Dislexia: no contexto escolar; um estudo de caso

Abstract

O objetivo da presente pesquisa é buscar subsídios teóricos para compreender a dislexia Buscou-se abordar o olhar da educadora, as diferenciações entre dificuldades, transtornos e distúrbio de aprendizagem, bem como a definição da dislexia e o sujeito e suas relações com a aprendizagem. O campo teórico encontra-se apoiado nas contribuições de Jean Piaget e Lev Semenovitch Vygotsky, bem como seus seguidores. O campo empírico da pesquisa foi desenvolvido a partir de um estudo de caso. A pesquisa teve como objetivo analisar alguns dados práticos (cotidiano escolar- sala de aula) com a teoria, dialogando com as possibilidades e as (im)possibilidades de um aluno com “possível” diagnóstico de dislexia1. Durante as observações o sujeito da pesquisa passou por grandes transformações (construção do conhecimento), mas ao mesmo tempo em que essas transformações aconteciam, percebia-se que se voltava à estaca zero. Apresentavam-se possibilidades e essas eram esgotadas e muitas vezes não davam certo, por isso que tínhamos mais impossibilidades do que possibildades. Dessa forma, pensar no sujeito da pesquisa como um aluno disléxico, mas que ao mesmo tempo não tinha um diagnóstico feito por uma equipe multidisciplinar, que eram apenas desconfianças da professora e uma fala isolada da neuropediatra. Analisou-se que o sujeito deveria ser visto a partir da sua singularidade e não da sua ‘limitação’. Um sujeito que leva o educador a pensar e repensar no contexto de sala de aula, compreender que os alunos que fazem parte da turma requerem diferentes possibilidades de aprendizagem, aprender a dialogar com as diferentes maneiras de aprender do sujeito aluno.