O contexto econômico que motivou a greve dos caminhoneiros em Maio/2018

Abstract

A greve dos caminhoneiros, ocorrida no primeiro semestre de 2018, foi um dos eventos que marcaram a economia do Brasil naquele ano. O movimento contribuiu para gerar um ambiente de incertezas e afetar negativamente uma economia cuja recuperação já era lenta. Agropecuária, construção civil e indústria automotiva foram atingidas, bem como, as contas públicas. Considerando que esse evento atingiu toda a população brasileira de alguma forma, este trabalho teve como objetivo identificar os fatores que levaram os caminhoneiros até a greve de maio de 2018, contextualizando os efeitos do evento na economia. Especificamente, buscou conceituar logística e os principais modais de transporte utilizados, bem como, analisar como se faz o transporte de cargas no Brasil. Buscou, também, conhecer as principais estruturas de mercado existentes, relacionando ao mercado do petróleo, o preço da commodities, taxa de câmbio e impostos, com o preço do óleo diesel na ponta, para, dessa forma, avaliar os impactos causados pela greve na economia do Brasil. O trabalho ainda aborda a participação dos governos na origem da crise e as políticas utilizadas na época para que as atividades fossem retomadas. Metodologicamente, optou-se por uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, e concluise que fortes altas nos preços do combustível (óleo diesel) foram os grandes propulsores da greve, que teve como principais impactos a queda do PIB no mês de maio de 2018 e alta em índices de inflação (IPCA) entre maio e junho de 2018. As reivindicações foram pela baixa no preço do diesel e pela cessação do pagamento de pedágio de eixos suspensos. Também, entrou na pauta a revisão da tabela de fretes, considerada defasada. Devido à imensa dependência nacional dos caminhões, a greve levou o país ao desabastecimento extremo. Por conta de sua dependência quase total do transporte rodoviário de carga, o país logo caiu refém do movimento. Assim, enquanto os caminhões permaneciam parados nas rodovias, a população sofria com o desabastecimento