O homem e o rio
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Data
2020
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Editor
São Paulo: República do Livro, 2020.
Resumo
Quando refletimos, percebemos que existem
muitas pessoas que falam de rios e riachos.
Sem pretender ser exaustivo, pensemos apenas no geógrafo que comenta sobre os cursos
de água no território, no historiador que conta a
vida das pessoas que os utilizaram ao longo do
tempo para desenvolver ou ocupar esse mesmo
território. Quanto ao antropólogo, ele quer examinar a estruturação das comunidades humanas
que se beneficiaram com essas águas majestosas. O biólogo olha para os organismos que habitam essas águas vivas ... e às vezes morrendo.
Lá onde o engenheiro vê uma oportunidade e
mede a energia hidráulica, o economista analisa
a rota comercial e o poder econômico dessas
principais artérias náuticas. O poeta fará seu
elogio e o cancioneiro ecoará a alma que habita
esses grandes personagens que são os rios e
riachos. Grandes personagens que ignoramos
totalmente no cotidiano, porque estão diariamente impregnados em nossa vida. Todas essas
pessoas falam, mas quase ninguém fala umas
com as outras. Estamos diante de túneis de
vozes que raramente se comunicam. Sem essa
troca, todos os discursos escapam de coisas
essenciais sobre nossos rios e riachos. Como,
por exemplo, falar sobre o futuro sem respeitar
a história, como entender a vida biológica sem
tratar da questão humana, como fazer barragens
nessas águas nutritivas, ignorando as pessoas
que moram lá e vivem delas? Nada é estático,
tudo vem de algum lugar.
Descrição
60 p.
Palavras-chave
Ciências exatas e da terra, Rio São Francisco, Povo Indígena Xokó, Comunidade Quilombola Resina, Meio Ambiente