Ensaio de contraposição à norma pela adoção da pedagogia da diferença

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Oliveira, Sílvia Regina de

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Resumo

A presente dissertação visa a aprofundar conhecimentos sobre a prática de normalização na educação para vislumbrar a possibilidade de mudanças pedagógicas que estabeleçam novos modos de relação com a diferença, em benefício de todos os educandos, e não somente dos que são conceituados como deficientes. A pesquisa inicia apresentando dados dos períodos da antiguidade até o medieval para delinear a tradição fundante da desigualdade a partir da imposição da igualdade de comportamento. Segue complementando que a modernidade é destacada pelo uso dos mecanismos da racionalidade como modo de dominação na vida social e educacional. Também enfoca a Contemporaneidade a partir dos paradigmas da Educação Especial e das Políticas Públicas que têm sido inspiradas especialmente nas determinações da Declaração de Salamanca. Esta análise considerou a exclusão das diferenças para examinar a manutenção das relações de poder originadas na sociedade e incorporadas pela educação. Na sequência desta investigação foram abordados os aspectos concernentes à normalização para elucidar sua construção e sua trajetória aliadas às nomenclaturas que ilustram os discursos aos quais muitas pessoas já foram submetidas. Assim os conceitos da identidade, diversidade e diferença foram apresentados posteriormente como possibilidades de repensar a posição das pessoas com as denominadas necessidades educativas especiais. A interlocução de teóricos como Skliar, Bauman, Derrida, Hall e Foucault procurou esclarecer a instituição das relações de poder e dos regimes que se impõem na forma de limitações e incapacidades aos sujeitos que historicamente tiveram as suas características negadas na sociedade e até então, na maioria das vezes, também no meio educacional. Para finalizar a dissertação, foram analisadas as questões curriculares que, dentre tantos mecanismos educacionais, se destacam como determinantes das relações de poder espacial e temporal na educação. Assim foram apresentadas as informações de autores que defendem o uso de adaptações curriculares para os alunos com as denominadas necessidades especiais por entenderem que elas ampliam as possibilidades de aprendizagem destes educandos. Ainda nesta perspectiva a diversidade foi apresentada como o conceito que predomina no entendimento de que as oportunidades educacionais precisam ser transformadas para todos os educandos. No entanto, a consideração destes dados, que são apontados como alternativas de avanços pedagógicos, desvelam a continuidade do governamento dos sujeitos que se contrapõem à lógica da normalização. Então foi apresentada uma sucinta revisão dos fundamentos das relações de poder e saber com a finalidade de pontuar que novas práticas inclusivas só poderão surgir da problematização dos fundamentos da exclusão e, por conseqüência, da análise do currículo escolar. O trabalho apresentado pretende que a adoção da Pedagogia da Diferença não permaneça como ensaio de repetição da norma. Ou seja, que os mecanismos denominados como inclusivos sejam devidamente examinados para que a exclusão não continue sendo encenada cotidianamente.

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104 f.

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