O ato delinquente de adolescentes na sociedade: uma reafirmação à lei simbólica
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Data
2016-06-03
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Resumo
A adolescência é carregada de dúvidas e incertezas, momento no qual o sujeito é
cobrado pelo campo social a se sustentar em uma posição desejante para ser aceito.
Na busca de se auto-afirmar como sujeito independente, as marcas do nome do pai
se mostram insuficientes. É no momento de reedição do édipo e do narcisismo que o
jovem irá buscar novas identificações para lidar com as novas exigências pulsionais.
Por isso, o ato delinquente se destaca como se fosse um “desligamento da
autoridade”, nesta tentativa que o sujeito tem de se reafirmar como sujeito desejante.
Nesse enfrentamento com a LEI, o adolescente perde o ideal de eu infantil que ainda
os pais o colocam, e é nesse momento que há uma queda nas idealizações infantis
dando lugar à novas recolocações de questões identificatórias edípicas. Com isso, o
adolescente passa a convocar essa LEI, numa tentativa de destruição frente a esse
Outro, e de si mesmo enquanto criança (sujeito desejado), tentando afirmar-se como
sujeito desejante. Ao considerar a adolescência como uma posição psíquica
constituída a partir desse social definido a partir do Outro, o ato delinquente é uma
forma de enfrentamento frente à lei simbólica imposta por esse Outro social.
Descrição
49 f.
Palavras-chave
Ciências Humanas, Psicologia, Adolescência, Ato delinquente, Lei simbólica, Outro social