Pós-Graduação - Stricto Sensu
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Navegando Pós-Graduação - Stricto Sensu por Autor "Amaral, Antonio Carlos Gonçalves do"
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Item Um espaço pedagógico de construção da autonomia possível às pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si(2019-07-23) Amaral, Antonio Carlos Gonçalves doO estudo envolve as pessoas com esquizofrenia e seus familiares no CAPS II, na cidade de Ijuí, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. No total, foram entrevistados vinte e um (21) usuários e vinte e um (21) de seus familiares. A pesquisa tem como problemática: “Um espaço pedagógico de construção da autonomia possível às pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si”. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva compreensiva de Minayo (2013), acrescida da análise de conteúdo de Bardin (2011). Contém um resumo histórico da reforma psiquiátrica no Brasil, associando-a com a fala dos usuários e de seus familiares no atual contexto da mesma. Adquirem destaque na reforma psiquiátrica os usuários e os seus familiares no papel de protagonistas na produção de conhecimento. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) recebe atenção especial por ser um indispensável referencial para o momento atual da saúde mental no Brasil. O CAPS II, como território pedagógico, por meio do grupo mostra o enfrentamento dos déficits cognitivos, frequentemente presentes nas pessoas com esquizofrenia, por meio de um relato da circulação dos usuários por diferentes “territórios culturais” da cidade de Ijuí e da região. No processo educativo, usa-se a educação popular como um método para dialogar com os usuários e seus familiares sobre esta nova realidade possível em saúde mental, qual seja, a construção da autonomia possível às pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si. Associam-se, necessariamente, a participação familiar e sua observação da participação ativa e criativa dos usuários por meio da técnica do grupo operativo (PICHON RIVIERE 2009). Examina-se a autonomia como um processo de emancipação, na visão de Freire (2013) por meio de uma educação popular, e na contextualização de Foucault (2014) a partir do cuidado de si. O aprendizado da autonomia para o cuidar de si é o que se espera encontrar nas respostas dos usuários e de familiares tendo como pano de fundo o “grupo operativo-terapêutico”. É necessário que, além da inclusão social da pessoa com esquizofrenia inicialmente em sua família e na própria comunidade, se evidencie o quanto de empoderamento essas pessoas estão conquistando para o cuidar de si nesse processo de retorno à sua comunidade e à sua própria família. Observa-se ao longo desta investigação o quanto o “grupo operativo-terapêutico” pôde constituir-se num espaço pedagógico para a construção da autonomia possível às pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si.Item A inclusão social de pacientes psicóticos: um enfoque educativo em psiquiatria por meio de um grupo terapêutico(2014-07-16) Amaral, Antonio Carlos Gonçalves doEsta é uma pesquisa de avaliação, de natureza qualitativa do tipo descritivo exploratório, acrescida da análise de conteúdo nos resultados encontrados. Com esta pesquisa viso avaliar a experiência psiquiátrica em inclusão social dos pacientes psicóticos em tratamento no CAPS II de Ijuí/RS, operacionalizada por meio de uma prática de ensino e aprendizagem em grupo terapêutico de atividade multidisciplinar e sua real competência como alternativa terapêutica. Ressalto que o grupo não pode ser visto só como um instrumento de pesquisa, mas como o próprio meio de socialização. A população foi constituída de doentes mentais com esquizofrenia, que frequentam regularmente os grupos terapêuticos no CAPS II, de Ijuí/RS. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com perguntas fechadas (objetivas) e abertas (subjetivas) nos três segmentos pesquisados: pacientes, cuidadores/familiares e profissionais da saúde mental atuantes no grupo terapêutico. Essas entrevistas foram aplicadas por um entrevistador, que não participa do grupo, assegurando o tão importante caráter de neutralidade. Utilizei para análise qualitativa o método de Minayo (2001) e para a análise de conteúdo, o método de Bardin (2011). Constatei nas respostas quantitativas o atual estágio de evolução do paciente em seu tratamento; e nas respostas qualitativas, a competência ou não do grupo terapêutico nesse processo evolutivo, que busca a inclusão social desses pacientes. As respostas dos pacientes permitem perceber seu desempenho cognitivo revelando capacidade para uma discussão reflexiva sobre as temáticas escolhidas, o que lhes propicia a apropriação de suas emoções, do seu corpo, de sua história - elementos indispensáveis para a constituição do indivíduo no social. Aos cuidadores/familiares, uma vivência reflexiva sobre as referidas questões, o que podemos considerar uma experiência (aprendizagem) que permite aproximarem-se mais de seu paciente, criando um meio mais acolhedor e mais real para o mesmo. Aos profissionais da saúde mental, a percepção do quanto esses pacientes têm sua capacidade cognitiva presente, embora, inicialmente, mais limitada pela distorção da realidade. Esta capacidade permite aos pacientes fazerem o adequado aprendizado reflexivo sobre sua doença mental e compreender que esta não o impede de participar no social. Concluí que a terapia de grupo foi eficiente para encontrar alternativas junto à educação que permitam a inclusão social, oportunizando ao paciente, aos cuidadores/familiares e profissionais da saúde mental pudessem vivenciar suas práticas de forma reflexiva, transformando-as em experiências (aprendizagem).