Por que os olhos das crianças brilham quando ouvem histórias?

Abstract

A presente pesquisa aborda o tema da literatura, pois esta desempenha um papel fundamental, decisivo e intransferível na constituição da criança e na sua formação como leitora, pois ler é uma forma de perceber o mundo com a lente da imaginação. A partir desse pressuposto, defino o tema desse trabalho com a seguinte pergunta: “Por que os olhos das crianças brilham quando ouvem histórias?”, e estabeleço questões como: Quais as influências da contação de histórias na formação do sujeito infantil? E quais as contribuições da literatura infantil na formação da criança? Em consequência, o objetivo que proponho é refletir e analisar a importância da contação de histórias e entender qual o papel da literatura na formação do sujeito infantil. Em termos metodológicos o trabalho tem caráter qualitativo e desenvolveu-se por meio da pesquisa ação, devido ao fato de atuar pedagogicamente com o grupo foco, formado por crianças de 5 anos que frequentam uma Escola de Educação Infantil. Dessa forma, foi necessário observar as atitudes e reações das crianças durante as contações de histórias, analisar o que as práticas realizadas promoveram, que mudanças ocorreram é estabelecer relações acerca das influências dessa prática no desenvolvimento pessoal da criança. Para, então, refletir sobre o papel da literatura na formação da criança. Para tanto busquei embasamento teórico em autores como FRANTZ (2001), RIZZOLI (2005), CORSO & CORSO (2006), VIEIRA (2005), COELHO (2005), BUSATTO (2003), e uma nova concepção de criança, na perspectiva da DCNEI (BRASIL, 2009), e ainda as reflexões contidas no RCNEI- Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), dentre outros estudos que compõem a base teórica da pesquisa. Conclui que a literatura infantil é poderoso instrumento capaz de favorecer o hábito e o prazer de ouvir histórias pelo seu poder de contribuir para que a criança construa significados e encontre respostas aos seus conflitos. As histórias ajudam a criar realidades simbólicas e dão novos sentidos às existentes, pois tratam das experiências cotidianas, contribuindo potencialmente para o desenvolvimento das crianças ao constituí-las como seres culturais e participantes da sociedade em que vivem.