"Ter um amigo negro te exime de ser racista?" Uma análise dos padrões de defesa nos crimes de injúria racial e racismo segundo a jurisprudência brasileira
Carregando...
Data
2024-11-26
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O presente trabalho de pesquisa monográfica possui como escopo de desenvolvimento
promover uma análise crítico-reflexiva acerca da frequente aplicabilidade da figura do amigo
negro como estratégia de defesa nos crimes de injúria racial e racismo no Brasil, buscando
compreender como a tese da cordialidade racial, desenvolvida no início da formação deste país,
é validada hodiernamente como técnica de defesa pela jurisprudência brasileira. Nesse sentido,
utilizando-se em sede de aporte metodológico o método de abordagem hipotético-dedutivo,
busca-se refletir acerca da forma de construção da história brasileira através da figura do homem
cordial e da negação de ser racista, compreendendo como a estruturação deste país influencia
atualmente nos crimes de racismo e injúria racial. Ademais, procura-se apresentar a distinção
entre os crimes de racismo e injúria racial, conceituando as formas de racismo existentes na
sociedade, apresentando os marcos legais e refletindo sobre a importância da Lei nº 14.532/23,
bem como sua aplicação perante os tribunais. Por fim, por meio de uma análise da
jurisprudência brasileira, busca-se compreender as técnicas de defesa utilizadas por réus nos
crimes de injúria racial e racismo, especialmente no que diz respeito à existência de relações
com pessoas negras, enfatizando ao longo do estudo a importância da luta antirracista na
construção de uma nova história para o Brasil.
Descrição
71 f.
Palavras-chave
Antirracista, Homem cordial, Injúria racial, Racismo