A geografia do Brasil na educação básica
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Data
2012-09-21
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Resumo
A Geografia Escolar brasileira e a Geografia, enquanto saber científico,
se constituíram a partir dos paradigmas teóricos e metodológicos da
Geografia Clássica e da Pedagogia Tradicional. As renovações
paradigmáticas da ciência e da escola foram desenvolvidas,
marcadamente, na segunda metade do século XX. No caso desta
disciplina escolar, esses processos renovadores podem ser identificados
no movimento da Geografia Crítica e, mais recentemente, no
movimento de Reconstrução Curricular, oficializado nos Parâmetros
Curriculares Nacionais. Nesse contexto, a presente tese contempla a
análise dessas heranças e apresenta a proposta de uma Geografia Escolar
com prioridade no estudo do Brasil como referência para a organização
do currículo na Educação Básica. Defendemos o entendimento de que
essa escolha de conteúdo possa significar a renovação necessária, ou a
ruptura que ainda falta para (re) significar a prática de ensino desta área
do conhecimento. Os fundamentos para a análise geográfica dessa
proposta estão relacionados ao paradigma teórico e metodológico da
formação socioespacial nas escalas geográficas nacional, regional e ou
sub-regional. No paradigma do geossistema, quando a interpretação
geográfica se dá a partir da natureza, seja na escala dos grandes
domínios naturais e ou de outras dimensões escalares, por exemplo, a de
uma bacia ou micro-bacia hidrográfica. E, ainda, quando pertinente ou
necessário é possível recorrer ao uso das interpretações fundamentadas
no paradigma fenomenológico. As pedagogias do oprimido (Freire) e
histórico-crítica (Saviani) são relacionadas com as proposições que
denominamos “metodologias cooperativas” de ensino-aprendizagem:
projeto de trabalho, unidade temática, estudo do meio e situação de
estudo, formatando, assim, as referências para a didática da Geografia.
Escrevemos, então, sobre a Geografia do Brasil real para ampliar as
reflexões de método e a interpretação do território brasileiro,
explicitando as proposições de regionalização e, também, as
interpretações relacionadas com as áreas temáticas da ciência
geográfica: agrário, urbano, indústria, circulação e população. A análise
geográfica do Brasil assume a compreensão do território usado, ou seja,
as progressivas transformações de um meio natural para um meio
técnico e para um meio técnico-científico-informacional. Na sequência,
tratamos das práticas de ensino desde as origens até a atualidade,
identificando as heranças e as necessidades de rupturas e continuidades.
O livro didático e ou os documentos curriculares mais atuais foram as
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fontes de pesquisa para o resgate e análise dessa trajetória. No momento
seguinte trabalhamos a nossa síntese propositiva de forma e conteúdo.
Elaboramos, então, as possibilidades de ensino por meio das
metodologias cooperativas e destacamos algumas das possibilidades de
temas didáticos da Geografia Escolar do Brasil. Refletimos, também,
sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação e sobre as
formas gráficas e cartográficas como recursos didáticos. Finalizamos
com uma proposta demonstrativa de planejamento de unidade temática,
associando conteúdo e forma.
Descrição
208 f.
Palavras-chave
Geografia do Brasil, Ensino de Geografia, Educação básica, Geografia