A escrita em psicanálise: do documento à experiência clínica

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Data

2016-06-03

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Resumo

O presente trabalho aborda as questões da escrita em psicanálise a partir da normatização do Conselho Federal de Psicologia que torna obrigatória a elaboração de prontuários psicológicos e registros documentais oriundos do exercício profissional do psicólogo. Abarca conceitos oriundos da arquivologia, no que tange a documentos e arquivos, e situa acerca dos arquivos produzidos por dois dos grandes mestres da psicanálise: Sigmund Freud e Jacques Lacan. A partir dos casos clínicos publicados por Freud, fala-se dos registros documentais produzidos no fazer do psicólogo e sua obrigatoriedade legal a partir da Resolução 001/2009, do Conselho Federal de Psicologia. Em continuidade, tratando-se de arquivo, memória e escrita em psicanálise, faz-se contrapontos entre o estádio do espelho lacaniano e o arquivo, o bloco mágico de Freud e o sistema pré-consciente – consciente, a escrita em psicanálise e a escrita decorrente da experiência clínica. Da análise bibliográfica que foi realizada pode-se concluir que, buscando atender a uma exigência legal do conselho que nos representa enquanto psicólogos, não escrevemos, então, de um lugar estranho, mas de um lugar onde nos colocamos enquanto sujeito, uma vez que o sujeito que escuta encontra-se implicado na experiência. A escrita psicanalítica adquire legibilidade quando passa do imaginário ao simbólico e é, portanto, uma reconstrução do inconsciente que nos é comunicado pelo paciente através das associações livres.

Descrição

35 f.

Palavras-chave

Ciências Humanas, Psicologia, Escrita, Psicanálise, Documento, Arquivo, Memória

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