Crise da autoridade e função paterna

Abstract

O objetivo do presente escrito é discorrer sobre função paterna e a crise da autoridade no campo da educação e os efeitos na acolhida dos novos no mundo. Assim, primeiramente promove-se o diálogo entre Hannah Arendt e psicanalistas contemporâneos da área da educação, no qual discute-se o acolhimento efetuado pelos pais, professores e cuidadores enquanto guardiões da tradição. Em um segundo momento, a partir da problematização freudiana sobre mito de Totem e Tabu, situase a proibição do incesto como fundador da civilização. Para a psicanálise, para que o processo civilizatório seja possível e se sustente, esta proibição deve se renovar no processo de constituição psíquica de cada sujeito que vem ao mundo, através da travessia edípica. Aponta-se à metáfora do Nome-do-Pai como operadora da castração e introdutora da Lei. Por fim, relaciona-se o declínio da função paterna na cultura à crise da autoridade na contemporaneidade.