Cuidado prestado pelo familiar ao paciente oncológico em cuidados paliativos na ótica de enfermeiros

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Data

2012-08-15

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Resumo

Conhecer a percepção de enfermeiros que trabalham em Unidades de Cuidados Paliativos em um Instituto de Oncologia acerca do envolvimento dos familiares no cuidado ao seu ente com câncer em Cuidados Paliativos. Estudo de natureza qualitativa e descritiva, no Instituto Português de Oncologia – IPO. Desenvolvido no Serviço de Cuidados Paliativos da cidade de Porto, Portugal. Participaram do estudo 07 enfermeiros que trabalham no referido instituto. Foram critérios de inclusão: aceitar participar da pesquisa, ser enfermeiro do Serviço e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A obtenção das informações por meio de entrevista semi - estruturada, no período de Junho e Julho de 2011. Primeiramente ocorreu o preenchimento dos dados de identificação e uma pergunta aberta, gravada em áudio tape, transcritas na íntegra e posteriormente analisadas. Os aspectos éticos foram observados e o projeto foi aprovado mediante parecer consubstanciado nº 107/2011, pelo Comitê de Ética da Unijui. A análise das informações ocorreu por meio da ordenação, na qual se procederam de transcrição das entrevistas, leitura, releitura e organização dos materiais; classificação dos dados. Nesta ultima etapa com a articulação dos dados emergiu duas categorias analíticas: a primeira versa sobre os motivos que levam ao envolvimento do cuidado do seu ente e a segunda os fatores que não contribuem para o envolvimento no cuidado na perspectiva da enfermeira. O envolvimento do familiar no cuidado do seu ente internado traz benefícios diretos a este ente, uma vez que encontra conforto, segurança e apoio. Os familiares que se envolvem nos cuidados são os que aceitam a condição clínica do doente, por mais árdua que seja. Ter uma adequada informação sobre os cuidados evidenciou – se como outro motivo para envolverem – se, assim como o apoio dos enfermeiros e ensino para desempenhar a assistência. Aliados a estes, a vontade pessoal de participar também está presente. Aos familiares que preferem não envolverem – se o cansaço de ter que cuidar diariamente reflete no distanciamento deste, assim como os que contratam cuidadores externos acabam por não participar. O medo e a percepção de não estarem aptos para cuidados que exigem capacidade técnica e elevado conhecimento é outro fator que influenciou ao não envolvimento. Não ter “perfil” de cuidador corroborou para não cuidar. Considera – se que este trabalho poderá estimular pesquisadores para futuras pesquisas acerca deste tema, pelas incidências de doenças crônicas e câncer e o paliativismo será uma modalidade de cuidado cada vez mais presente. O enfermeiro como gerenciador do cuidado deve atentar para uma visão humanizada, com sabedoria em relação á importância dos cuidados paliativos para os doente em terminalidade.

Descrição

21 f.

Palavras-chave

Câncer, Cuidados paliativos, Familiar, Cuidador, Enfermeiro, Enfermagem

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