Comportamento ingestivo de bovinos em sistema silvipastoril
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Data
2019-12-12
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Resumo
O comportamento ingestivo dos ruminantes é definido como um processo de alta complexidade. Envolve características de animais herbívoros e do alimento existente em seu ambiente, resultando na capacidade de adquirir nutrientes pelo ato do pastejo. O estresse calórico sofrido por estes animais nos períodos mais quentes do dia, acarretam perdas de produtividade na atividade leiteira. Frente a isto os Sistemas Silvipastoris (SSP) surgem como alternativa para minimizar este fator, o qual consiste na integração de árvores, forragens e animais em uma mesma área, responsável por criar um microclima ameno, favorecendo o bem-estar animal. Com isso o objetivo deste trabalho é observar o comportamento ingestivo dos bovinos leiteiros, sob condições de pastejo em um sistema silvipastoril em diferentes níveis de desbastes de Pinus elliottii. O estudo foi desenvolvido na área experimental do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), pertencente ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). A área experimental foi implantada no delineamento de blocos casualizados com 3 repetições. Os níveis de sombreamento foram de 60 e 40% de um povoamento florestal de Pinus elliottii e pleno sol. Os dois sombreamentos foram determinados por meio de desbastes e cortes de árvores quebradas e bifurcadas. As forragens utilizadas neste experimento foram a cultivar Marandú (Brachiaria brizantha) e a cultivar Aruana (Panicum maximum). Utilizaram-se novilhos da raça Holandesa, com temperamento, peso e tamanho semelhantes. O período experimental ocorreu durante o mês de junho de 2019, em que, foram realizadas observações quanto ao comportamento ingestivo dos animais, produção de forragem e qualidade nutricional das mesmas. A cultivar Aruana apresentou melhor qualidade do que a cultivar Marandú, mesmo ambas estarem no período reprodutivo. Em relação a produção de forragem, a Aruana produziu mais que a Marandú, bem como foi mais consumida pelos animais, mesmo levando em conta os índices de pisoteio. O comportamento ingestivo dos ruminantes está diretamente relacionada à disponibilidade, qualidade, palatabilidade da espécie forrageira. Quando maior a incidência luminosa menor é a taxa de bocados dos animais sob pastejo. A temperatura ambiental foi mais baixa nos ambientes sombreados. O trabalho terá continuidade com a ampliação dos piquetes, com um maior número de animais, nos períodos de primavera, inverno, outono e verão.
Descrição
46 f.
Palavras-chave
Ciências agrárias, Agronomia, Estresse calórico, Forragem, Sombreamento