Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde
Carregando...
Data
2018-10-29
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O Brasil tem firmado compromissos internos e externos para a melhoria da qualidade da
atenção à saúde prestada à gestante e ao recém-nascido com o objetivo de reduzir a mortalidade
materna e infantil.
No ano de 2004, no âmbito da Presidência da República, foi firmado o ”Pacto pela Redução
da Mortalidade Materna e Neonatal” com o objetivo de articular os atores sociais mobilizados
em torno da melhoria da qualidade de vida de mulheres e crianças.
No Pacto houve a adesão de 26 Unidades Federadas, em um movimento articulado com as
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde
- CONASS, o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde- CONASEMS, a Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres - SEPM, a Secretaria Especial de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR e a Secretaria Especial de Direitos Humanos, entre
outras instituições governamentais e da Sociedade Civil. Esse processo de pactuação foi
considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) exemplar como modelo de mobilização
e diálogo social.
A redução da mortalidade neonatal foi assumida como umas das metas para a redução
das desigualdades regionais no País em 2009 sob a coordenação do Ministério da Saúde.
O objetivo traçado foi de reduzir em 5% as taxas de mortalidade neonatal nas regiões da
Amazônia Legal e do Nordeste brasileiro.
No cenário internacional, o Brasil assumiu as metas dos Objetivos do Desenvolvimento do
Milênio, dentre as quais está a redução da mortalidade infantil. O Objetivo do Desenvolvimento
do Milênio 4 (ODM 4) tem como meta reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015,
a mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade. Em 2008, a taxa de mortalidade
na infância no Brasil era de 22,8 óbitos por mil NV, com redução consistente em todas as
regiões do País nos últimos anos. Desde 1990, ano-base para comparação do avanço dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), até 2008, a redução nacional média foi de
58%, com diferenças regionais: 62% na região Nordeste, 57% na região Sul, 55% na região
Sudeste e 53% nas regiões Norte e Centro-Oeste. Na meta definida para este ODM, a taxa de
mortalidade na infância deve ser reduzida para 17,9 óbitos por mil NV até 2015. Estima-se
que, se persistir a tendência de redução atual, o Brasil atingirá a meta antes do prazo.
Atualmente, a mortalidade neonatal é responsável por quase 70% das mortes no primeiro
ano de vida e o cuidado adequado ao recém-nascido tem sido um dos desafios para reduzir
os índices de mortalidade infantil em nosso país. De fato, o componente neonatal da mortalidade
infantil é aquele estreitamente vinculado aos cuidados no período da gestação, do nascimento e do recém-nascido. Implica, portanto, o acompanhamento por parte dos profissionais
de saúde em todo ciclo de gestação, a atenção adequada no momento do nascimento
e os cuidados destinados aos recém-nascidos, em todos os níveis de complexidade.
A presente publicação do Ministério da Saúde vem no sentido de disponibilizar aos
profissionais de saúde o que há de mais atual na literatura científica para o cuidado ao
recém-nascido. Em linguagem direta e objetiva, o profissional de saúde irá encontrar nos
quatro volumes desta obra orientações preciosas baseadas em evidências científicas que
possibilitarão atenção qualificada e segura ao recém-nascido sob o seu cuidado.
Descrição
205 f.
Palavras-chave
Ciências da saúde., Atenção a saúde., Recém-nascido (RN).