Síndrome HELLP e as alterações na coagulação
Carregando...
Data
2014-05-05
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A saúde pública nos países em desenvolvimento tem enfrentado sérios problemas com a
mortalidade materna. O período de reprodução da mulher vem acompanhado de significativas alterações
fisiológicas, o que a predispõe a determinados riscos que possam interagir em sua condição gravídica,
podendo destacar a Doença Hipertensiva Específica da Gravidez ou pré-eclâmpsia. Nessa perspectiva, o
objetivo geral é verificar os mecanismos que promovem o processo hemostático em pacientes gestantes
com a patologia da pré-eclâmpsia e Síndrome HELLP. A pré-eclâmpsia é uma alteração multissistêmica
particular do período gestacional, caracterizada pela elevação da pressão (Pressão arterial maior ou igual a
140 x 90 mmHg) e presença de proteinúria (Igual ou superior a 300 mg/24 horas). O diagnóstico final é
realizado a partir da vigésima semana de gestação ou nos primeiros dias após o parto. Incluindo diversas
manifestações clínicas, a pré-eclâmpsia acarreta disfunções hepáticas, ocasionando inflamações
sistêmicas e anormalidades hematológicas. Esta última é caracterizada por uma exaustão de plaquetas,
fatores de coagulação e fibrinogênio. Como uma de suas conseqüências seria a ativação do sistema
hemostático, que pode gerar uma coagulação intravascular disseminada (CIVD), a pré-eclâmpsia pode
constituir um quadro de Síndrome HELLP, que tem origem do inglês – Haemolysis, Elevated Liver
Enzymes, Low Platelets. A isquemia placentária é o evento inicial da síndrome, com a liberação de Fator
Circulante Tóxico Endotelial, que lesaria as substâncias vasoconstritoras, nesse caso, a serotonina e
tromboxano A2. A constante ativação plaquetária pode acarretar em um aumento no consumo de
plaquetas, resultando em uma elevação da capacidade de síntese, promovendo uma trombocitopenia. A
trombocitopenia é a alteração da coagulação que se apresenta precocemente na Síndrome HELLP. Em
fase acelerada da moléstia, ocorre aumentos dos tempos de protrombina e tromboplastina parcial, além
da diminuição do fibrinogênio. Com isso, a CIVD pode compor a Síndrome HELLP. Um grupo de 1405
gestantes com pré-eclâmpsia foi avaliado, destas, 395 mulheres (28%) apresentaram trombocitopenia,
sendo que os resultados anormais de coagulação não foram verificados no estudo desse grupo. Já
pacientes que apresentaram trombocitopenia com plaquetas inferiores a 100000/mm³, os resultados dos
testes laboratoriais de coagulação foram significativos, apesar de manifestar-se em 105 gestantes.
Modificações no sistema renal, hepático e cardiovascular marcam a síndrome e geram conseqüências
fatais ao complexo mãe-bebê quando o diagnóstico ocorre de maneira errônea ou tardia.
Descrição
16 f.
Palavras-chave
Ciências da Saúde, Hematologia Laboratorial, Pré-eclâmpsia, Síndrome HELLP, Trombocitopenia, Coagulação