Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências - Mestrado

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    A educação ambiental como articuladora de teorias e práticas no processo de produção do currículo escolar
    (2021-09-24) Cabeleira, Marciele Dias Santos
    Esta dissertação socializa os resultados de estudo desenvolvido no Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências da Unijuí, e insere-se na linha de pesquisa Currículo e Formação de Professores. Assim, esta investigação se relaciona à Educação Ambiental (EA) no contexto do Ensino Fundamental I (EF-I), e é norteada pela seguinte questão: quais as contribuições de práticas pedagógicas reflexivas sobre conhecimentos, mudanças de atitudes e valores dos sujeitos envolvidos na preservação do meio ambiente? Desse modo, objetivou-se analisar as contribuições de práticas pedagógicas sobre questões relacionadas à EA, na perspectiva de desenvolvimento do currículo para formação de sujeitos críticos e responsáveis em relação ao ambiente. A metodologia baseia-se na pesquisa qualitativa e se insere na modalidade de pesquisa-ação, com sustentação teórica de Lüdke e André (2016) e Carr e Kemmis (1988). Os sujeitos da pesquisa foram professores e alunos, atuantes e matriculados nas turmas do 2º ano do EF-I em uma escola pública da educação básica, totalizando 19 participantes. Os instrumentos da pesquisa foram: questionário com questões fechadas e abertas (professores) e proposições de ações pedagógicas (alunos). Os dados foram analisados segundo os pressupostos da Análise Textual Discursiva de Moraes e Galiazzi (2016). As discussões dos resultados foram fundamentadas em argumentos teóricos de Freire (2001, 2004, 2014); Vigotski (2013, 2008); Carvalho (1998, 2002, 2006, 2011, 2012); Leff (2005, 2007, 2011, 2015); Sauvé (2000, 2005), bem como nos autores selecionados na revisão bibliográfica na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e no Portal de Periódicos da CAPES/Café. Os resultados referentes às teses analisadas mostram veementemente a importância do trabalho interdisciplinar, o que desmistifica a ideia de que a EA é responsabilidade exclusiva da área das Ciências da Natureza. Já as dissertações discorrem sobre abordagens referentes à formação acadêmica de professores, metodologias de ensino para promover a EA, assim como sensibilização e conscientização do meio ambiente. Os artigos selecionados apresentam discussões sobre instrumentos metodológicos/estratégias de ensino para o desenvolvimento da EA, trabalho interdisciplinar e expõem a relevância da contextualização sobre o tema nas práticas pedagógicas. Já no âmbito desta pesquisa, os professores participantes demonstram compreender que a EA deve ser incluída em seus planejamentos, mencionam a predominância do trabalho interdisciplinar em suas ações educativas. No entanto, há uma ausência da participação de formação continuada em EA e Meio Ambiente (MA). Nos resultados sobre as proposições das práticas educativas, as crianças mostraram interesse em questões ambientais, demonstraram desenvolver novas aprendizagens e conhecimentos. Foi notória a compreensão que as más ações do homem prejudicam a natureza. Conclui-se, dessa forma, que as crianças demonstraram sensibilidade em relação à preservação do meio ambiente, expressando valores como proteção, respeito, empatia; além disso, predominou o sentimento de cooperação e solidariedade referentes aos cuidados com a natureza. Não obstante, esta pesquisa trata de um tema de grande relevância social, o qual pode ser desenvolvido de modo efetivo na escola, implicando em ações elaboradas em prol da preservação do meio ambiente também em outras instituições, como na família e/ou comunidade social. Ademais, demonstra que práticas pedagógicas inovadoras, diferenciadas podem contribuir para uma compreensão rica acerca da EA, principalmente no desenvolvimento de trabalhos com grande potencial de ensino e aprendizagem em outras áreas do currículo para esta idade, como matemática, artes, português, educação física, podendo desenvolver cognitivamente as diversas habilidades e competências expostas na BNCC.
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    Arte, desenvolvimento humano e transformação social: desafios na formação docente em arte para a educação básica
    (2021-09-24) Marin, Vanessa
    A Arte participa profundamente da vida humana e, atualmente, as questões que envolvem esta área do conhecimento tem se tornado grande motivo de discussões sobre sua relevância na educação, por ser um importante instrumento de identificação cultural e de desenvolvimento individual, o que torna oportuno, e urgente, o seu estudo no currículo escolar. O problema desta pesquisa é como a formação e o conhecimento em Arte dos professores pode contribuir em suas práticas docentes e ganhar importância na educação através de sua contribuição para o desenvolvimento humano e sua emancipação com vistas à transformação social, de modo a ampliar os discursos que sustentam a existência das linguagens artísticas nos currículos escolares. Para isso, objetivou-se analisar as contribuições desta área do conhecimento que, além das ciências e da filosofia, lutam contra a alienação na sociedade capitalista, considerando-se que a Arte está calcada no social e deve ser apropriada já no seio escolar. Além disso, objetivou-se pontuar o percurso histórico que a Arte-educação percorreu no país, até se chegar aos atuais documentos político-normativos. O objetivo final foi reconhecer os fatores que permeiam a formação e as práticas docentes em Arte de modo que a área possa contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade humana enquanto uma linguagem ampliada pelos novos recursos tecnológicos de mediação. Essa investigação científica caracterizou-se como uma pesquisa teórico-bibliográfica, cujo paradigma sustenta-se na perspectiva histórico-cultural. Buscou-se como referência estudos de autores da área da Arte, especialmente das Artes Visuais, como Ana Mae Barbosa, e também autores das ciências da educação, enfatizando os escritos de Lev Vygotsky e Newton Duarte. Assim, enfocaram-se questões referentes ao conhecimento artístico na constituição humana e questões relacionadas aos processos educativos, políticas e histórico de lutas. A educação através da estruturação de um currículo que privilegie as potencialidades da Arte enquanto uma linguagem emancipadora do indivíduo, compatível com as particularidades dos contextos locais, pode se iniciar através da pesquisa acadêmica, visando ampliar os discursos teóricos que amparam as práticas docentes e as políticas educativas, em um processo incessante de formação e debate.
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    Do desamparo do sujeito à crise ética na educação: notas psicanalíticas
    (2021-09-24) Pinto, Patrícia Feiten
    Ainda que existam regras morais e princípios éticos que orientem a conduta humana e a sociedade contemporânea, eles não dão conta de fornecer uma resposta segura ao problema de como o sujeito deve agir. Existe uma verdade provisória e minimamente estável que pode direcionar e, consequentemente, amparar os adultos na educação dos sujeitos em formação, não os largando à própria sorte. Tal incerteza é fruto de um desamparo constitutivo do sujeito que, para continuar existindo, se vê acuado a criar pactos simbólicos com os semelhantes, formando os laços sociais. Os efeitos desse desamparo fundamental é uma desorientação por parte da família, da sociedade e da educação na acolhida das novas gerações. Diante disso, a questão que norteia estes estudos é como educar, sobretudo sem uma verdade assegurada pela tradição? Assim, o objetivo da presente pesquisa é compreender o lugar da educação na formação de sujeitos marcados pelo desamparo e pela flexibilização da verdade. Metodologicamente, estes estudos restringem-se à pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa, e, teoricamente, apoia-se em autores do campo da psicanálise de matriz freudolacaniana e da filosofia da educação. O primeiro capítulo reflete sobre a questão da verdade e do seu inerente enfraquecimento, convocando o sujeito a escolher os seus destinos, sob os reflexos do desamparo. O segundo capítulo discute as vertentes da crise ética e os conceitos de ética e moral, considerando que a civilização está condenada ao desamparo, cabendo àqueles que ficaram introduzirem o indivíduo humano no interior da cultura através da linguagem. O terceiro capítulo problematiza o conceito de função paterna e fraterna e os seus desdobramentos no campo educacional. Este percurso investigativo e reflexivo permitiu compreender que a sujeição e a heteronomia são as condições elementares para educar, o que implica dizer que os representantes da função paterna, os que chegaram antes, devem apresentar o interdito e os pactos morais existentes para que o humano venha a ser sujeito. Movimento que não permanece somente no interdito uma vez que a emergência do sujeito também conta com o espaço para o exercício da autonomia, logo, para os pactos fraternos horizontalizados.
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    Interfaces entre educação moral e escolar: compreensões a partir de Jean Piaget
    (2021-09-23) Albrecht, Pâmela Luana Lipke
    A educação moral se faz necessária para a constituição humana no sentido de estabelecer uma melhor relação do ser humano consigo mesmo e com o outro. É a partir dela que se torna pos-sível ter relações mais justas e solidárias de convivência no mundo. Neste sentido, a presente pesquisa aborda a um dos aspectos da problemática da realidade escolar, vivenciada também nos contextos sociais e familiares existentes no contexto atual, onde os valores dos sujeitos estão constantemente sendo questionados. Assim, esta pesquisa visa investigar onde de fato a educação moral, que é relacionada como a principal forma pela qual a educação desenvolve “valores”, deve ser melhor desenvolvida e estimulada na formação de futuros adultos consci-entes de seus atos e ações. Tem como objetivo, portanto, identificar o lugar da escola e do professor nesse contexto de formação moral da criança em período escolar, principalmente na educação infantil e dos anos iniciais. A metodologia adotada é a de pesquisa bibliográfica, em-basada principalmente no pensamento de Jean Piaget (1994, 1970, 2003, 2002) e em outros autores como La Taille (2009; 2006) e Savater (2012), e também em registros documentados no Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar e também no livro de ocorrências da escola, para relatos mais precisos da importância desse estudo. Pretendeu-se, com base em Piaget, com-preender a constituição humana a partir de seu nascimento, considerando a criança e as múlti-plas dimensões e possibilidades de cada etapa do seu desenvolvimento, bem como interpretar os caminhos possíveis a serem estimulados na escola e pelo professor, pautados em valores e princípios universais para o desenvolvimento integral do ser humano. Portanto, concluiu-se que a partir dessa pesquisa é possível verificar que pode e convém à escola ensinar considerando a educação moral, destacando, então, a escola como lugar, por excelência, desta prática.
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    A chegada dos bebês na escola de educação infantil: acolher com sensibilidade
    (2021-09-23) Ristof, Luciana Stumpf
    Esta dissertação objetivou investigar a interação da escola com a família na situação de ingresso do bebê na escola de Educação Infantil, por meio de pesquisa qualitativa de cunho etnográfico com uso do método de observação participante dos bebês, educadores e familiares no ambiente da escola de Educação Infantil e de entrevista com familiares e educadores, numa Escola Municipal de Educação Infantil na cidade de Horizontina – RS. Foram observados treze bebês, e entrevistadas seis famílias e três educadoras (uma professora, uma atendente de creche e uma estagiária). A pesquisa mostrou que as relações entre as famílias e escola de Educação Infantil são determinadas por vários elementos que dizem da história de cada instituição, cada educador, cada bebê e família; e podem, também, seguir por diversos caminhos que são direcionados a partir das percepções sobre a infância, educar e cuidar. Com base nisso, apresentou-se duas formar de pensar os primeiros dias dos bebês e das famílias na escola de Educação Infantil: uma que vai pela via da adaptação e outra do acolhimento. Quando a escola adota posturas que vão pela via da adaptação, a criança é vista como um ser submisso a um adulto e deve abrir mão de suas características para se adequar a um novo ambiente (a escola). Por outra via, a do acolhimento, a criança é considerada protagonista, logo é escutado (em suas diversas expressões, e muitas vezes, mesmo sem saber falar). Acolher, na escola de Educação Infantil, passa a ser: reconhecer as singularidades e trabalhar a partir delas. Dentro deste contexto, de uma escola acolhedora, há espaços para movimentos únicos e singulares, tal como a documentação pedagógica, que nesta pesquisa, foi apresentada a partir do estudo do acolhimento através das paredes da Cooperativa de Ensino Benfica (de Lisboa – Portugal).