Tecnologia assistiva: projeto de automação para uma cadeira de rodas convencional

Abstract

A deficiência física está presente em uma grande parcela da sociedade brasileira, ela pode ser caracterizada por amputações, sequelas, paraplegia, tetraplegia, ou até síndromes que impedem a locomoção do indivíduo. Diante disto a tecnologia assistiva é um conceito que abrange diversas áreas, como a medicina, engenharia, fisioterapia, que unidas buscam dar uma melhor qualidade de vida às pessoas que tem algum tipo de limitação física ou mental, por intermédio de equipamentos, recursos, técnicas e metodologias. Uma cadeira de rodas elétrica tem um valor médio de R$ 7000,00, que pode se elevar dependendo dos recursos extras necessários e este é um dos fatores que inviabilizam seu uso pela população de baixa renda, que é a maioria da população brasileira. Por isso, não conseguem usufruir de direitos básicos garantidos por lei, como a possibilidade da utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários urbanos, transportes e edificações. Assim, este trabalho de conclusão de curso almeja o desenvolvimento da automação de uma cadeira de rodas convencional, em parceria com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) que tenha um baixo custo a fim de viabilizar seu uso para mais pessoas. Para o projeto são apresentadas as modificações mecânicas da estrutura da cadeira, a fim de receber os motores elétricos, engrenagens, correias e baterias. Para a parte eletroeletrônica do dispositivo, é utilizada um microcontrolador da família PIC18F4520, o qual será a interface entre o usuário e o acionamento dos motores por meio de um joystick. Esta interface é composta por portas A/D e saídas PWM. Uma vez que o microcontrolador não tem capacidade de corrente suficiente para acionar diretamente os motores, é necessário o uso de um recurso para aumentar a mesma, assim serão empregadas duas pontes H. A cadeira de rodas conta também com um display, que informa o nível de carga nas baterias e a velocidade de operação dos motores. Por fim serão feitos testes e modificações pertinentes por meio de avaliações do usuário e profissionais de fisioterapia da APAE e, após as devidas correções, os itens da automação serão doados para a instituição.