Habitação efêmera para refugiados
Carregando...
Data
2024-08-13
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Com o avanço do processo migratório desencadeado por conflitos éticos, morais e políticos,
cada vez mais torna-se necessária a preparação dos países para o acolhimento dos refugiados.
A crise humanitária é motivação recorrente em diversos continentes, a falta de sistema básico,
a violência e a fome motivam tanto venezuelanos quanto haitianos e o atual conflito armado
motiva os ucranianos. Três povos diferentes, mas uma mesma necessidade em comum, o abrigo.
Por meio de uma revisão bibliográfica, pesquisa documental, estudos de casos e por um
processo criativo, a nível de anteprojeto, o presente trabalho, em desenvolvimento, tem por
intuito a criação de uma proposta arquitetônica referente a uma habitação efêmera, esta
temporária, voltada ao acolhimento daqueles expulsos de seus países motivados pela migração
involuntária, os refugiados. A minimização da generalidade dos abrigos é voltada a criação de
uma residência única, adaptável (por meio da modulação), acessível (para portadores de
necessidades especiais serem autônomos dentro da residência), e adequada (podendo ser
utilizada em climas semelhantes ao sul do Brasil). Em virtude de a região escolhida para
aplicação do projeto ser longe dos grandes centros dos conflitos mundiais, a criação de projetos
específicos permite uma descentralização da procura de países fora das escolhidas fronteiras.
Concomitante com a diminuição da superlotação de abrigos existentes, a descentralização é
focada em uma região considerada pouco violenta no sentido de crises armadas, o paralelo 30,
localizado a 30º abaixo da linha do Equador que divide o planeta Terra, é a limitação física da
implantação do projeto, buscando atingir localidades com climas semelhantes do Rio Grande
do Sul, estado brasileiro, como é o caso da Austrália. Mesmo que de forma temporária (girando
em torno de poucas semanas), a residência além de ser abrigo, busca retomar a qualidade de
vida, segurança e dignidade permitida pela moradia em um lar, adequando-se as necessidades
das diferentes configurações familiares em sua individualidade. Assim, como a modulação
utiliza-se da individualização da residência, a humanização pensa no humano em seu sentido
único de principal meio para o desenvolvimento do projeto. Através da retomada de construções
voltadas a necessidade própria de cada ser humano, a referida proposta envolve-se pelo seu
programa de necessidades e utiliza-se de uma propriedade já desenvolvida, os módulos,
crescendo e diminuindo como sua configuração. Deixando cada vez mais de lado a generalidade
e a neutralidade vista nos projetos, a habitação, dá a oportunidade do refugiado retomar a sua
dignidade, juntamente com a autossuficiência, e a sensação de acolhimento a muito tempo não
vista. Entregando-lhe a chance de recomeçar a sua vida, não somente em um abrigo, mas em
um lar.
Palavras-chave: conflitos; migração involuntária; abrigo; lar; humanizar; replicação.
Descrição
110 f.
Palavras-chave
TECNOLOGIA::Engenharia civil e arquitetura::Arquitetura e conservação e restauro arquitetônico::Arquitetura