Análise de alternativas para pavimento flexível em acesso de áreas industriais com alto e baixo tráfego comercial

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Data

2018-08-22

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Resumo

As infraestruturas de transporte em termos de capacidade, conectividade, velocidade de deslocamento, entre outros fatores, no contexto do desenvolvimento espacial, determina a qualidade de locais em relação a outros locais. As redes de transporte moldam o quão rápido e facilmente podem ser alcançados certos lugares e essa acessibilidade, modifica a atividade econômica, ou seja, locais mais acessíveis tem mais prosperidade econômica, visto que os custos de transporte reduzem. Os atuais métodos de dimensionamento de pavimentos têm grande valia na fixação das espessuras das camadas e na determinação da vida útil do mesmo, quando se pretende pavimentar rodovias com trafego significativo, porém, há pouca informação quando se pretende executar serviços de pavimentação em trechos de acessos industriais, caracterizados por serem início ou fim de viagem, onde ainda atualmente há falta de segurança e conforto. Visto isso, essa pesquisa definiu duas intensidades de tráfego através da movimentação de veículos de carga em uma empresa porte considerável da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, sendo que nos dias de maior trafego a empresa chega a receber 420 veículos por dia e a média anual de tráfego é de 180 veículos por dia. Estes então são os tráfegos considerados para este trabalho. A partir disto foram buscados em monografias e pesquisas realizadas na região, alternativas de materiais a serem empregados nas camadas de base e sub-base dos pavimentos a serem dimensionados. Os materiais adotados foram o macadame seco, a brita graduada simples, o solo-cimento e a mistura de 70% de material fresado com 30% de pó de pedra, sendo que os dois primeiros são materiais empregados em uma rodovia regional. O revestimento implementado foi em CBUQ. Os dimensionamentos foram realizados através de dois softwares, o SISPAV e o IMT-PAVE 3.0, também foi utilizado o método semi-empírico de Souza (1981). Através dos dimensionamentos obteve-se três boas alternativas de estruturas para emprego nos acessos, são eles, respectivamente, base e sub-base, BGS e MS; 70MF+30PÓ e MS; 70MF+30PÓ e SC. Nos dimensionamentos realizados pelo IMT-PAVE, não se mostrou necessário a utilização de camadas de reforço de subleito, já no SISPAV, para diminuir a deformação permanente nas duas primeiras estruturas, foi necessário inserir uma camada de reforço. As estruturas dimensionadas pelo SISPAV resultaram em espessuras de revestimento mais elevadas do que no IMT-PAVE. Já as camadas de base e sub-base dimensionadas pelo método de Souza (1981) ficaram na casa de 10 e 15 cm, inferiores ao encontrado nos softwares. Ficou evidente que materiais com módulo de resiliência mais elevados resultam em pavimentos menos espessos e, principalmente, com revestimento de menor espessura. Neste contexto, o solo-cimento e a mistura de pó de pedra com material fresado tiveram destaque, sendo assim, essa é uma boa combinação de materiais para base e sub-base.

Descrição

92 f.

Palavras-chave

Engenharias, Engenharia Civil, Dimensionamento, Pavimentos flexíveis, Acessos industriais

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