Dor musculoesquelética e estresse de profissionais de saúde que atuam na assistência a pacientes com Covid-19 em unidade de terapia intensiva (UTIs)
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INTRODUÇÃO: A COVID-19 apresentou alto nível de transmissibilidade e de gravidade e sua forma grave da doença ocorreu na minoria dos casos, porém considerando a quantidade de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) disponíveis, causou um colapso nos sistemas de saúde, impondo uma demanda extra de estruturas, insumos e recursos humanos. O aumento da ocupação das UTIs durante a pandemia impactou sobre a demanda de trabalho dos profissionais de saúde o que ocasionou níveis de estresse elevados, tendo como consequência afastamento do trabalho, dor, pelo medo da contaminação e/ou esgotamento físico e mental. OBJETIVO: Avaliar os níveis de estresse e presença de dor musculoesquelética em profissionais de saúde que atuam nas UTIs dos hospitais da região das missões do estado do Rio Grande do Sul, durante a pandemia da COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, analítico, quantitativo e multicêntrico, que foi realizado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) hospitalares, das cidades da região Missioneira do Rio Grande do Sul. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 205 profissionais de saúde atuantes em UTI COVID, 157 (76,6%) são do sexo feminino, com faixa etária para idade predominante de 18 a 30 anos 95 (46,3%), em relação ao estado civil, 105 (51,2%) declararam ter companheiros e 108 (52,7%) têm filhos. No que se refere a intensidade da dor, segundo escala visual analógica, 35,60% avaliaram sua dor como leve e 20,48% declararam não apresentar dor. Os distúrbios osteomusculares apresentaram maior frequência na região do pescoço, parte superior das costas e parte inferior das costas com maior intensidade, e estes estão diretamente relacionados à atividade laboral exercida, à idade, ao sexo e ao tempo indisponível para lazer. Na análise da combinação dos quadrantes do MDC, a maioria dos participantes demonstrou estar em trabalho ativo (35,6%), 25,8% demonstraram trabalho de baixa exigência, 20% deles estão em trabalho de alta exigência e 18,6% desenvolvem trabalho passivo. CONCLUSÃO: Os dados apontam que a pandemia COVID-19 trouxe mudanças significativas no cenário de trabalho dos profissionais de saúde, especialmente aqueles que atuavam em UTIs, que culminou no desenvolvimento de sintomas osteomusculares e estresse. Conhecer o perfil sociodemográfico dos profissionais de saúde, suas percepções medos e anseios que os mesmos tiveram, durante a atuação na pandemia, pode trazer subsídios para ações de intervenção em saúde que podem minimizar agravos e adoecimento nesta população.
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81 f.