Referencial curricular de educação física do Rio Grande do Sul - 2009: os sentidos atribuídos pelos professores da região da 36ª coordenadoria de educação

dc.contributor.authorDessbesell, Giliane
dc.date.accessioned2012-08-22T17:08:20Z
dc.date.available2012
dc.date.available2012-08-22T17:08:20Z
dc.date.issued2012-08-22
dc.description95 f.pt_BR
dc.description.abstractA Educação Física, apesar de seu reconhecimento na legislação como componente curricular e do forte movimento renovador que a envolve há pelo menos 30 anos, ainda é encontrada em muitas escolas como um tempo/espaço onde não se oportuniza aos alunos o acesso aos saberes sistematizados de sua responsabilidade. São muitos os motivos para que a situação se configure dessa forma, mas se destaca a falta de tradição em explicitar e organizar os conteúdos a serem ensinados. Estes aspectos têm contribuído, na perspectiva dos próprios professores, para que a disciplina seja desvalorizada. No entanto, na última década, têm surgido propostas curriculares em vários estados brasileiros, para as disciplinas que compõe a grade curricular das escolas, e a Educação Física teve espaço para organizar os saberes escolares com os quais se ocupa. Desse modo, começam a ser investigados os desdobramentos desses materiais curriculares no cotidiano escolar. Nesse movimento nacional de produção de orientações educacionais, o estado do Rio Grande do Sul, dentro da coleção “Lições do Rio Grande” lançada em 2009, apresentou um referencial curricular para a Educação Física referente os anos finais e o ensino médio. A partir da elaboração desta coleção e as investigações já existentes sobre a organização curricular, surgem questões sobre a relação que os professores gaúchos estabelecem com esta proposição e como vinculam isso a sua prática. Assim, a pesquisa teve por objetivo compreender os sentidos atribuídos pelos professores à coleção Lições do Rio Grande, especificamente no que tange a disciplina de Educação Física. Metodologicamente se configura em uma pesquisa descritiva com delineamento de um estudo de campo. Participaram deste estudo, dezenove professores da rede de educação pública estadual da região de abrangência da 36ª Coordenadoria Regional de Educação, escolhidos aleatoriamente. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com questões sobre cinco núcleos de conteúdos: dados pessoais, formação acadêmica, experiência profissional, concepções a respeito do ensino da EF e questões específicas sobre os RCEF. Os resultados apontam que os professores entrevistados atribuem diferentes sentidos ao Referencial Curricular para a Educação Física. Os principais elementos que emergem das falas dos entrevistados sobre o material, podem ser sintetizados em duas posições. 37% dos professores contrários a proposta, sustentam três perspectivas diferentes: a) aqueles que se mantiveram distantes ao material; b) aqueles que entenderam o material como inapropriado para a sua realidade de atuação e c) proposta com excessivo conteúdo teórico. E 63% dos professores posicionam-se favoráveis ao documento e a partir de três perspectivas diferentes: a) contribuição; b) uma estrutura que antes não havia e c) um “norte”. Assim, esses elementos foram analisados no sentido de compreender quais fatores levaram esses professores a se posicionarem desse modo. As concepções sobre a disciplina e fatores como formação e idade, estão associados aos posicionamentos assumidos pelos professores. Além disso, surgiram elementos que são comuns entre os professores que se manifestaram contra e a favor aos documentos, como a forma de imposição do documento por parte da Secretaria de Educação e Cultura do RS, a distância da proposta com o cotidiano da EF escolar, as capacitações oferecidas e ainda questões de infraestrutura. Os sentidos atribuídos pelos professores ao RCEF observados nessa pesquisa trazem tanto as marcas das concepções, 8 disposições e trajetórias profissionais desses sujeitos como do percurso histórico da disciplina e sua configuração no contexto escolar. Portanto o fato de posicionarem-se favoráveis ou contrários a proposta está fortemente relacionado com esses elementos. Desse modo, uma proposta curricular de forma isolada pode não potencializar mudanças significativas no desenvolvimento da disciplina devido a essa complexidade da prática docente, contudo a compreensão desses elementos, entrelaçados a essa prática, pode levar ao avanço em questões como a legitimidade da disciplina tanto no contexto escolar como no discurso do próprio professor sobre o que a disciplina se propõe a ensinar.pt_BR
dc.identifier.urihttps://bibliodigital.unijui.edu.br/items/6a547a16-a8fb-45c1-977f-c6ed53b8d27a
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectEducação física escolarpt_BR
dc.subjectMateriais curricularespt_BR
dc.subjectPrática docentept_BR
dc.subjectEducação físicapt_BR
dc.titleReferencial curricular de educação física do Rio Grande do Sul - 2009: os sentidos atribuídos pelos professores da região da 36ª coordenadoria de educaçãopt_BR
dc.typeMonografiapt_BR
mtd2-br.advisor.instituationUniversidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulpt_BR
mtd2-br.advisor.nameGonzález, Fernando Jaime

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