Desenhando a saúde na cultura corporal de movimento e dialogando além do currículo: protocolo e tecnologia mínima na educação física escolar

Resumo

O estudo é uma cartografia de foco qualitativo do ser discente no Mestrado Profissional de Educação Física em Rede (PROEF), UNIJUÍ/UNESP, com suas criações e sensibilidades do ser professor de Educação Física na região metropolitana de Porto Alegre – RS, com objetivo de criar uma ferramenta didática denominada protocolo dialógico da saúde na cultura corporal de movimento. Neste estudo há o encontro entre pistas cartográficas reais chamadas “devaneios orgânicos” com foto, ferramentas didáticas pedagógicas e diário pessoal criados durante o PROEF; e pistas cartográficas ficcionais chamadas de “pitangas” com casos, sensações e narrativas sem uma verdade, e sim um mergulho no imaginário para perceber e construir possíveis territórios que atravessam o sujeito docente. O diálogo da cartografia não se dá numa linearidade, ou ordenação entre primeiros e últimos, mas sobre temas que aprofundaram e conversaram constantemente entre as pitangas e devaneios orgânicos gerando novos temas, aprofundamentos ou novas pistas, conduzindo novos rumos. Neste caso o rumo tomado, desenhado, apresentou-se por um aprofundamento das estruturas institucionais, sistemas e a construções de sentidos sobre a cidade, a saúde, a educação, a Educação Física Ecológica e a busca de um protocolo dialógico. Nestes temas foram atravessados sobre o entendimento de uma complexidade (MORIN, 2004) e ação ecológica (BETTI; GOMES-DA-SILVA, 2019; GUATTARI, 2007; LÉVY, 1993; MORIN, 2004) sempre redesenhando um modo de captar e conectar as partes num processo rizomático (DELEUZE; GUATTARI, 2000, 2000a, 2000b, 2011, 2012a, 2012b) e dialógico (FREIRE, 1994, 2006). A cidade foi aprofundada condição de pós-modernidade (BAUMAN, 2011, 2013), as identidades e a construção do seu território metropolitano. A saúde foi aprofundada na sua conceituação internacional pela Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS, 2018), sua aparição nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ITAMARATY, 2016), sua existência nacional com a legalidade a partir do processo democrático e as informações sobre a saúde dos escolares pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016). Ainda para a saúde, houvera dois levantamentos de estudos da CAPES de acesso CAFE dentre 2014 a 2019 (“protocolo” AND “saúde” AND “criança e adolescente”; “protocolo” AND “Educação Física”), para identificar temáticas e criar tipologias pertinentes para a prática docente e de atenção sobre o que se tem pesquisado. Sobre a educação houve reflexão sobre seus conceitos a partir Fórum de Economia Mundial da educação “4.0” na sociedade “VUCA”, o caminho da educação na cibercultura, o perigo da frente “Escola sem Partido”, apresentação da escola como espaço público, republicano e democrático, as estruturas da educação nacional entre leis, documentos, metas e mecanismos. Na Educação Física Ecológica, foi refletido e construído o conhecimento da cultura corporal de movimento (BETTI, 2009; BRACHT, 2019; BRASIL, 1997, 2018), os temas legitimadores (BRACHT, 2019), uma Educação Física Ecológica entre o sentir, perceber e agir no individual, social e ambiental (BETTI; GOMES-DA-SILVA, 2019), o espaço e da Educação Física curricular e extracurricular. No protocolo dialógico foram revividos temas e conceitos estudados junto da criação de uma diretriz e desenho que converse e favoreça o cuidado com a saúde na cultura corporal de movimento, interligando o que na cartografia foi apresentada. A cartografia é maior que este produto, pois nela há um caminho diverso e sem fidelidade ao inicial, com uma exploração maior da subjetividade, mas graças a esta possibilidade foi possível construir tal produto: Protocolo Dialógico para Saúde na Cultura Corporal de Movimento.

Descrição

171 f.

Palavras-chave

Ciências da Saúde., Cidade., Saúde., Saúde de escolares., Educação Física Ecológica., Educação Física Escolar., Cultura corporal de movimento., Rizoma., Protocolo., Dialogicidade.

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