Acesso à terra: direito fundamental e exercício da cidadania
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Data
2015-01-21
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Resumo
O presente trabalho se propõe a um estudo sobre o acesso à terra como direito fundamental,
tendo como critério a dignidade humana. Para tanto, a partir da formação sócio-histórica do
campesinato, com seu ordenamento fundiário desigual, sinalizar que a busca da terra foi uma
constante, não obstante os diversos conflitos e lutas na conquista pela reforma agrária. A
legislação agrária brasileira é farta, entretanto, o acesso à terra é negado para vastas camadas
do campesinato. Não bastasse a falta da terra, a situação fática, aponta impedimentos práticos
ao acesso e manutenção da posse, com um crescente quadro de irregularidades nos imóveis
particulares, o que tem impedido o exercício da cidadania, excluído os camponeses de
políticas públicas e aumentando a exclusão social. Assim, para além do acesso à terra, aos que
não a tem, o estudo privilegiou a situação do campesinato que tem a terra, mas que diante de
uma situação diversificada, vivem sob o marco legal, sob a condição de irregulares, diante de
um Estado ausente e sem compromisso com os setores populares. Perante tal situação, a
legislação agrária precisa ser lida e efetivada à luz da Constituição Cidadã e da instauração do
Estado Democrático de Direito, fazendo com que a ordem econômica e a propriedade se
submetam aos princípios sociais e a função social. O Estado Democrático de Direito tem
exigências de efetivação da reforma agrária, das políticas fundiárias e política agrícola.
Descrição
72 f.
Palavras-chave
Ciências Sociais Aplicadas, Direito, Direito fundamental, Acesso à terra, Regularização fundiária, Cidadania