise do trabalho em equipe pode-se também concluir que não existem chefes e sim líderes, gerindo estas organizações pois todos eles procuram obter uma boa relação com seus colaboradores, deixando-os livres para fazer suas escolhas, além de incentivá-los a buscar sempre o conhecimento, tendo em vista que isto também trará benefícios para as organizações. Os objetivos deste estudo foram plenamente alcançados, onde foi possível estabelecer uma relação teórica com os fatos empíricos obtidos através das entrevistas. Portanto, todos os contados participaram da entrevista, não havendo nenhuma limitação impactante para que este estudo pudesse ser completamente realizado.Item Moda: perfil de consumo e fatores que influenciam na decisão de compra(2018-06-20) Backes, Mônica SchneiderA moda num contexto geral está relacionada, não apenas ao vestuário, mas sim em estilos de vida, de alimentação, de cultura entre outros. O consumo é fundamental para o individuo, onde a funcionalidade do produto ou serviço não é o mais importante, mas sim o que ele representa. A moda é um ponto importante nesse sentido, pois através dela há uma concepção do eu, que de certo modo, representa os indivíduos e suas relações com a sociedade. Segundo Engel, Blackwell, Miniard (2000) afirma que as percepções do individuo sobre suas próprias características e habilidades, reflete em seu autoconceito. Sob a perspectiva de Solomon (2008), o eu é moldado por elementos da cultura de cada consumidor, como heróis ou pessoas retratadas em comercias, influencia na aparência e realização do individuo. Pessoas em situações sociais e econômicas parecidas tendem a seguir um mesmo padrão de consumo. Porém, cada indivíduo introduz um pouco de sua individualidade a um estilo de vida. Conforme Sheth, Mittal e Newman (2001), o estilo de vida é definido como o individuo vive, ou seja, como gastam tempo e dinheiro. As lojas que comercializam moda disponibilizam peças de vestuário que denotam ocasiões, diferenciando roupas de trabalho e de lazer. Na visão de Solomon (2008), o sistema de moda nos oferece produtos que dão significado para cada categoria, promovendo estilos masculinos e femininos. Sendo assim, o principal objetivo deste trabalho é identificar características e atitudes no que se refere ao consumo de moda, bem como discernir os fatores que mais influenciam na tomada de decisão de compra nas lojas de varejo.Item Comportamento do consumidor de vinho da região fronteira noroeste do Rio Grande do Sul(2018-06-20) Costa, Bruna deIntrodução A Vitivinicultura brasileira vem crescendo significativamente nesses últimos anos. Esse crescimento se deve principalmente pelas novas tecnologias utilizadas, desde o plantio até a elaboração de vinhos, além do aumento da área produtiva em nosso estado. Analisar e conhecer o comportamento dos consumidores de vinhos é indispensável para o mercado, tanto para quem o vende, como para quem o produz. O presente estudo tem como objetivo analisar e compreender o comportamento dos consumidores de vinho. Samara e Morsch (2005, p. 2) “definem o comportamento do consumidor como um estudo que tem como objetivo conhecer profundamente o comportamento das pessoas, suas necessidades, seus desejos e suas motivações, procurando entender o processo de como, quando e por que elas compram”. Para Schiffman e Kanuk (2000), o comportamento do consumidor é o estudo de como os indivíduos tomam decisões de gastar seus recursos disponíveis (tempo, dinheiro, esforço), engloba ainda, por que compram, quando compram, onde compram, com que frequência compram e com que frequência usam o que compram. De acordo com Engel, Blackwell e Miniard (2000, p.4), “definimos comportamento do consumidor como as atividades diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços, incluindo os processos decisórios que antecedem e sucedem estas ações”. Metodologia O estudo classifica-se como sendo exploratório e descritivo. A etapa exploratória foi desenvolvida com base em materiais publicados em livros, revistas, TCCs, registros eletrônicos (VERGARA, 2000). A fase descritiva objetivou avaliar características de determinada população ou fenômeno, estabelecendo relação entre variáveis (GIL, 2002), no caso o comportamento de consumidores de vinho. Quanto à abordagem, a pesquisa classifica-se como sendo qualitativa e quantitativa. A pesquisa quantitativa foi realizada por meio de questionários aplicados em uma amostra não probabilística por conveniência. Para os meios ou procedimentos técnicos, destaca-se como sendo bibliográfica e documental. A pesquisa descritiva adotou o método de “survey”, onde se aplicou um questionário estruturado a 235 consumidores de vinhos, que se dispuseram a responder o questionário através da ferramenta Google Docs. Para a análise dos dados, foram utilizados os procedimentos de distribuição de frequência, análise de dados cruzados, análise de variância e teste T. No último procedimento, foram, então, destacadas as diferenças entre as médias dos grupos que apresentaram uma significância menor que 0,05. Resultados Dentre as 235 pessoas pesquisadas, 58,3% são homens e 41,7% são mulheres. Analisando as idades dos entrevistados, 44 pessoas possuem até 22 anos, o que representa 18,8% dos entrevistados. Os outros 44% têm idade entre 23 a 32 anos, equivalendo a 105 pessoas. Entre os demais, 24,4% possuem a idade de 33 a 48 anos e 12,5% de 49 a 69 anos. No que diz respeito ao estado civil, 52,3% dos entrevistados são solteiros, 47,2% são casados/união estável e 0,4% são viúvos. A renda familiar dos entrevistados ficou entre a faixa de R$ 1.874,01 a R$ 3.748,00, compreendendo 41,3% dos pesquisados. Em segundo lugar, está a faixa salaria de R$ 3.748,01 a R$ 9.370,00 que representa 34,5%. Em seguida, aparecem os entrevistados que possuem renda familiar de até R$ 1.874,00 reais, representando 20,4%. Por fim, chega-se a conclusão que apenas 3,8% do total dos entrevistados estão com renda familiar de R$ 9.370,01 a R$ 18.740,00. No que se refere à análise por etnia, 51,1% dos entrevistados são da etnia italiana, 37% são da alemã, e as demais etnias como polonesa, indígena, brasileira, miscigenado e francês, são as que ao mesmo tempo apresentaram os seguintes índices: 5,1%; 0,4%; 1,3%; 0,9% e 0,4%, respectivamente. Em relação à escolaridade, a amostra foi dividida em 4 grupos: ensino fundamental completo, ensino médio completo, ensino superior completo e incompleto sendo que compreendem os seguintes índices: 1,7%; 19,1%; 40% e 39,1%, respectivamente. Referente aos locais de consumo, das situações apresentadas, verificou-se que aquelas em que estão associadas, com mais frequência, o consumo de vinho em casa e em restaurantes, em ambas as situações com família e com amigos, resultando em seis situações onde o consumo de vinho é mais frequente. Dentre os entrevistados, 83,8% costuma consumir em casa com a família, 77% costuma consumir em casa com os amigos e 68,9% costuma consumir em casa nas refeições. Já o habito de consumir vinhos em restaurantes com a família representa 61,3% e no restaurante com os amigos 57,4%. O consumo do vinho também está associado às ocasiões especiais, o que representa 83,4% dos entrevistados. Em relação aos locais de compra, 77,9% dos respondentes diz realizar suas compras em supermercados. Em segundo lugar, observou-se que 71,9% realizam a suas compras de produtores. Em terceiro lugar, evidenciou-se que, dos entrevistados, 70,2% adquirem os vinhos nas vinícolas e, por último, aqueles que obtêm seus vinhos por meio de cooperativas, sendo estes 67,7% dos entrevistados. Relativamente à frequência de compra dos diferentes, constatou-se que o mais frequentemente comprado com 71,1% é claramente o de 1 litro. O segundo formato mais comprado é a garrafa de 0,750 ml com 71,1% e a embalagem de 2 litros com 67,7% dos respondentes. Com relação aos atributos de natureza interna, verificou-se a valorização de grande parte dos apresentados, para escolher um vinho. Os quatro atributos de maior destaque são o sabor, com 95,3%, o tipo de vinho (branco, tinto, rosé...), com 89,3%, aroma, com 86,8%, e corpo (textura), com 75,8%. Quanto aos atributos de natureza externa, evidenciou-se a valorização de grande parte dos apresentados, para escolher um vinho. Os oito atributos de maior destaque são: 88,5% por ter consumido o vinho antes, 88,1% por ter sido recomendado por amigos e familiares, 83,4% valorizam o preço na hora da escolha do vinho, 79,6% queria experimentar algo diferente do que costuma consumir. Já 73,7% valorizam a marca, 64,7% a região de origem, 58,7% o país de origem e 64,7% valorizam a rótulo da garrafa. McKenna (1993) afirma que os consumidores definem uma hierarquia de valores, desejos e necessidades com base em dados empíricos, opiniões e experiências anteriores com o produto. Usam essas informações para tomar decisão de compra. No que se refere aos fatores que influenciam no comportamento do consumidor, podemos citar quatro critérios de maior destaque na hora da escolha do vinho. 80,4% diz que o preço é um fator determinante, 70,6% costuma verificar a variedade da uva, 82,2% costuma dar importância á cor do vinho e 81,2% leva em consideração o teor de açúcar. Não deixam de ter influência na compra ainda fatores de teor alcoólico com 52,8%, o país/região do vinho 57,1% e 53,6% leva em consideração o ano da safra. Nas estratégias utilizadas pelo consumidor para efetuar as melhores escolhas em termos de vinho, 69,8% costumam comprar uma marca conhecida, além do mais 67,7% baseiam-se nas informações de preço para adquirir o produto. 45,1%, antes de adquirir o produto, costumam perguntar para um amigo ou família informações, portanto estás são as estratégias mais utilizadas para garantir a melhor escolha possível em termos de vinho. No que se refere ao valor gasto com vinhos por mês obtemos que 8,9% gasta até R$10,00; 29,8% gasta de R$11,00 a R$35,00; 35,8% gasta em média de R$36,00 a R$65,00; 21,7% gasta de R$66,00 a R$150,00 e 3,5% gasta de R$ 151,00 a R$500,00. Relativamente à frequência de compra dos diferentes formatos, o mais frequentemente comprado é claramente o de 0,75 a 1 litro que representa 53,6%, seguindo de 43,1% que compram de 2 a 7 litros e 2,9% que compram de 8 a 20 litros. No que se refere ao consumo a cada quantos dias, os respondentes afirmam consumir vinho a cada 1 dia a 7 dias estes equivalem a 53,6%, 18,2% afirma consumir a cada 8 dias a 15 dias e 27,7 representa o consumo de a cada 16 dias a 45 dias. Em relação aos conhecimento sobre vinho, 4,7% têm conhecimento nulo, 25,1%, fraco, 42,1%, médio, 25,5%, bom e 2,6%, muito bom. No que se refere ao tipo de vinho, a maioria, 72,3%, prefere o vinho tinto, 51,9%, o branco, 19,1% rosé, 1,7% o vinho verde, 24,7% o espumante, 2,6% licoroso e 1,7% o vinho fortificado. A origem do vinho mais consumida é a nacional 88,1%, argentino 18,3%, chileno 11,1%, uruguaio 4,3%, italiano 8,9%, espanhol 1,3%, francês 0,9% e português 2,1%. A variedade mais consumida é cabernet sauvignon 51,1%, as demais como representam moscato 28,9%, chardonnay 21,3%, merlot 20,4%, malbec 16,6%; sauvignon blanc 14%, carmenere 8,5%, pinot noir 8,1%, reisling 3,8% e pinot gris 0,4%. Em termos de consumo, o consumidor em sua maioria tem uma preferência por vinhos tinto, branco e espumante de origem nacional e pelas variedades cabernet sauvignon, moscato, merlot e chardonnay. Contudo, entende-se que os consumidores utilizam informações novas ou armazenadas para selecionar produtos, serviços e marcas que provavelmente trarão satisfação com o consumo. Estes então fazem suas escolhas através de suas diferenças de pensamento, raciocínio e vivências, visando escolher o produto de maior satisfação (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005). Conclusão Este estudo buscou verificar um entendimento do consumidor no que respeita aos seus comportamentos perante o vinho, no que respeita à sua escolha, compra e consumo. Buscou também verificar os resultados que espelham questões de diversa ordem, desde o envolvimento do consumidor com o produto até às ocasiões onde este mais consome vinho. Essas informações foram coletadas através de um survey com 235 pessoas que consomem vinho. A pesquisa, em sua fase, quantitativa, permitiu alcançar os objetivos. Em termos de hábitos de consumo, verificou-se que o consumidor tem uma preferencia por vinhos tinto, branco e espumante de origem nacional e pelas variedades cabernet sauvignon, moscato merlot e chardonnay. O valor médio gasto por mês é de aproximadamente R$ 58,00. Estes compram em média 2,11 litros de vinho ao mês, e consomem em média a cada 13 dias. A idade média dos respondentes é 32 anos, estes possuem um conhecimento sobre vinho de médio para bom. Portanto, por meio dos dados e resultados obtidos pode-se afirmar que os objetivos propostos para desenvolvimento deste trabalho foram atingidos com êxito, tendo-se conseguido obter um melhor entendimento do comportamento do consumidor de vinho.