Desempenho de consórcios forrageiros de estação fria com espécies leguminosas perenizadas
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Data
2012-03-22
Autores
Bortolin, Felipe
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Resumo
A atividade da pecuária leiteira compõem grande parte da renda das pequenas
propriedades rurais na região noroeste do Rio Grande do Sul. A produção de leite, na estação fria, é desenvolvida essencialmente a pasto e conduzida em pastagens de gramíneas consorciadas ou
não com leguminosas sendo, esta, opção comumente vantajosa. O usufruto das vantagens
advindas da utilização de consórcios com leguminosas forrageiras de estação fria depende do adequado manejo do pastejo e conhecimento das aptidões de cada espécie. O objetivo desse estudo é avaliar a produção de consórcios forrageiros hibernais com leguminosas em dois anos de cultivo. O ensaio foi conduzido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural, em Augusto
Pestana/RS, nas estações frias de 2009 e 2010. As pastagens foram estabelecidas em 2008 e foram considerados tratamentos os consórcios formados por aveia preta + azevém anual, em
cultivo exclusivo de gramíneas, e deste com as leguminosas trevo vesiculoso, trevo vesiculoso +
trevo branco, trevo branco, cornichão), cornichão + trevo branco ou trevo vermelho. As
gramíneas foram semeadas anualmente em linha. As sementes de leguminosas foram inoculadas com rizóbio específico, peletizadas e semeadas a lanço. Os consórcios foram instalados em
piquetes de 450 m² e manejados sob pastejo com vacas em lactação. Foram possíveis três
avaliações de produção de forragem em cada ano estudado (2009/10). As variáveis em estudo
foram as produções acumuladas de matéria seca total e de lâminas foliares dos consórcios e
produções acumuladas de matéria seca total e de lâminas foliares das leguminosas (kg ha-1 de MS), a cada avaliação e em todo o período de utilização das pastagens, em cada ano de cultivo.
Os consórcios com trevo vermelho ou trevo vesiculoso apresentaram produções satisfatórias,
sendo espécies com bom potencial de produção primaveril. A germinação e emergência precoces
de azevém espontâneo, oriundo de ressemeadura natural, parece ter efeito negativo sobre o
estabelecimento e produção das espécies leguminosas anuais (especialmente o trevo vesiculoso)
devido, provavelmente, à competição. O cornichão não apresentou bom desempenho,
apresentando baixa tolerância a pisoteio e pastejo. O trevo branco, após perenizado, adquire
capacidade competitiva e persiste com as demais espécies do consórcio, demonstrando potencial,
inclusive, para a antecipação da produção de forragem no período outonal. As espécies gramíneas são responsáveis pela maior parte da produção de forragem total dos consórcios, mas a inclusão de espécies leguminosas aumenta a produção total de lâminas foliares, capacitando a melhoria na
qualidade da forragem ofertada. A utilização das leguminosas forrageiras hibernais, em consórcio com gramíneas hibernais, permite o prolongamento do período produtivo das pastagens e maior produção de lâminas foliares no período primaveril.
Descrição
72 f.
Palavras-chave
Forragem, Consórcios forrageiros, Estação fria, Avena sativa L., Lolium multiflorum, Lotus corniculatus, Trifolium pratense, Trifolium repens, Trifolium vesiculosum