Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS

dc.contributor.authorMendonça, Barbara Gündel
dc.date.accessioned2019-12-16T23:50:18Z
dc.date.available2019
dc.date.available2019-12-16T23:50:18Z
dc.date.issued2019-12-16
dc.description82 f.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução Na evolução do pensamento administrativo as organizações passaram por processos de reestruturação, buscando formas de gestão mais flexíveis. As Instituições de Ensino Superior também são entendidas como organizações onde pessoas se interligam para atingir objetivos e metas. A transformação social pela qual passaram as empresas de maneira geral, também atingiu o setor do ensino. Dentre essas mudanças estão o desafio pessoal e a busca por responder às expectativas projetadas sobre eles. Além do desempenho docente de excelência, busca-se a integração da matéria de ensino, que “integre-a ao contexto curricular e histórico-social, utilize formas de ensinar variadas, domine a linguagem corporal/gestual e busque a participação do aluno” (CARLOTTO, p. 189, 2002). E quando isso não acontece, ou não acontece conforme o planejado, há o sentimento de insatisfação, falta de motivação, problemas de nível afetivo como relacionamento sociais com colegas e/ou chefia, e isso inclui os demais colaboradores da instituição, não propriamente docentes, mas demais profissionais que podem agravar o quadro acima e partilhar de insatisfações da mesma ordem, ou não entendem o descontentamento e a insatisfação pelo seu próprio trabalho. Nesse contexto, o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), discutido por diversos autores e correntes de pensamento é cada vez mais presente dentro da gestão de recursos humanos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e mensurar a QVT dos funcionários de uma instituição de ensino superior do noroeste do RS, em dois departamentos alocados no campus sede, aqui denominados DeY e DeX, no período compreendido entre janeiro e julho de 2019.Metodologia Quanto à natureza, a presente pesquisa enquadra-se na classificação de Pesquisa Aplicada. Dentro da abordagem de investigação, apresenta uma abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos, a pesquisa enquadra-se como exploratória e descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos a que se referem ao estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, a documental, a pesquisa de campo, a survey e o estudo de caso. A pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico citado anteriormente, com pesquisa em livros digitais e físicos, artigos, teses, publicações avulsas e revistas digitais. Na pesquisa de campo, buscou-se o aprofundamento das questões propostas, sendo desenvolvida no local dos fenômenos, no caso, a organização em questão, utilizando-se a observação direta. A pesquisa documental, de modo geral, envolve documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002). Outro procedimento empregado foi o método de Levantamento, também conhecido como Survey ou Enquete, utilizado para coleta de dados primários. (ZAMBERLAN, 2008). O universo da amostra define-se como professores e técnicos administrativos e/ou de apoio alocados a dois departamentos da Universidade investigada. Neste universo encontra-se o número de 155 professores e 29 técnicos administrativos e/ou de apoio, totalizando 184 pessoas. Os sujeitos da pesquisa são, de fato, as pessoas que forneceram os dados necessários para a pesquisa. Dessa forma, dos 184 indivíduos questionados, 68 funcionários responderam o questionário. A forma de mensuração utilizada na análise dos dados coletados com os questionários utilizou a Escala de Likert. Esta escala exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância como cada questão proposta. Neste estudo utilizou-se a escala com cinco níveis de satisfação: 5) Muito satisfeito; 4) Satisfeito; 3) Indiferente (nem satisfeito nem insatisfeito); 2) Insatisfeito; e 1) Muito insatisfeito. E também foram utilizadas as questões norteadoras da pesquisa junto aos gestores para investigação quanto ao que existe referente à programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Resultados A presente pesquisa apresentou dados consideráveis quanto à satisfação no universo colaborador. Após análise das questões sócio/econômicas os respondentes foram questionados 6 acerca da QVT em diferentes âmbitos. Dentro da questão referente às condições físicas do ambiente de trabalho, os resultados demostraram, em sua maioria, a satisfação dos respondentes. Quanto à saúde e benefícios, percebe-se que muitos funcionários desconhecem ou não utilizam os programas existentes, desta forma a resposta “Não se Aplica” teve grande representatividade. No item motivação e moral, de maneira geral, apresentou-se respostas significativamente satisfatórias com relação, ou seja, as pessoas estão satisfeitas em realizar um trabalho agradável e desafiante, também lhes agrada o grau de interesse que suas tarefas despertam. Então, as pessoas estão trabalhando de maneira alegre e feliz, porém, não vislumbram oportunidades de crescimento, igualdade de tratamento e feedback sobre o trabalho realizado, isso foi manifestado como insatisfação. Com relação à Compensações, em média, 60% dos respondentes estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as compensações. As retribuições organizacionais, por intermédio de salário e promoções, é um dos elementos que moldam o estado mental positivo do BET – Bem Estar no Trabalho e influenciam diretamente na QVT. De maneira geral, os respondentes mostram-se satisfeitos e muito satisfeitos com os itens colaboradores frente à oportunidade de desenvolvimento de sua criatividade; com os programas de participação oferecidos pela instituição; com a liberdade de manifestação de ideias, dentro do item participação, tendo 60% ou mais de aprovação nestes. Quanto à comunicação, relativo a “conhecer as metas organizacionais” este apresenta maior satisfação 80%. O item relacionado ao “fluxo de informações” apresenta 70% de satisfação entre os respondentes. Em relação à “transparência nas comunicações”, ao contrário dos demais, esse item apresentou um número expressivo de indiferentes e insatisfeitos, totalizando 49%. A questão referente à Imagem da Organização, apresentou níveis significativo de satisfação. Demostrando a tradição da instituição e sua “relevância para com a comunidade externa” 88% de satisfação; “atenção dados ao seu público externo” – alunos, 75% ; e “valores da instituição alinhado aos valores éticos da sociedade”, 88%. De maneira geral, os respondentes estão satisfeitos com a relação estabelecida com seus superiores, todos os itens questionados apresentaram 60% ou mais de satisfação. O item sobre apoio sócio emocional recebido apresentou, porém, um nível considerável de descontentes: 32% (entre indiferentes, insatisfeitos e muito insatisfeitos). As questões referentes à organização no trabalho buscaram analisar como os colaboradores se sentem com relação à inovação em métodos e processos, funcionamento das 7 equipes de trabalho, variedade das tarefas realizadas, ritmo de trabalho. Estes itens apresentaram descontentamento significativo por parte dos respondentes. A última questão, relacionada a condutas e sentimentos inadequados no ambiente de trabalho e com possibilidades de resposta Sim e Não, trouxeram à discussão a questão do assédio (moral e sexual), sendo que 16% dos respondentes admitiram sofrer algum tipo de assédio por colegas, e 13% por superiores. Com relação aos itens sobre comentários, misóginos, homofóbicos ou outro tipo de preconceito relativo à religião ou cor da pele, vindo de colegas ou superiores, 24% informaram que já ouviram esse tipo de comentário por colegas e 15% ouviram de superiores. Conclusões A satisfação (ou não) com os itens apresentados é um dos elementos primordiais da satisfação no trabalho, assim como a relação com colegas, chefias, atividades realizadas e demais questionamentos. O que se extrai destes resultados é que se o colaborador se sente satisfeito com o ambiente, incluindo as pessoas que os cercam, se está contente com as retribuições oferecidas pela organização, assim como oportunidades de crescimento, benefícios de saúde, consequentemente será um funcionário produtivo, com emoções positivas e com comprometimento afetivo com seu trabalho. Da mesma forma, quando há descontentamento, há problemas como depressão, ansiedade e estresse. Condições de trabalho que afetam a saúde física e psicológica dos funcionários trazem prejuízos à empresa, tanto financeiros como situações que denigrem sua imagem perante a comunidade.pt_BR
dc.identifier.urihttps://bibliodigital.unijui.edu.br/items/79a06847-ab35-45d4-85a3-a2ea82ef8b92
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectCiências sociais aplicadaspt_BR
dc.subjectAdministraçãopt_BR
dc.subjectQualidade de Vidapt_BR
dc.subjectGestão de Pessoaspt_BR
dc.subjectEnsino Superiorpt_BR
dc.titleComo eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RSpt_BR
dc.typeMonografiapt_BR
mtd2-br.advisor.instituationUniversidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulpt_BR
mtd2-br.advisor.nameAlbarello, Sandra Regina

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