SER - "Sentir, experimentar e reproduzir": uma proposta de modelo para o design de espaços públicos a partir da teoria sobre cidades inteligentes e marca territorial
Carregando...
Data
Autores
Silva, José Paulo Medeiros da
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
O processo de globalização e o avanço da digitalização intensificaram as relações sociais em
escala mundial, gerando um aumento da competitividade entre os territórios e um
tensionamento entre o local e o global. Nesse cenário, as cidades precisam desenvolver um
processo de planejamento estratégico, pois, dessa forma, poderão agregar valor e priorizar os
projetos mais importantes para o seu futuro. Logo, os espaços públicos possuem um papel
preponderante nesse processo, pois não devem ser compreendidos apenas como o espaço onde
se realizam as práticas diárias, mas também como aquele no qual se situam as transformações
e a reprodução das relações sociais de longo prazo, refletindo a imagem da cidade. A partir
disso, essa pesquisa teve como objetivo desenvolver um modelo para o design de espaços
públicos, examinando as contribuições da teoria sobre cidades inteligentes e marca territorial,
visando interceder sobre essa problemática. Os procedimentos utilizados tiveram uma
abordagem teórico-metodológica de natureza qualitativa, através da Grounded Theory sobre os
respectivos conceitos e do estudo de caso do município de Ijuí/RS. O processo de coleta de
dados foi dividido em cinco etapas: pesquisa contextual, pesquisa dos espaços públicos,
pesquisa de estudos de caso, experimentação e verificação. A pesquisa sobre Ijuí obteve um
total de 248 participantes e os resultados propiciaram tanto o desenvolvimento de um projeto
de revitalização para o Parque Mario Osorio Marques, quanto os subsídios necessários para a
proposição do modelo “SER”. O projeto para o parque envolveu um total de 89 participantes,
resultando em cinco subprojetos: “Espaço Educação Ambiental”, “Mobiliário Urbano de
Convivência”, “Mobiliário Modular”, “Em contato com o Bosque”, e “Identidade e
Sinalização”. Os resultados foram compartilhados em vários meios de comunicação públicos e
privados, como websites, rádio, Facebook, Instagram e WhatsApp; e a documentação referente
aos projetos foi disponibilizada de forma online e gratuita através da ferramenta Google Drive.
Já o modelo foi estruturado em três fases (Sentir, Experimentar e Reproduzir) e dez etapas
(Problematização, Objetivos, Coleta de Dados, Análise dos Dados, Programa de Trabalho,
Definição da Proposta, Geração de Alternativas, Verificação, Detalhamento e Implementação),
que representam o percurso metodológico para o desenvolvimento de uma solução a partir da
“obtenção de informações”, “elaboração de insights” e “consolidação de uma ideia”. Portanto,
espera-se que este trabalho, desenvolvido de forma participativa e/ou colaborativa com os
atores envolvidos (comunidade pública, privada e civil), possa inspirar ações e/ou atividades
futuras no município, além de colaborar com pesquisas e projetos relacionados aos espaços públicos e o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis e humanas, que valorizem sua
identidade e priorizem a qualidade de vida das pessoas.
Descrição
308 f.