Diagnóstico de tuberculose drogarresistente: a utilização do teste molecular no Rio Grande do Sul

Abstract

Objetivo: avaliar os casos de tuberculose drogarresistente no estado do Rio Grande do Sul, no período de 2011 a 2021 e discutir as metodologias de diagnóstico utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a identificação do patógeno, comparando-as com os novos métodos moleculares. Métodos: trata-se de uma revisão de literatura com coleta de dados estatísticos, baseada em leituras de boletins epidemiológicos e artigos científicos de referência. Os dados estatísticos foram coletados a partir de registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) para análise da situação do Estado com tabelas e gráficos realizados no software Microsoft Excel. A população de análise foi selecionada a partir dos casos de tuberculose resistente aos fármacos Rifampicina e Isoniazida e também, aos fármacos de Primeira Linha, notificados no Brasil e no Rio Grande do Sul no período de 2011 a 2021. Resultados: Dentre os resultados encontrados com a pesquisa, o Rio Grande do Sul encontra-se entre os três estados com maior número de carga de tuberculose drogarresistente do país entre 2011 a 2021. Além disso, grande parte dos casos novos no estado têm padrão de resistência à rifampicina. Em 2014, em alguns municípios, foi implementado o teste molecular pelo SUS, desde então tem sido crescente o número dos testes realizados. Conclusão: o Rio Grande do Sul apresenta-se com crescentes casos de tuberculose drogarresistente, relacionados a diversos fatores, além da resistência primária. A maior oferta de testes moleculares é uma das estratégias para o diagnóstico precoce da doença e sua respectiva resistência à rifampicina devido a rapidez do método, além de sensibilidade e especificidade altas.