Um espaço pedagógico de construção da autonomia possível às pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si
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Data
2019-07-23
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Resumo
O estudo envolve as pessoas com esquizofrenia e seus familiares no CAPS II, na
cidade de Ijuí, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. No total, foram entrevistados
vinte e um (21) usuários e vinte e um (21) de seus familiares. A pesquisa tem como
problemática: “Um espaço pedagógico de construção da autonomia possível às
pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si”. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa descritiva compreensiva de Minayo (2013), acrescida da análise de conteúdo
de Bardin (2011). Contém um resumo histórico da reforma psiquiátrica no Brasil,
associando-a com a fala dos usuários e de seus familiares no atual contexto da mesma.
Adquirem destaque na reforma psiquiátrica os usuários e os seus familiares no papel de
protagonistas na produção de conhecimento. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
recebe atenção especial por ser um indispensável referencial para o momento atual da
saúde mental no Brasil. O CAPS II, como território pedagógico, por meio do grupo
mostra o enfrentamento dos déficits cognitivos, frequentemente presentes nas pessoas
com esquizofrenia, por meio de um relato da circulação dos usuários por diferentes
“territórios culturais” da cidade de Ijuí e da região. No processo educativo, usa-se a
educação popular como um método para dialogar com os usuários e seus familiares
sobre esta nova realidade possível em saúde mental, qual seja, a construção da
autonomia possível às pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si.
Associam-se, necessariamente, a participação familiar e sua observação da
participação ativa e criativa dos usuários por meio da técnica do grupo operativo
(PICHON RIVIERE 2009). Examina-se a autonomia como um processo de
emancipação, na visão de Freire (2013) por meio de uma educação popular, e na
contextualização de Foucault (2014) a partir do cuidado de si. O aprendizado da
autonomia para o cuidar de si é o que se espera encontrar nas respostas dos usuários
e de familiares tendo como pano de fundo o “grupo operativo-terapêutico”. É necessário
que, além da inclusão social da pessoa com esquizofrenia inicialmente em sua família e
na própria comunidade, se evidencie o quanto de empoderamento essas pessoas estão
conquistando para o cuidar de si nesse processo de retorno à sua comunidade e à sua
própria família. Observa-se ao longo desta investigação o quanto o “grupo
operativo-terapêutico” pôde constituir-se num espaço pedagógico para a construção da
autonomia possível às pessoas com esquizofrenia para o melhor cuidar de si.
Descrição
142 f.
Palavras-chave
Ciências humanas., Esquizofrenia., Grupo operativo-terapêutico., Autonomia para o cuidar de si