Religiosidade e mística no movimento de mulheres agricultoras de Santo Cristo/RS: um processo de constituição de identidades por meio da educação popular
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Data
2018-05-07
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Resumo
A presente tese tem o propósito de aprofundar a compreensão acerca dos efeitos da
religiosidade e da mística na constituição das identidades femininas e as
possibilidades de empoderamento a partir do Movimento de Mulheres Agricultoras,
no caso específico, do município de Santo Cristo/RS. O foco é refletir sobre uma
experiência de Educação Popular que apresenta em sua constituição identitária
aspectos sociais e culturais que sofreram os impactos e os efeitos da religiosidade
em seu modo de vida e no cotidiano de suas ações. O método utilizado foi a
Educação Popular como caminho de constituição de sujeitos, de conhecimentos e
de poder. Utilizando-se do processo de ação-reflexão-ação (práxis), os sujeitos da
pesquisa também produzem conhecimento, ou seja, partem de sua realidade, de
suas experiências de vida para produzir conhecimento. Refletir sobre a ação, em um
movimento dialético entre teoria e prática, constitui-se como uma forma de
aprendizagem, de realização de uma pesquisa. Na pesquisa de cunho qualitativo,
foram realizadas entrevistas com algumas mulheres integrantes do movimento
supracitado. Objetivando o entendimento da questão, a pesquisa buscou
compreender como ocorre a constituição das identidades femininas a partir da
religiosidade. Por isso, fundamentalmente entram em cena conceitos religiosos e
também a relação histórica existente das mulheres com o meio ambiente natural. Na
sequência, é evidenciada a dialética existente entre opressão e emancipação. Em
seguida, a pesquisa ressalta os aspectos conceituais de opressão e a busca de
autonomia a partir do enfoque dos movimentos sociais e da Educação Popular. Por
fim, a análise centra-se na relação entre teoria e prática, enfatizando os efeitos da
religiosidade na vida em comunidade e na constituição de uma identidade cultural e
religiosa. Infere-se que há uma mística que transforma e empodera as mulheres em
movimento e que o envolvimento eclesial com a base foi fundamental para a
pastoral libertadora.
Descrição
163 f.
Palavras-chave
Ciências humanas, Educação nas ciências, Mulheres Agricultoras, Identidade, Educação Popular, Religiosidade