A mulher no mundo do trabalho: peculiaridades, conquistas e perspectivas
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Data
2012-09-10
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Resumo
Desde a Antiguidade, a mulher amargou uma situação de inferioridade em relação ao homem.
Especulam os estudiosos que tal condição teria advindo, especialmente, em função de sua
condição de reprodutora da espécie. Enquanto o homem buscava desenvolver meios de
garantir a sobrevivência, criando técnicas e instrumentos, a mulher via-se ligada à natureza,
sujeita às oscilações geradas pela maternidade. A partir da Revolução Industrial, foi inserida
no mundo operário, onde foi arduamente explorada, por ser considerada, junto com as
crianças, uma meia-força. Nesse período, quando o liberalismo pairava sobre o Estado e
autorizava que se considerasse o trabalho humano uma mercadoria sujeita à lei da oferta e da
procura, a mulher operária trabalhava muito e valia pouco. Contudo, o liberalismo radical foi
se abrandando e dando espaço ao nascimento do chamado Direito do Trabalho. Na Europa,
foi fruto das lutas operárias. No Brasil, apesar da situação também exigir que o mesmo
florescesse, foi mais uma concessão do governo do que uma conquista do trabalhador. E o
novo direito, querendo compensar a árdua e injusta trajetória da mulher operária, trouxe várias
proibições quanto ao trabalho feminino. Contudo, tais garantias colocavam a mulher em
situação de desigualdade jurídica em relação ao homem, o que acabou trazendo mais
discriminações do que benefícios. Assim, na atualidade, as normas específicas relativas à
mulher trabalhadora referem-se mais à sua condição biológica. As normas relativas à
maternidade e o contexto familiar da mulher têm reflexos no mundo do trabalho feminino. O
estudo dessas questões relativas à mulher contemporânea é de grande importância para o
desenvolvimento das sociedades.
Descrição
84 f.
Palavras-chave
Trabalho feminino, Direitos sociais, Igualdade, Maternidade, Co-responsabilidade, Mestrado em Desenvolvimento