A busca de cultivares de aveia mais resistentes à progressão de doenças foliares na redução de uso de fungicida à maior qualidade ambiental com segurança alimentar

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Agrotóxicos são um grupo de substâncias químicas destinadas ao controle de pragas e doenças das plantas. A toxicidade destes produtos está relacionada aos efeitos não desejados em outros organismos vivos e ecossistemas, em danos ao ambiente e à saúde pública. O uso de agroquímico nos cultivos pode gerar também acúmulo de resíduos nos alimentos destinados ao consumo, além dos graves danos ao meio ambiente. O padrão de consumo de alimentos contaminados com agrotóxico contribui no acúmulo de resíduos nos organismos e seus efeitos adversos se tornam proeminentes após vários anos de exposição. A redução da utilização destes compostos nos alimentos é essencial para evitar a contaminação da cadeia alimentar. No entanto, enfrenta-se novos desafios no cultivo dos alimentos, influenciados pelas mudanças climáticas, que interferem na incidência e severidade de pragas e doenças, geram a necessidade de maior controle por agrotóxicos, e consequentemente, com impactos econômicos e ambientais. A aveia branca (Avena sativa L.) ganha destaque como uma importante alternativa de cultivo agrícola principalmente para a região sul do país. O seu cultivo e consumo tornou-se evidente nos últimos anos. No entanto a progressão de doenças foliares, prejudiciais para a cultura, reduz o rendimento e a qualidade dos grãos, tornando a cultura mais dependente ao uso de agrotóxicos. O objetivo do estudo foi desenvolver uma revisão integrativa da literatura sobre o impacto dos agrotóxicos nos alimentos e ambiente e do uso de fungicida na cultura da aveia. Além disso, realizar uma de pesquisa experimental para a identificação de cultivares de aveia mais resistentes à progressão de doenças foliares, na perspectiva de redução do uso de fungicida visando à maior qualidade ambiental com segurança alimentar. A pesquisa de revisão buscou analisar produções científicas publicadas em periódicos, nacionais e internacionais, sobre cultivo de aveia branca com redução do uso do agrotóxico, garantia de cultivo sustentável ao meio ambiente e segurança alimentar. A pesquisa experimental foi conduzida no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural da UNIJUÍ, localizado em Augusto Pestana, RS. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com três repetições em fatorial 23 x 5, para as 23 cultivares de aveia branca e 5 condições de aplicações de fungicida, respectivamente. Na revisão integrativa da literatura se observam diversos estudos realizados com aveia vinculando programas de melhoramento genético para melhores rendimentos e qualidade de grãos, com menor custo. Também estudos para diminuição do uso de fungicidas pela seleção de genótipos mais resistentes. Nota-se que os principais estudos são desenvolvidos na região sul do Brasil, principalmente nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. No estudo experimental, as cultivares URS Altiva e IPR Artemis independente do ano de cultivo mostram eficiência no convívio de doenças foliares na ausência de fungicida com produtividade satisfatória. A cultivar URS Brava em ano favorável ao cultivo da aveia evidencia plasticidade de suportar as doenças foliares. Entre estas, as cultivares URS Brava e URS Altiva apresentam adequada produtividade com adaptabilidade geral ou específica a ambientes desfavoráveis pela ausência ou reduzido uso de fungicida, qualificadas para manejos mais sustentáveis.

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84 f.

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