Percepções de enfermeiros sobre influências da sua formação inicial na implementação da sistematização da assistência de enfermagem em contexto hospitalar
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Meneghete, Maria Cristina
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Resumo
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com enfoque descritivo e interpretativo da realidade,
desenvolvida com o objetivo de identificar e analisar percepções de egressos de um curso de
enfermagem de uma universidade do interior do Estado do Rio Grande do Sul sobre sua
formação inicial, especificamente, quanto a relações com a prática da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) e possíveis influências na implementação da mesma, no
âmbito do exercício profissional de enfermagem hospitalar. Busca-se a compreensão
concernente às relações entre teorias e práticas na formação do profissional enfermeiro, em
relação ao cuidado sistematizado, na perspectiva da sua melhoria. O percurso metodológico
teve início com a construção de um instrumento (questionário) que, após validado, teve sua
aplicação a dezesseis enfermeiros, graduados nos anos de 2002, 2003, 2004 e 2005, em uma
universidade comunitária do interior do Estado do Rio Grande do Sul, que atuavam em
enfermagem hospitalar. As informações obtidas permitiram objetivar o perfil dos sujeitos e
propiciaram a construção de dados de pesquisa sobre a formação inicial e a prática da SAE
em contexto hospitalar. Além dos questionários, entrevistas semi-estruturadas realizadas junto
a dois destes enfermeiros permitiram ampliar e aprofundar as informações. Procedeu-se a
análise de conteúdo, segundo Minayo (2000), com a emergência de duas grandes categorias:
(i) os saberes envolvidos no exercício da SAE em contexto hospitalar e (ii) a relação entre
teorias e práticas na formação e no exercício da SAE. Desta última, surgiram duas subcategorias:
(i) a visão dicotômica e a (ii) visão dialética entre teorias e práticas na formação e
atuação do enfermeiro na SAE. Os resultados da pesquisa evidenciaram a importância da
formação inicial como condição necessária à atuação profissional na SAE e permitiram
qualificar aspectos de tal formação. Os sujeitos descreveram a SAE como cuidado
individualizado, com qualidade e humanismo, vindo ao encontro da valorização profissional.
Criticaram vivências em instituições hospitalares, na implementação da SAE, por vezes de
forma fragmentada, evidenciando dicotomias entre teorias e práticas. Em relação aos
princípios éticos e, em respeito à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que
disciplina as pesquisas envolvendo seres humanos, a pesquisa foi aprovada por um Comitê de
Ética na Pesquisa e a participação dos enfermeiros contemplou o esclarecimento e a assinatura
de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Descrição
130 f.