Inquérito e avaliação da toxicidade dos filtros solares utilizados por moradores dos municípios de Ijuí e região: uma revisão de literatura

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2023-02-14

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Os protetores solares são preparações cosméticas contendo fotoprotetores, cuja finalidade é prevenir o eritema cutâneo causado pela radiação ultravioleta (UV). Os filtros podem ser classificados como orgânicos ou inorgânicos, dependendo das substâncias presentes na formulação. Porém, alguns componentes da formulação de protetores solares precisam ser analisados quanto ao seu nível de toxicidade, pois podem apresentar riscos para a saúde. Por este motivo, este trabalho teve como objetivo analisar as formulações de protetores solares para identificar as substâncias químicas ativas mais usadas como filtros solares e pesquisar dados sobre sua toxicidade e seus efeitos no organismo humano. O estudo envolveu questionário com moradores dos municípios de Ijuí e região (projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) com número do parecer 5.694.098), para posterior revisão de literatura. O questionário envolveu a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e perguntas como nome do participante e marca do protetor solar utilizado. Foram contabilizadas 22 marcas diferentes e a partir destas, foi pesquisada a composição dos filtros solares e então selecionadas as cinco principais substâncias químicas ativas utilizadas como filtro solar nestas formulações, e destas, foi realizada pesquisa bibliográfica sobre a toxicidade utilizando bases de dados Periódicos Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PubMed, Biblioteca Nacional de Medicina e Google Acadêmico. O questionário foi respondido por 40 participantes e os cinco filtros solares foram butil metoxidibenzoilmetano (39,3%), dióxido de titânio (17,9%), etil-hexil metoxicinamato (7,1%), óxido de zinco (7,1%) e oxibenzona (7,1%). Através da revisão de literatura, foi evidenciado que os filtros inorgânicos dióxido de titânio e óxido de zinco apresentaram substâncias atóxicas, além de serem muito eficazes. Esses filtros não foram irritantes nem fotossensibilizantes, pois não penetram além do estrato córneo da pele e, portanto, não são absorvidos sistemicamente, podendo ser usados por pessoas com histórico de alergia a fotoprotetores tópicos. No entanto, os filtros orgânicos como a oxibenzona, octinoxato e butil metoxidibenzoilmetano não apresentaram dados que indicassem o mesmo perfil de segurança. Eles foram relacionados a reações alérgicas, dermatite de contato, distúrbios endócrinos e renais. Neste sentido, a partir dos resultados obtidos, foi encontrada a presença de substâncias com possível potencial nocivo para a saúde humana, no caso dos filtros orgânicos, e substâncias não prejudiciais ao organismo humano, como os filtros inorgânicos. As evidências científicas disponíveis, no entanto, não são muito recentes e ainda não estão bem sistematizadas, sendo, por vezes, até contraditórias. Mesmo assim, esta pesquisa contribui para as áreas de saúde e biomédica e demonstra a importância do aprofundamento do estudo sobre essas substâncias e do maior detalhamento da concentração dos filtros solares na lista de ingredientes dos protetores solares, favorecendo maior transparência pelos laboratórios fabricantes para uso seguro do protetor solar.

Descrição

36 f.

Palavras-chave

Ciências da Saúde., Biomedicina., Protetor solar., Toxicidade., Butil metoxidibenzoilmetano., Etil-hexil metoxicinamato., Dióxido de titânio., Tetrametilbutilfenol., Oxibenzona.

Citação

Coleções