Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação Física em Rede Nacional – PROEF - Mestrado
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Navegando Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação Física em Rede Nacional – PROEF - Mestrado por Assunto "Educação Física Escolar."
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Item Desenhando a saúde na cultura corporal de movimento e dialogando além do currículo: protocolo e tecnologia mínima na educação física escolar(2021-07-23) Soares, Anderson Artur de SouzaO estudo é uma cartografia de foco qualitativo do ser discente no Mestrado Profissional de Educação Física em Rede (PROEF), UNIJUÍ/UNESP, com suas criações e sensibilidades do ser professor de Educação Física na região metropolitana de Porto Alegre – RS, com objetivo de criar uma ferramenta didática denominada protocolo dialógico da saúde na cultura corporal de movimento. Neste estudo há o encontro entre pistas cartográficas reais chamadas “devaneios orgânicos” com foto, ferramentas didáticas pedagógicas e diário pessoal criados durante o PROEF; e pistas cartográficas ficcionais chamadas de “pitangas” com casos, sensações e narrativas sem uma verdade, e sim um mergulho no imaginário para perceber e construir possíveis territórios que atravessam o sujeito docente. O diálogo da cartografia não se dá numa linearidade, ou ordenação entre primeiros e últimos, mas sobre temas que aprofundaram e conversaram constantemente entre as pitangas e devaneios orgânicos gerando novos temas, aprofundamentos ou novas pistas, conduzindo novos rumos. Neste caso o rumo tomado, desenhado, apresentou-se por um aprofundamento das estruturas institucionais, sistemas e a construções de sentidos sobre a cidade, a saúde, a educação, a Educação Física Ecológica e a busca de um protocolo dialógico. Nestes temas foram atravessados sobre o entendimento de uma complexidade (MORIN, 2004) e ação ecológica (BETTI; GOMES-DA-SILVA, 2019; GUATTARI, 2007; LÉVY, 1993; MORIN, 2004) sempre redesenhando um modo de captar e conectar as partes num processo rizomático (DELEUZE; GUATTARI, 2000, 2000a, 2000b, 2011, 2012a, 2012b) e dialógico (FREIRE, 1994, 2006). A cidade foi aprofundada condição de pós-modernidade (BAUMAN, 2011, 2013), as identidades e a construção do seu território metropolitano. A saúde foi aprofundada na sua conceituação internacional pela Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS, 2018), sua aparição nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ITAMARATY, 2016), sua existência nacional com a legalidade a partir do processo democrático e as informações sobre a saúde dos escolares pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016). Ainda para a saúde, houvera dois levantamentos de estudos da CAPES de acesso CAFE dentre 2014 a 2019 (“protocolo” AND “saúde” AND “criança e adolescente”; “protocolo” AND “Educação Física”), para identificar temáticas e criar tipologias pertinentes para a prática docente e de atenção sobre o que se tem pesquisado. Sobre a educação houve reflexão sobre seus conceitos a partir Fórum de Economia Mundial da educação “4.0” na sociedade “VUCA”, o caminho da educação na cibercultura, o perigo da frente “Escola sem Partido”, apresentação da escola como espaço público, republicano e democrático, as estruturas da educação nacional entre leis, documentos, metas e mecanismos. Na Educação Física Ecológica, foi refletido e construído o conhecimento da cultura corporal de movimento (BETTI, 2009; BRACHT, 2019; BRASIL, 1997, 2018), os temas legitimadores (BRACHT, 2019), uma Educação Física Ecológica entre o sentir, perceber e agir no individual, social e ambiental (BETTI; GOMES-DA-SILVA, 2019), o espaço e da Educação Física curricular e extracurricular. No protocolo dialógico foram revividos temas e conceitos estudados junto da criação de uma diretriz e desenho que converse e favoreça o cuidado com a saúde na cultura corporal de movimento, interligando o que na cartografia foi apresentada. A cartografia é maior que este produto, pois nela há um caminho diverso e sem fidelidade ao inicial, com uma exploração maior da subjetividade, mas graças a esta possibilidade foi possível construir tal produto: Protocolo Dialógico para Saúde na Cultura Corporal de Movimento.Item Do mal-estar ao empoderamento: um estudo autoetnográfico na área da Educação física escolar(2021-07-23) Mensch, Deise IaraEste estudo inscreve-se no campo da Educação Física Escolar e do mal-estar docente. Trata-se de uma autoetnografia com pesquisa de campo. Defino como objetivo geral da pesquisa, a partir da constatação de um mal-estar e da impotência docente vivido no ambiente escolar, reconstruir-me enquanto professora, através da reflexão, autoavaliação e estudos abordados no Mestrado Profissional em Rede – PROEF. Problematizando a condição do mal-estar da prática docente, elegi a formação continuada como meio para o meu crescimento profissional e intelectual. Delineei como objetivos específicos, reconstruir uma proposta pedagógica para o componente curricular de Educação Física para o Ensino Fundamental II, da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Goulart (organizado em grupos nas formações continuadas da SMED); bem como, planejar e descrever, sob forma de pesquisa-ação, o processo de uma unidade didática para os alunos do 7o ano do Ensino Fundamental com o tema Lutas – Capoeira; e, por fim, e não menos importante, tensionar o meu mal-estar docente durante toda essa trajetória e os elementos que foram importantes para pôr-se a caminho do bem-estar docente. As análises ocorreram com base em minhas anotações nos cadernos de aulas, nos trabalhos realizados, nos extensos fichamentos de leituras, nas discussões realizadas em aula (tanto no PROEF como na escola). No transcorrer dessa dissertação fui relatando como o empoderamento foi se dando durante todo esse processo de “tratamento”, que englobou a formação continuada – possível através do envolvimento acadêmico no curso de Mestrado Profissional em Educação Física – PROEF – a nova organização curricular da escola e a visão da pesquisadora acerca do sentido da Educação Física Escolar. Nessa direção, foi fundamental que os documentos curriculares se conectassem com a prática docente, propiciando assumir a condição de protagonista do fazer docente, quebrando a barreira entre o “não mais” e o “ainda não” (GONZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2009). Concluo que sem o conhecimento, sem a formação continuada, mudanças em currículos não farão “milagres”, pois talvez o problema não seja apenas o currículo, e sim, se ele faz ou fará sentido para a atuação docente, questão ético-política que permeia este fazer e que demanda a condição de sujeito participante de sua elaboração e concretização.Item “Para explicar as coisas”: as representações dos alunos do ensino fundamental II quanto ao uso dos cadernos didáticos de educação física(2021-04-29) Pinno, Cristiano RafaelSuperar a dicotomia teoria e prática ainda é um grande desafio para professores de Educação Física. Compreender, bem como fazer gestores e alunos entender, o uso de textos escritos, livros, cadernos didáticos e apostilas como parte dos processos de ensino e aprendizagem deste componente curricular, é ainda mais desafiador para esses professores. Esta investigação surge, justamente, de indagações provenientes da relação que se estabeleceu na docência em escola pública e o uso das apostilas e cadernos didáticos que se construiu ao longo dessa trajetória. Deste modo, o objetivo consistiu em compreender o uso e as percepções construídas pelos alunos em relação aos cadernos didáticos elaborados para o ensino da Educação Física do Ensino Fundamental II. Utilizou-se, para isso, uma abordagem qualitativa a partir da pesquisa do tipo intervenção pedagógica. O desenvolvimento partiu da elaboração e/ou qualificação de cadernos didáticos para os anos escolares envolvidos no processo. O período de aulas referente ao estudo correspondeu ao primeiro trimestre do ano letivo em uma escola pública de um município da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados a partir do diário de campo, da análise de tarefas realizadas à distância pelos alunos e de quatro grupos focais considerando um grupo por ano de ensino. Para a análise das informações utilizou-se o software QSR NVivo Plus, versão 11 como auxílio à organização das informações, à triangulação das fontes e à análise de conteúdo. Os resultados foram analisados a partir de três perspectivas: as singularidades do caderno didático próprio; a perspectiva dos alunos em relação ao livro didático; e a quebra de paradigmas a partir de cadernos didáticos na Educação Física. Em relação ao primeiro item analisado, percebeu-se que a construção deste tipo de instrumento didático-pedagógico demanda o enfrentamento de concepções culturais sobre o componente curricular além do entendimento da inter-relação de diferentes fatores para o ensino e a aprendizagem. O enquadramento aos referenciais curriculares vigentes e o trato didático dos conteúdos foram os motes fundamentais desse processo. Quanto ao segundo item de análise, os relatos apontaram para um baixo aproveitamento dos livros didáticos na realidade estudada, todavia, a importância destes materiais para o ensino e a aprendizagem foi destacada, juntamente com o entendimento dos livros didáticos como portadores do saber escolar tanto para a aprendizagem dos alunos como para a organização do ensino pelos professores. No terceiro item da análise identificou-se as relações estabelecidas entre os alunos e os cadernos didáticos. Os alunos, após um período inicial de estranhamento, reconheceram neste material uma ferramenta de apoio importante para o ensino e para a aprendizagem dos conteúdos neste componente curricular.